Capítulo 1

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As cores da aura e seus significados:

Vermelho: energia, força, raiva, sexualidade, paixão, medo, ego
Laranja: autocontrole, ambição, coragem, poder de reflexão, desânimo, apatia
Amarelo: otimismo, felicidade, intelectualidade, amizade, indecisão, vulnerabilidade à
influência alheia
Verde: serenidade, poder de cura, compaixão, farsa, ciúme
Azul: espiritualidade, lealdade, criatividade, sensibilidade, generosidade, humor
instável
Violeta: alta espiritualidade, sabedoria, intuição
Índigo: benevolência, intuição apurada, busca existencial
Rosa: amor, sinceridade, amizade
Cinza: depressão, tristeza, cansaço, falta de energia, ceticismo
Marrom: ambição, egoísmo, opiniões fortes
Preto: falta de energia, doença, morte iminente
Branco: equilíbrio perfeito

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- Adivinha!

As mãos quentes e úmidas de Gina apertam minhas bochechas, e seu anel, um

crânio de prata escurecido, deixa uma marca de sujeira sobre minha pele. E mesmo que

meus olhos estejam cobertos e fechados, sei que os cabelos dela, tingidos de preto, estão

partidos ao meio; um espartilho de vinil preto se sobrepõe a uma blusa de gola rulê -

mantendo-se em conformidade com o código de vestimenta de nossa escola; a saia

comprida de cetim preto, apesar de nova, já tem um furo próximo à bainha, de quando ela

pisou com o bico das botas Doe Martens; os olhos parecem dourados, mas só porque ela

está usando lentes de contato amarelas.

Também sei que o pai dela não está viajando "a trabalho", como ele mesmo disse; que

o personal trainer de sua mãe é muito mais "personal" que "trainer" e que o irmão caçula

quebrou um CD dela, do Evanescence, e agora está com medo de contar.

Mas não sei isso tudo porque andei bisbilhotando a vida dela, nem porque alguém me

contou. Sei porque tenho poderes sobrenaturais.

- Anda logo, adivinha! Daqui a pouco o sinal vai tocar! - ela diz com a voz rouca,

como se fumasse um maço de cigarros por dia, embora só tenha tentado fumar uma vez.

Enrolo um pouco enquanto penso na última pessoa com quem ela gostaria de ser

confundida.

- Hilary Duff?

- Eca! Vai, tenta de novo. - Ela aperta ainda mais forte, nem sequer desconfiando

de que não preciso ver para saber.

- Será a sra. Marilyn Manson?

Ela ri e desencosta as mãos, e então lambe o polegar para apagar a tatuagem de

sujeira em minha bochecha, mas levanto o braço antes que ela possa me alcançar. Não

porque tenha nojo da saliva dela (quer dizer, sei que Gina não tem doença nenhuma),

mas porque não quero que encoste em mim novamente. O toque humano é muito

revelador, muito cansativo, então procuro evitá-lo a todo o custo.

Com um gesto rápido, ela tira o capuz de minha cabeça e aperta os olhos ao ver meus

fones de ouvido.

- O que você está ouvindo?

Levo a mão ao bolsinho para iPod que costurei no capuz de todos os meus moletons

Para Sempre, Saga Os Imortais, Dramione [Em Pausa]Onde histórias criam vida. Descubra agora