Preciso entender: um novo começo (4º ciclo da história. Parte de 76 a 82)

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Parte 76- Um dia nada bom [re]

Passamos o dia todo juntos. O Rian tava indo me pegar todos os dias na faculdade (dizia ele que era pra que se chovesse ou se o mundo acabasse, eu não precisaria pegar caronha de 'estranhos' hauhauahuah).

Na Sexta, fui pra faculdade e ele me pegou a noite. A gente tinha combinado de ir numa Temakeria diferente da que a gente vai.
Como era o último dia antes dele voltar para os Estados Unidos, ele tinha que se despedir da família.

Eu ia passar na minha casa pra tomar banho, trocar de roupa, etc, pra depois a gente sair. Enquanto eu estivesse na minha casa, o Rian ia na casa dos pais dele pra falar com o pessoal lá, e depois a gente se encontrava. Era esse o combinado, mas não foi isso que aconteceu.

O Rian me convenceu de ir na casa da família dele com ele. Eu tentei de todas as formas recusar, mas como era o ultimo dia do Rian aqui (e eu já tava triste por isso), fiz o que ele pedia. Fui na casa dos pais dele com ele, e foi um desastre.
...

Chegando lá, o Rian não botou o carro do lado de dentro dos muros da casa da família dele. Isso de certa forma me deu uma tranquilidade maior, já que eu não queria mesmo entrar lá.

Rian- Po André, vamo lá comigo. Não vai ter nada demais, você vai ver...
Eu- Rian, se você falou que só vai dar um abraço aí no pessoal, pra que eu vou entrar lá? Aqui fora tá legal, eu espero.
Rian- Quando eu vou na tua casa...
Eu- ?
Rian- Ta... quando eu ia lá, eu sempre entrava. Não é justo te deixar aqui. Vamos lá, por favor.

Vendo ele pedir daquela maneira, e insistir tanto, ficou impossível recusar.

Ele segurou minha mão e foi meio que me puxando. Passamos pelo portão, e acho que em apenas alguns segundos a gente já tava na porta.

Foi um pouco estranho ter entrado lá, talvez por medo ou por ter notado certa diferença no local mesmo. Eu olhei em pouco tempo, muitos detalhes que me lembraram a época que eu ia mais na casa do Rian. Bom, mas não era tempo pra ter nostalgia de uma coisa que agora eu nem sei se sinto saudades mesmo.
André

Parte 77- Um dia nada bom

O Rian não parecia nada nervoso, apesar que pelo tanto que eu o conheço, eu sei que ele tava com medo de algo dar em merda.

A mãe dele abriu a porta. Ela deu um sorriso pra ele, e logo em seguida, olhou para a mão dele junto da minha. A gente tinha esquecido de separar nossas mãos e isso nos deixou sem graça.
Eles se abraçaram, e a mãe dele chamou ele para entrar... ela meio que agiu como se eu fosse invisível primeiramente, mas logo depois me chamou também. Minha vontade era de sair correndo mesmo de lá.

Dei apenas uns dois passos para dentro da casa, e vi o Pedro sentado no sofá com uma vasilha de comida na mão. Eu nem sabia que ele tava na cidade.
Ele viu o Rian e veio em nossa direção pra dar um abraço no Rian, e ele sim, fingiu que eu não existia. Fiquei na minha, só observando.
No meio da conversa...:

Rian- ...então mãe, to indo embora amanhã.
Pedro- Você deveria ir lá pra casa passar uns tempos comigo pra a gente zuar.
Rian- É, na minha próxima volta ao Brasil a gente vê isso direito.
Mãe- Só não pode agora é ter más influências na sua vida. Você tem que ir pra lá estudar direito, com a cabeça tranquila, pra se tornar um bom profissional, ou quem sabe um juiz. Mas pra isso, tem que saber se livrar das más influências...

Aquilo realmente tinha soado ofensivo. Por um impulso de pensamento, acabei respondendo a indireta da mãe do Rian:

Eu- É bom ver a Sra. falando isso, já que nesses últimos tempos, as más, ou 'a má influência' - falando de mim mesmo - tem sido a melhor companhia pro Rian, já da família dele não se pode dizer o mesmo.

Preciso Entender ( boyxboy) ( romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora