O começo.

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  Meu nome é Joe. Tenho 23 anos, sou formado em engenharia e moro em São Paulo. Tenho olhos castanhos e cabelos marrons. Não sou muito alto, talvez uns 1,74.
   Fui para um bar qualquer perto da minha casa. Pensei em afogar as mágoas de um relacionamento perdido sobre o álcool. Não tinha muitas escolhas a se fazer, só beber até perder a consciência. De repente uma antiga amiga apareceu.
- Oi Joe. - Disse Carla sentando do meu lado.
- Garçom.... Traga mais uma garrafa.
- Joe, está tubo bem? - Perguntou ela com cara de preocupada.
- Estou ótimo. - Disse dando mais um gole e em seguida limpando minha boca. - O que está fazendo aqui?
- Me falaram que você estava acabado e quis ajudar. - Disse ela passando a mão atrás da minha cabeça.
- Isso não responde minha pergunta. - Disse em seco e finalmente olhando para ela.
- O seu porteiro me disse. - Ela tirou sua mão de mim e abaixou a cabeça. Estava bêbado mas percebi que ela tinha se magoado.
- Que seja. - Tomei a garrafa de uma vez. Paguei. - Pode me levar até em casa. Sabe, não consigo só.
- Claro. - Na mesma hora brotou um sorriso em sua boca.

  No caminho até em casa fui falando muitas bobagens.
- As mulheres não prestam. Elas nos usam e depois jogam fora. - Disse isso apontando o meu dedo pra ela.
- Não diz isso, ela deve ter uma razão pra ter feito isso.
- E teve. A razão de ser muito idiota. - Disse caindo. Quase que ela vai junto. Ela me levantou e eu dei um empurrãozinho nela. - Eu tô bem.
- Olha Joe...
- Eu já disse que tô bem. - Disse quase caindo na calçada.

  Depois desse "incidente", ela me levou até o quarto.
- Você vai pra onde? - Minha voz estava parecendo a de um bêbado profissional. Estava rouca, mais grossa do que deveria.
- Vou para minha casa. - Eu sabia lá no fundo que ela gostava de mim, mais como éramos amigos de longa data a considerava praticamente como uma irmã.
- Dorme aqui comigo vai. Não gosto de dormir sozinho.

  Depois que disse isso ela não recusou, lógico, ela me ama, então, ela não ia recusar. Ela se deitou do meu lado. Só lembro que começamos a nos beijar até que rolou.

============ De Manhã. ============

  Acordei desorientado, como se tivesse levado uma pedrada na cabeça. Os raios de sol batiam no meu olho, fazendo-me mexer. Senti uma pessoa ao meu lado, achando que ao virar o meu corpo acharia a minha amada Camila, mais vi Carla, sem roupa e olhando para mim. Não sabia o que fazer. Eu transei com ela?
- Bom dia. - Disse ela dando um sorriso de orelha a orelha.
- O que está fazendo aqui? - Perguntei ficando irritado.
- Não lembra amor? - Ela me abraçou por trás.
  Joguei seus braços longe das minhas costas, não estava acreditando no que estava acontecendo. Só podia ser um sonho. Quer dizer, um pesadelo e dos piores.
- Você se aproveitou de mim? - Disse já de pé.
- Claro que... Você que... Eu só quis ajudar.
- EU NÃO ESTOU NEM AI SE VOCÊ SÓ QUERIA AJUDAR. EU ESTAVA BÊBADO. - Explodi nessa hora.
- Mas você que quis.
- Você não entende a frase "EU ESTAVA BÊBADO"? - Disse chegando mais perto dela fazendo-a ficar com muito medo.

  Ela não aguentou e começou a chorar. Não queria faze-la chorar, só queria entender tudo. Ainda estava sobre o efeito do álcool.
- Acho melhor você ir embora.
  Me virei de costas pra ela, não gosto de ver ela chorando, muito menos quando sou eu que à faço chorar. Ela veio por trás e me abraçou. Nesse abraço pude sentir que ela não estava chateada comigo.

  Os dias se passaram e nenhum sinal dela. Não sei porque nunca gostei da Carla, ela era incrível e linda. Tinha Cabelos loiros, pele clara, olhos verdes, boca rosa ( era o que mais me chamava a atenção nela. ) 1,64 m.

  Um mês e meio depois daquele ocorrido, ela me manda uma mensagem:
- Joe, precisamos conversar, sério, agora.
- Ok. Na minha casa ou na sua?
- Vou te esperar aqui.
- Em meia a uma hora eu chego aí.

  Fui correndo. Pois sei que quando ela fala "precisamos conversar, agora." é muito importante. Fiquei um pouco preocupado.
  Quando cheguei lá, o porteiro me liberou para subir. Fui correndo porque estava um tanto que curioso. Quando entrei em sua casa, vi ela chorando no sofá, mais um choro diferente, um choro de felicidade.
- O que está acontecendo aqui?
  Ela pegou dois sapatinhos brancos e colocou sobre sua mão.
- Não estou entendendo. - Disse me virando.
- Joe, entendeu agora? - Ela pegou os sapatos de bebê e colocou sobre sua barriga.
   Me virei e vi aquela cena, não podia ser o que eu estava pensando.
- A não. Não me diz que... - Fui interrompido.
- Sim Joe. Estou grávida.

Pai e Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora