《1》Tereza...

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Em uma noite escura, raios e trovoadas enfeitavam a macabra cena, embora incomum, tudo naquela noite soava tranquilo, a chuva descia leve e suave como se ao cair, contasse grandes segredos ocultos daquela mata secreta. Ninguém sabia o que estava acontecendo naquela floresta, porém o destino de quatro jovens já estava traçado.

A chuva era o que tinha atrapalhado naquela noite, Márcio e Natália ficaram na mesma barraca, não se importaria uma vez que já tinham cinco meses de namoro. Luiz e Tereza ficaram em outra.
Nada de sair montar uma fogueira e contar histórias de terror. A chuva estava intensa, não dava menor indícios de que iria parar ou diminuir, Luiz deixou Tereza e foi na barraca dos amigos para convida-los a um riacho que tinha logo ali, a princípio o casal achou a idéia absurda, porém foram convencidos com o argumento de que banho na chuva seria algo interessante.

Tereza não queria ir, por ser muito acanhada não opinou, saíram ambos para esta tal riacho, o que eles podiam ver era somente o que lhes era iluminado Pelo foco e uma lanterna. Chegando no riacho Márcio e Natália não puderam negar o entusiasmo se jogaram na água e aos beijos ficaram agarrados. Luiz se aproximou de Tereza, passou as mãos em sua cintura, lhe roubou um beijo e lhe sussurrou algo ao pé do ouvido, que no ato de susto saiu do riacho e foi correndo mata adentro.

Natália ao ver a reação da amiga, saiu do rio e foi correndo a sua procura, os rapazes saíram atrás, chamavam por Tereza, que nada respondia, viram um vulto na escuridão e foram atrás, pararam escandalizados com ela; Tereza, bem na frente deles, de olhos fechados e cabeça baixa, quando Natália ia se aproximar, Tereza rapidamente levantou a cabeça abriu os olhos vermelhos como sangue e tão penetrantes que até na escuridão era perceptível, Tereza abre um sorriso suspeito....

(Gritos)

Uma semana antes

Márcio tinha acabado de conhecer Luiz, a teve a idéia de apresentá-lo a melhor amiga da sua namorada, chamou Natália que concordou e super e apoiou a idéia. E ficaram combinando como rolaria este encontro, e teria que ser logo, pois estavam entrando nas férias do meio do ano.

Natália conversou com a amiga Tereza sobre lhe apresentar um amigo, e a idéia foi imediatamente recusada. Como nada estava dando certo, Luiz mesmo foi quem resolveu investir em tal balbúrdia, sim, pois ele havia concordado, mas não queria dizer que houvesse achado motivos para gostar de Tereza, pois ele e Tereza não tinham nada a ver, ele era rico, tinha dezenove anos e era soberbo, Tereza era simples, humilde com apenas dezesseis anos de idade.
Luiz era um jovem bem resolvido que costumava namorar meninas novas e loiras de corpo espetacular, e a mente nem tão espetacular assim. Passou a seguir Tereza pelo simples fato de desconfiar que ela não sentia a menor atração por ele e o percebeu que a menina seguia umas rotas bem diferentes.

Um certo dia quando a seguia de forma rotineira percebeu que ela desviava do seu caminho de costume, e ele inocente a seguiu, detrás de uma moita observara o que Tereza fez; ela despiu-se das roupas que vestia e por completo, o rapaz ficou encantado com o que vira, nunca tinha visto moça de corpo mais belo e encantador, ela era branquinho de belas curvas e linda silhueta, não havia nada à se por defeito, mas ouve algo que encantou de vez o rapaz, Tereza que a pouco tinha sido venerada pelo seu admirador oculto, agora se lançava no rio e nadava como um peixe, como se a cometer um ritual, ela tinha mudado de forma e de semblante, seu corpo não era mais o mesmo, ela havia se transformado em uma uma linfa, por meio de um simples mergulho.

O rapaz não se movia, permanecia no mesmo lugar, como por efeito de encanto. Tereza saiu do rio, voltou a sua forma natural de mulher, vestiu-se novamente e foi caminhando de volta pra casa.

Luiz ficou encantado por Tereza, mas não pela Tereza que estudava na mesma escola com ele e que passava com roupas simples e de jeito angelical, com andar de menina e vários livros sobre os braços e um cabelo amarrado; ele havia sido encantado pela Tereza que existia quando a mesma se banhava no rio.

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