《9》Inevitável.

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     Era outro dia já,  tudo estava aparentemente calmo,  Tereza dormiu até muito tarde,  e o sol já invadia seu quarto através da janela de vidro, e foi lentamente lhe acordando com a imensa claridade.

      Ela levantou meio zonza com os cabelos bem alvoroçados, olhou sua imagem refletida no espelho,  uma imagem nada agradável de se olhar ao levantar pela manhã, cabelos bagunçados  e olhos fundos, deduzindo que necessitava de um banho urgente. Após terminar, vestiu um vestido azul, e desceu para tomar café.

     Não encontrou a amiga na cozinha, e em lugar algum da casa, mas também não deu muita atenção a isso, foi até a cozinha e comeu rapidamente, seguiu para sala e pensou em dar umas voltas, assim como de costume, mas logo mudou de idéia quando pensou que poderia encontrar Augusto, então ficou pensando no que iria fazer, e decidiu ir procurar por seu pai novamente.
   
     Ela seguiu em direção a casa do pai, com muita atenção para passar bem longe do parque, e entra na reserva , chegando na casa,  bate na porta e é atendida por seu pai, que a convida para entrar e seguem em direção a cozinha e lá Tereza puxou assunto:

      -Queria muito falar com você, pai.

     -Espero que seja para falar sobre aquele problema!

      -É pai, é sobre isso que eu quero falar. É que.... eu ja resolvi tudo.

     -Muito bem. quer comer?

     -Não.  Onde estão as irmãs "ienas"?

     -Não fale assim das suas irmãs, elas gostam muito de você sabia?

     -Sei sim, gosta de mim tanto quando um tubarão gosta de carne. Mas eu já tenho que ir.

     -Tá bom, então Tchau!

     -Tá bom pai, mas espera, quero pergunta onde você estava quando vim lhe procurar?

     -Eu? não fui em nenhum lugar importante. porque?

     -Porque não é a primeira vez que  fica fora por dias sem dizer onde vai.
 
     -Acaso te devo satisfações?

    -Não foi o que eu quis dizer. Mas deixa quieto, já estou indo.

     -Hum.

     E ela sai, não muito conformada com a resposta, porém não quis causar futuras discussões, e segue de volta para casa. Quando vai saindo da floresta encontra alguém na reserva  ambiental, ouve passos e quando vê,  quase não acredita em seus próprios olhos.

     -Mas o que está havendo? Passou a me perseguir Augusto?

     -Nem tudo gira a seu redor sabia? Já passou isso por sua mente?

     -Como assim? Então o que veio fazer aqui?

     -Embora não te interesse, eu vim acampar.

     -Sozinho?

     -Sim! gosto da natureza,  as vezes companhia de animais é melhor do que de muitos humanos sabia?

     -Eu em, se você está falando.

     -Sim mais pare de ser arrogante comigo. Será que podemos conversar por um minuto sem muitas brigas?

     -Acho que sim.

     -Já acampou alguma vez?

     -Ah sim, muitas vezes, e uma  aqui mesmo nesta floresta.

     -Ah então poderia me ajudar, é que não tenho muita experiência.

     -Tá bom, ainda não é tarde, posso sim. Sabe armar uma barraca?

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