16. Ultimo Desejo

646 22 5
                                    


–Clary eles não queriam que você o visse assim, então não demore! -falou a deixando no corredor

–Obrigado, prometo não te envolver em problemas!

Ela entrou devagar na cela, e Jace estava deitado de barriga para cima com as mãos no colo, Clary tentou afastar o pensamento de um morto ser enterrado na mesma posição.

–Aquele lobo é bom bichinho! -Jace disse repentinamente

–Você pediu para ele me chamar? -perguntou incrédula estacionada na entrada da cela

–Claro, venha pra cá ou preferem que te vejam? -disse casual

Ela deu uma ultima espiada no corredor e se sentou na ponta da cama, e agora se perguntava como iria fazer oque havia de ser feito sem se machucar e Jace que já estava, fisicamente

–Estou feliz por não termos te levado! -disse suave acariciando a bochecha dela –Estávamos despreparados!

–Oque aconteceu? -perguntou encarando o braço machucado de Jace

–Valentim levantou as barreiras, e existe um portal, um Achaierai nos lançou contra a parede, pássaro estúpido!

–Demônio! -ela corrigiu –Mas achei que...bem fosse apenas para membros do submundo!

–Está bem claro que algo mudou, principalmente porque a Iratze está demorando a ter efeito!

–Então ele não mentiu! -Clary sussurrou para si

–Quem não mentiu?

–Enquanto estavam lá, William me disse que havia um jeito de fazer com que as barreiras se tornassem nocivas á Nephilins, e acho  que envolvia aquele sangue! -disse pensativa –E o Cálice!

–Agora isso não importa, sabemos que ele está no forte

–Sabem e não podem entrar! -retrucou irritada –Jace eu sei que não é um bom momento, mas eu já adiei demais e as consequências disso foram terríveis!

–Nunca é uma boa hora, pode falar!

–Se lembra de quando matamos aquele anjo e eu pretendia voltar para casa, bem, na época é porque não me sentia no lugar correto

ao lado de vocês! -disse vacilante –Mas agora eu nao tenho escolha, existem dois mundos do qual eu posso optar, ficar com você e

continuar vendo demônios e coisas...ou ficar com a minha mãe e viver como sempre vivi, cega e..

–Pode parar, não existem dois mundos Clary, mesmo estando com ela tudo irá continuar e não pode optar, em algum momento isso te atrai como um imã te forçando a ser oque é!

–Mas ser quem eu sou tem un preço, e custa a presença da minha mãe na minha vida, como quer que eu haja? -perguntou indignada

–É você tem razão! -disse frio –Se eu tivesse uma mãe, ela seria a única pessoa realmente importante na minha vida!

–Jace! -falou assustada –Você tem uma mãe! -disse passando a mão no seu rosto sujo

–Não Clary! -falou contendo a mão dela –Você sempre será a filha dela mas eu serei apenas o filho de Valentim, e isso não vai mudar!

–Não é verdade!

–Então me diga porque mesmo quando estávamos tao perto, ela me ignorava ou então me tratava mal tentando te proteger!

–Ela não estava me protegendo de você!

–Estava sim, ela me olha e vê Valentim Clary, eu não posso culpá-la, mas nem fazer algo pra mudar e talvez assim seja melhor, inclusive...pra você!

Os Instrumentos Mortais I - RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora