XVII

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Opostos  

Ele é calmaria, eu sou a euforia, ele é paciente, eu sou um desastre ambicioso, ele é a paz que a primavera transmite quando se chega, eu consigo ser mais fria que o próprio inverno. Ele tem um olhar leve, tem um tom suave em sua voz, e um sorriso que consegue ser mais gostoso do que passar olhando um dia inteiro para as nuvens. Mas e eu? eu tenho um olhar tão assustador, tenho um tom de voz obscuro, o meu sorriso quase não sai se não for forçado. Ele é completamente a definição da palavra perfeição, mas e eu? eu sou a definição de tudo que for contrário dele.  

Basta olhar bem no fundo dos meus olhos.  

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