Será Amor?

Conhecendo a vida!

Era tarde de Segunda - feira e todos os dias da semana estava ele ali na frente da sua casa, observando quem ia e voltava, sempre rodeado de pessoas, amigos e vizinhos, Julius era um jovem cheio de amigos, todos sempre gostavam dele, sempre disposto a ajudar, a conhecer mais e mais pessoas estava ele. Mas o que passava em seu coração? Quais era seus sonhos será que era só terminar os estudos? Bom ele era um jovem diferenciado e estudioso, terminou cedo seus estudos estava a procura de novas emoções. Seus pais, há seus pais da orgulho de falar deles, como eles o amavam e o tratavam maravilhosamente bem; ele era muito amado por todos, mas mesmo com esse amor nunca se sentiu um menino, um pequeno, um inferior odiava quem dizia coitado, quem dizia que pena, dizia - se não ser digno de pena, era igual a todos mesmo com as limitações, se dizia pecador igual a qualquer um.
Um dia alguém chegou pra Julius e perguntou:
- Pra você o que é ser Rico?
Ele olhou profundamente nos olhos dessa pessoa e sem pensar respondeu!
- Ser Rico é ter a melhor família os melhores amigos e o maior de tudo servir a Deus e ter a certeza que ele é comigo.
"Julius era um jovem religioso muito temente ao seu Deus." Logo a pessoa olhou e pensou "esse garoto é diferente" sim ele era diferente e tinha a vida igual a de todos os outros garotos ou até melhor que muitos jovens de sua idade o que muitos pensavam ao contrário. Mas o que será que se passa na mente de um jovem Cadeirante será que ele gosta de mais alguma coisa será que ele gosta de alguém além de seu Deus seus pais e seus amigos?
E ela quem era ela como vivia como se comportava diante da sociedade?
Luize era uma dessas garotas que gostava de sair, de fazer novas amizades tinha seus sonhos a concluir, o ensino médio a terminar uma vida longa pela frente gostava muito de conversar, de curtir cada segundo da vida, não parava em casa ia a igreja todos os dias, andava pelas praças, shows, lanchonetes, shoppings tinha sua vida. Seus pais, esses como os do Julius, eram protetores a amavam, mas o que Luize tinha de diferente, o que a vida tinha lhe preparado para o futuro?
Ela era uma garota curiosa, desde pequena olhava para as pessoas e queria saber o que elas pensavam, gostava de ajudar, uma certa vez viu um cadeirante e disse:
- Um dia eu vou ser amiga de uma pessoa assim e vou ajuda - lá.
O tempo passou, e ela logo se tornou uma adolescente cheia de incertezas e dúvidas, estudava em uma escola pública conhecida como SDC. No SDC Luize tinha várias amizades, querida por todos e sempre fazendo novos amigos mas não sabia ela que nessa escola ela teria várias e várias surpresas...
Todos os dias era a mesma rotina dela acordar cedo, orar, se arrumar e ir a escola com suas amigas todas com aparentemente a mesma idade entre 15 e 18 anos, havia uma que Luize tinha mais afinidade, sua melhor amiga Emilli! Emilli era uma garota de 16 anos que tinha Luize como uma irmã, eram confidentes amigas e conselheira uma da outra, juntas compartilhavam vários segredos. Do outro lado tinha Julius um jovem que muito antes de decidir seu futuro sempre estudou em escolas com pessoas consideradas "normais" ou andantes melhor dizendo porque Julius também era um jovem normal como todos os outros, começou estudando em escola particular, sua mãe bem protetora tinha medo de colocar seu filho em qualquer escola, Julius fez vários amigos foi crescendo tomando conta do coração de todos conquistando todos ao seu redor teve um ensino fundamental sadio sempre bem esperto, se deu bem concluindo uma etapa da sua vida. Quando passa para o fundamental II conhecido como a quinta série, seus pais não tinham mas condições de mante-lo em uma escola particular pensaram:
- E agora ele vai ter que parar os estudos.
Falaram com a diretora do antigo colégio, ela os orientou que o colocasse na escola pública que a base ele já tinha! No dia seguinte pensaram qual será a reação dele quando souber que não vai pra escola que prometemos.
Logo a mãe, Dona Lourdes, o chamou para conversar e contar a situação.
- Julius vem cá! Chamou a mãe com a voz nervosa olhando tímida para o filho.
Logo ele se aproxima notando que está algo errado, olha para ela e pergunta:
- O que foi mamãe? A senhora está bem? Aconteceu alguma coisa?. Ele sempre bem curioso e preocupado com sua mãe ficou meio aflito.
Logo sua mãe alisa seus cabelos e fala:
- É sobre sua escola filho, não tenho boas noticias. Diz ela com um pouco de tristeza no olhar. Ele olha pra ela e fala:
- Mãe se a senhora e o papai não estão conseguindo pagar essa escola a gente tenta outra mais ou menos. Respondeu ele com tranquilidade mas com uma cara de queria "aquela mas não dá."
Sua mãe olha e diz:
- Filho o problema é que você vai ter que estudar em uma escola pública, não temos condições de pagar uma escola particular para você!
Ele para com os olhos arregalados e pensa " sempre disseram que escola pública não presta, o que vai ser de mim vão me mal tratar e meus amigos não vão está lá" Um monstro se formou na cabeça de Julius e agora como um garoto frustrado vai pra uma escola que fizeram um bicho para ele?. Sua mãe o deixou pensando, logo depois de um tempo ele disse: não eu não vou, depois parou e disse:
- Mãe eu sou destemido eu vou correr esse risco de ser rejeitado eu vou para essa escola. Sua mãe o olhou nos olhos sorriu e o abraçou dizendo:
- Você vai ver não é tão ruim assim, só estávamos colocando medo em você, para que estudasse mais, lá você vai fazer amigos, estudar e ser muito feliz. Sorriu ela com muito entusiasmo com aquele frio na barriga com medo de deixar seu filho em mãos errada.
Meses se passaram e logo veio a nova escola, Julius muito tímido entrou na sala junto de sua mãe manobrou sua cadeira de rodas e encostou a mesa, logo os olhares eram só para ele um aluno cadeirante, aqueles adolescentes o olhavam com um olhar estranho, seria medo? Talvez ou curiosidade de como seria ter um alguém assim na sala de aula.
Começando o dia sua mãe se despediu e o perguntou:
- Posso ir pra casa? Com um pouco de insegurança.
Ele por sua vez sempre querendo se mostrar seguro olhou e respondeu rapidamente:
- Sim! com o coração acelerado pedindo que sua mãe ficasse. Logo ela se despediu e o deixou lá com seus novos colegas, aos poucos foram se chegando garotos e garotas ao seu redor e fazer perguntas, ele como sempre super educado fazia questão de responder. Como o destino era sempre bom com Julius, seu amigo Alesson estudava na mesma escola que ele e nesse ano eles estavam na mesma sala, foi um grande ajudador, não é que ele precisasse de ajuda, mas seu amigo fez com que ele se adaptasse a nova escola e as pessoas, não demorou muito para que Julius fizesse novas amizades, conheceu várias pessoas entre elas Juliana uma garota de sua idade que lhe despertou um grande afeto e se tornou uma grande amiga. Dias se passaram e Julius logo gostou de sua nova escola mas se sentia um pouco inferior, ainda era um desafio estudar em uma escola diferente foi quando falou com sua mãe pediu para que ela acompanhasse os dias de aula para que ele não se sentisse tão só, preocupada ela perguntou:
- Estão te fazendo algum mal Julius? Ele com franqueza respondeu:
- Não mamãe só quero perder mais o medo de ficar com meus novos amigos.
Logo ela atendeu seu pedido e ficou indo um longo tempo para a escola conversou com diretores e professores e os mesmo conversaram com Julius para que ele se soltasse mais e se juntasse mais com seus colegas de classe. Passaram - se menos de um mês e Julius percebeu que não era mas necessário a presença de sua mãe na escola, quando em um recreio ele querendo ficar sozinho com seus novos amigos e conversar coisas de adolescentes, olhou pra sua mãe e disse:
- Mamãe pode ir para casa não precisa mais ficar aqui nem tão pouco se preocupar comigo eu estou em boas mãos e olha só cheio de amigos e precisamos conversar.
Sua mãe olhou sorrindo o abraçou forte o abençoou e foi embora lhe dando um cheiro na sua cabeça. Ele por sua vez se mostrou satisfeito e feliz com seus amigos e começaram um longo bate - papo cheio de curiosidades.
- Julius porque você é cadeirante o que aconteceu com você? Perguntou Juliana toda tímida mas não conseguiu esconder sua curiosidade.
Julius responde com timidez mas sabendo que seus amigos só queriam saber quem ele era:
- Eu nasci com mielomeningocele!
Logo junta - se uma fileira de adolescentes ao seu redor e perguntam:
- O que é isso um palavrão? Perguntam sorrindo querendo tirar de tempo a curiosidade. Educadamente ele olha pra todos e da uma risada e fala:
- Sabia que vocês iam dizer isso, calma que eu vou explicar! Mielomeningocele é uma doença na coluna, uma má formação congênita eu nasci com a coluna aberta e essa doença afeta os nervos do corpo no meu caso afetou as pernas por isso eu não ando!
Todos ficaram perplexos, como pode um garoto tão jovem saber tanto sobre o que ele tinha e viver tão feliz como se nada o abalasse o que ele tem de tão especial. Ficaram pensando no que perguntar, houve um silêncio, quando seu amigo que não o conhecia intimamente perguntou:
- Julius e dentro de casa como é sua vida você faz tudo sozinho ou é como nós pensamos, ela faz tudo pra você?
Ele olhou pro seu amigo e sorriu pensando " o que será que ele tá pensando de mim" parou e disse:
- Cara, bem que eu queria que minha mãe fizesse tudo pra mim mais não! Ela não faz tudo logo no começo sim, quando eu era criança tudo era ela depois que entrei no centro de reabilitação tudo mudou me ensinaram tudo e hoje eu só peço ajuda a minha mãe em algumas coisas ou quando estou com preguiça, sorriu ele se sentindo engraçado, todos riram no momento e ficaram imaginando como pode um cadeirante ser independente isso deve ser mentira eles parecem precisar de seus responsáveis direto! Ele que não era nenhum bobo e sabia o que indagava na mente daqueles adolescente mostrou na sala o que fazia com a cadeira de rodas correu sem precisar de ajuda levantou a parte frontal e deu umas "rabiadas" era assim que ele chamava quando rodava a cadeira de rodas. Seus amigos o aplaudiam e diziam:
- Esse garoto é diferente!
Ele se sentiu o tal naquele momento nunca foi aplaudido por ninguém correu pra perto de seus amigos e recebeu um abraço de Juliana que sorria dizendo:
- Amigo tu és um guerreiro!
Nas aulas ele se destacava, não por ser diferente mas por ser um aluno aplicado e muito dedicado aos estudos. No meio do ano Julius ver seus amigos brincando na aula e experimenta ser igual a eles é quando, como todo adolescente, ele tem uma recaída começa ir à escola só para brincar conversava muito, não prestava atenção nas aulas queria fazer o que dava na telha! Foi quando observou suas notas caírem e percebeu que as pessoas que realmente estavam ao seu lado estavam tristes, pois ele tinha se afastado e começado a cair o seu desempenho, foi quando parou e disse pra seus amigos:
- Me perdoem não vai mais acontecer isso e a partir de hoje eu volto a me dedicar e fazer tudo e volto para o nosso grupo.
Voltou a ser quem ele era um aluno, aplicado e estudioso e bons foram os resultados... Destacando-se sempre foi eleito por seus amigos e professores como presidente representante da classe e ao prêmio de melhor aluno, mas isso não fez com que Julius se achasse, ele era um garoto muito humilde e companheiro seus amigos o amavam e ele os amava, despertou inveja daqueles que não queriam nada com a vida diziam:
- Que menino metido, ele só quer ser!
Mesmo com todos esses comentários ele não abaixava a cabeça, falava com todos e ajudava sempre quem estivesse precisando.
E ela? por onde ela andou esse tempo todo? Luize estava vivendo a sua vida saiu do particular foi para o ensino público mas não teve muita dificuldade, era uma garota divertida fazia amizade fácil, logo contagiava a todos com a sua maneira de se expressar e viver a vida, tinha na mente as melhores piadas, decorava texto de teatros e telenovelas e divertia seus amigos com seu jeito, sempre foi muito estudiosa dedicada mas tinha o seu lado brincalhona, mas por trás dessa garota brincalhona quem era Luize o que será que ela esperava da vida, será que ela era feliz como demonstrava aos seus amigos?. Luize dentro de si tinha sonhos ela almejava ser outra pessoa ser alguém que não podia, tinha medos que não podiam ser revelados em público, ela tinha vícios que não eram em drogas mais fuzilavam sua mente como a mas perigosa das drogas! Ela era viciada em lutas, jiu jitsu era um amor para ela e músicas não religiosas, coisa que era fora do seu padrão, ela uma moça religiosa que só queria ouvir músicas seculares e gostar de lutas, e isso a corroía por dentro ela queria se livrar desse fantasma que a assombrava, tentava sair desse sombrio pesadelo sua mãe dava conselhos mas ela não conseguia sair até que não tendo mais paciência sua mãe discutia com ela e isso doía em seu coração, todos os dias era uma guerra que ela tinha que enfrentar e mesmo com tudo isso ela tinha que sair ir à escola aos lugares e sorrir fazer os outros rirem da sua ingenuidade de querer sempre ver as pessoas ao seu redor rirem, teria jeito para o seu medo será que alguém algum dia saberá que ela quer se libertar desse seu tal vício. Ela uma jovem cheia de sonhos queria ser cantora ou lutadora, gostava de instrumentos musicais, música era sua vida, tinha medo de fazer escolhas erradas das consequências de seus atos, pensava dentro de si " se eu for cantora ou coisa parecida será que vai dar certo!. " Ela tinha um talento enorme se notava de longe era tímida mas quando abria a boca tinha uma voz incomparável, cantava na igreja e todos ficavam maravilhados com sua voz linda, na escola em apresentações ela se destacava, todos paravam para ouvi - lá quando alguém dizia:
- Você poderia se profissionalizar! Ela sorria tímida dizia:
- Que nada! não canto tanto assim, tenho que treinar muito e não nasci para cantar profissionalmente, mas em seu coração dizia " bem que eu queria chegar lá e arrasar, mas não posso" tinha medo.