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Estilhaçados foram jogados. Os cacos que caiam ao chão brilhavam ao sol, seguindo a luz como se fosse um girassol. Como uma lagarta fique de bruços, suba até o topo, faça um casulo e se transforme. Evolua, eleve o patamar da sua vida, da sua dor. Se arraste sobre os cacos no chão, não se preocupe se alguns pulsos forem cortados, pois no final, a dor do corte é sempre menor. Não fique com medo da mudança, no início você estará presa, praticamente sufocada, mas, tudo isso vai valer a pena. Suas asas a tornaram livre. Estilhaços foram jogados. Os cacos que brilhavam no chão, refletiam o sol como se fosse um farol. Agora. Como uma borboleta, se liberte dessa opressão chamada casulo, olhe para o alto, veja e siga a luz, e quando chegar nela, voe, não tenha medo. Como uma borboleta, se jogue na luz e brilhe, a luz é linda e você sabe disso. Não tenha medo, a luz te cega mas também te salva. Agora, como a borboleta, ouça o vento e o que ele diz. - Pule! Não fique com medo, é o melhor a se fazer. - Como a borboleta se aproxima da luz, e se jogue, vá de braços abertos, pois suas asas serão sua liberdade. - Agora voe! - É o melhor a se fazer você sabe disso. Peça perdão a quem você ama e peça perdão a si próprio. - Não existe! Pule! Anda! Vá sem medo. Se entregue. - Como a borboleta chegue a luz e morra, suba até onde conseguir e caia como se estivesse medo de voar, como se não tivesse asas. Como uma borboleta. Voe! Voe! Porque no fim, a vida se resume a isso. A quantas vezes você ousou se arriscar. A quantas vezes você esteve na beira do abismo e ousou se jogar. Voe, e veja o quanto pode alcançar. Ou pule, e veja o quanto o pode cair. Não importa. Nada disso importa. Como uma borboleta, passe por transformações. Como uma borboleta que um dia foi lagarta, mude de pele quantas vezes forem necessárias. Mude até atingir o seu melhor. Mude tanto por fora, quanto por dentro. Mude quantas vezes for preciso. Mude até atingir o seu pior. Mude e forme sua fortaleza inferior. Para que coisas que te machucam agora, não te atinjam mais. Voe e se entregue à vida. Pule e vá de encontro à morte. A morte do seu eu acabado. Daquele que não vê mais esperança por dias melhores. Como um borboleta que passou pela metamorfose por não aguentar mais ser lagarta; que não suportou mais ser aquela que rasteja pelos cantos; ser aquela que a maioria evita; por aquela que poucos tem afeição, mostre para eles quem você se tornou. Como uma borboleta que achou que o ciclo da vida seria fácil de se lidar. Achou que tudo já estava escrito no manual da vida, que era só seguir e obedecer as regras preditas. Mas nada na vida é tão simples assim. A vida não é tão fácil assim. Surgiram coisas que você não estava preparada para suportar. Não tinham te avisado que esses destroços te mudariam, e te marcariam para sempre, e que você não poderia voltar como era a um tempo atrás. Não te avisaram que você, como aquela frágil borboleta, teria suas asas quebradas, e ainda assim, fosse obrigada a voar. Como uma borboleta sem asas, que está a beira do penhasco, se atire, e fique atenta ao que o caminho, até o fundo dele, irá te mostrar.

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