Capítulo 5 - Medo x Força

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    É hoje o dia em que tudo voltará a normal! Estou animada, pois, hoje vou dizer, àquelas pessoas, que não quero nada disso e serei livre.

    Minutos depois chego a um lugar grande. Sinto presenças tão fortes, que chegam a me sufocar. Um homem aparece na porta, ao vê-lo, sinto uma tremenda força emana dele.

    — Olá, minha jovem! Seja bem vinda à casa do pai Bené. Estava a sua espera.

    — Esperar-me, como assim?

   — Sim, eles me disseram que você viria!

   — Eles, quem?

   — Entre, vamos conversar! – então ele começa a me contar uma história – Muitas pessoas não entendem a força que elas possuem. Nem todos somos iguais, muitos de nós possuem forças e poderes que este mundo desconhece, assim, como você! Você é dona de uma grande força, assim, como seu tataravô. Você possui um lindo e maravilhoso dom, você pode salvar almas que se encontram na escuridão.

    — Não, eu não quero salvar ninguém! Entendeu? – digo gritando.

    — Você não tem escolha! Você é a escolhida.

   — Mas quero abrir mão de tudo isso e, ser normal!

   — Não somos nós que escolhemos, mas, sim somos escolhidos.

   — Tenho medo dessa força, que você diz que eu possuo – chorando.

   — Não tenha medo, pois, os espíritos ruins ficam mais fortalecidos pelo seu medo.

   —Como faço para não sentir medo?

   —Aprenda a controlar seus dons.

   —Você pode me ajudar?

   —Já te ajudei. Sua maior força está em seu maior medo.

   —Como?

    Ele simplesmente se virou sem nem ao menos, olhar para trás.

    Fui embora para casa, sentindo-me um pouco  melhor, pelo menos, já sabia o porquê e que não era louca.

    Queria não voltar para casa. Tenho medo do que me espera, contudo, tenho que fazer o que for necessário, para ajudar essas pessoas.

    Chegando a minha casa, encontro um bilhete de minha mãe, dizendo que não voltaria para casa, pois, estava de plantão.

    Até que achei uma boa ideia, pois, não precisaria dar explicações a ela de onde teria passado toda a manhã.

    A conversa com o pai Bené foi mais que necessária, para minha própria edificação.

    Estava a pensar e a pensar em tudo que ele havia me falado, quando escuto um tremendo barulho, vindo do banheiro. Com medo, porém, decidida, fui até lá.

    Chegando lá me deparo.com aquele mesmo garotinho.

    Ele olha-me fixamente. Respiro fundo e tomo uma atitude.

    — Eu quero te ajudar? Conte para mim o que eles te fizeram.

    E em apenas segundos, aquele pequeno garotinho, torna-se uma figura arrepiante e, com uma voz grossa diz:

    — Eu vou te matar! Eu quero sangue!

    Dou um grande grito. De repente tudo começa a se escurecer, sinto-me fraca, preciso de ajuda...

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