Louis POV
A mão de Harry estava completamente gelada, e úmida das lágrimas. Puxando o ar, entrelacei meus dedos com os seus e ele pareceu tencionar, ainda assim não me soltou. Para tranquilizá-lo, ou essa era minha intenção, acariciei as juntas, e continuei andando, nos escondendo quando saímos, pondo nossas mãos entrelaçadas nas minhas costas.
Os paparazzis ja haviam corrido até onde estávamos e o acompanhei ate o acento do carona soltando sua mão. Ele se encolheu contra a janela, e eu dei a volta no carro, subindo, e saindo em disparada do estacionamento.
Uma vez fora, os paparazzis já não podiam nos seguir, então baixei um pouco a velocidade e olhei para Harry.
- O que foi? Esta chorando como uma cupcake*, e não abriu a boca desde que saimos do camarim.
Ele levantou a cabeça e fungou pelo nariz. Eu mostrei um breve sorriso e olhei para frente. Não desejava causar nenhum acidente.
- É... Minha amiga, Lilly.
- Essa tão comum que começou a gritar no outro dia?
Ele riu levemente. Oh, seu sorriso...
- Sim, essa. Ela desmaiou, e bateu a cabeça. Chamaram uma ambulância e a levaram. Não podia fazer nada, não me deixaram ir com ela, e estou assustado.
Assenti e suspirei. Harry voltou a se encolher no assento. Parecia tão frágil assim. de repente sua voz espantou meus pensamentos.
- Posso fazer uma pergunta?
- Aham
- Você... É gay?
Freei bruscamente e comecei a tossir, engasgado com minha própria saliva. Ele pareceu se assustar, e corou quando o olhei.
- Eu..., sinto muito, não pensei que essa pergunta iria irrita-lo. Desculpa, Louis, de verdade.
Eu neguei.
- Não, não importa. É que simplesmente podendo me perguntar qualquer coisa no mundo me pergunta se sou gay. Por quê?
Ele revirou os olhos com se fosse obvio ainda assim se explicou. Parecia mais animado.
- Eu sou gay. de certo modo, sou por você, quero dizer, graças a você - Suas bochechas adquiriram uma cor escarlate, e ri para mim. era tão doce... - Meus pais sempre se sentiram contrariados por isso, inclusive meu irmão Ross me vê como uma pessoa horrível por ser gay.
- Não.
- Não o que? não é gay? - Algo parecido com pânico surgiu em sua voz.
- Não - Ri levemente - , que não és uma pessoa horrível por ser gay. E quanto a o que eu sou... isso não posso dizer, mas posso dizer que gosto dos seus olhos, e teu sorriso, e essa tua camisa com meu rosto.
A cor escarlate de suas bochechas coloriu todo seu rosto, e seu corpo, e parecia queimar. Voltei a rir para mim mesmo, e parei o carro.
- Vamos Harry, chegamos ao hospital.
HARRY POV
Ainda sentia como se meu corpo ardesse diante das palavras de Louis, que ainda permaneciam na minha mente, rebatendo entre as paredes do meu cérebro. tentei não dar mais importância e concentrar-me no que era verdadeiramente importante nesse momento. Lilly.
- É por aqui. - Louis me guiou entrelaçando seu dedo mindinho ao meu. Meu coração deu um salto.
Nós caminhamos no corredor até chegar ao andar de urgências, e paramos no balcão. uma mulher de cabelos brancos, com uma bata de enfermeira nos olhou por cima de seus óculos.
- Olá queridos. em que posso ajuda-los?
- É...
- Uma garota. acabam de traze-la aqui, a este hospital. - Louis me cortou para falar.
- Seu nome ?
- Lilly. - Eu sussurrei.
A enfermeira assentiu e começou a procurar nos prontuários o nome da minha amiga.
- Está em cima, no quarto 1017. esperem um segundo.
A mulher saiu em segundos, e voltou acompanhada de uma loira platinada, com um sorriso branco e olhos azuis impactantes.
Olhei para Louis nervoso. e se ele... a visse?
Ele me devolveu o olhar e sorriu levemente, sem soltar nossos dedos. por que esse gesto?
- Por aqui. - a garota indicou, obviamente, olhando para Louis e depois para mim. sorriu levemente e começou a andar com pressa
Subimos ao andar e nos conduziu até o quarto onde minha amiga descansava sobre a cama. estava pálida e tinha um cateter na veia.
- esta inconsciente, mas não é nada grave. provavelmente desperte, mas ainda assim vamos da-la algum alimento, esta fraca.
- o que quer dizer com "provavelmente desperte"? pode não despertar? - o pânico afetou meu tom de voz.
- Não não. - a mulher sorriu - despertará, tenho certeza. mas deve descansar. sua cabeça recebeu um golpe e tem que se recuperar dos danos.
me deixei cair no sofá ao lado da cama, e soltei a mão de Louis para segurar a de Lilly.
- Garota louca, por que me fizeste isso? - Suspirei e levei sua mão aos meus lábios para beijar seus dedos. estava fria como sempre, a única diferença é que estava mais pálida que o normal, caso contrário, continuava sendo a Lilly de sempre
- os deixarei por um tempo. cinco minutos. logo terão que sair. o horário de visita terminou faz uma hora e meia.
ambos assentimos e Louis fechou a porta depois da mulher sair.
- Desde quando a conhece?
Desviei o olhar do rosto pálido de Lilly até o rosto moreno de Louis. Senti um arrepio pelo corpo.
- Desde que me lembro, acho.
Ele sorriu doce e pôs uma mão sobre meu ombro apertando.
A enfermeira de antes veio ao quarto e nos avisou que já deveríamos sair. suspirei e dei um beijo na testa da minha amiga antes de ir.
desta vez, Louis e eu fomos separados. sentei no assento do carona envolvendo meu corpo com os braços e esperei que ele arrancasse e me levasse até o hotel.
estacionou na garagem subterrânea, e esperei que ele descesse para fazer o mesmo. me guiou até o elevador, e subimos em silêncio atá nosso andar. apenas se podia escutar o som de nossas respirações calmas, e a bateria do meu coração. caminhamos pelo corredor até chegar a minha porta.
- Bom... Obrigado por tudo Louis. a verdade é que nunca imaginei que meu ídolo "salvaria" a minha vida, não desta maneira pelo menos.
Ele só sorriu e levantou seu dedo mindinho
Fiquei um momento olhando para ele e ele riu ligeiramente
- Entrelaça teu dedo com o meu, Harry - sua língua acariciava meu nome, e deixava minhas pernas bambas. queria beija-lo, e chorar ao mesmo tempo. alcancei seu dedo e o entrelacei - sempre que ver isso, significa que estou contigo. não importa a distância, nem o que aconteça entre nós, só... lembre-se.
Eu assenti, perdido, incapaz de falar.
Ele se aproximou levemente. eu fechei os olhos, e já sentia sua respiração sobre meus lábios, apenas mais alguns centímetros e...
A porta do quarto ao lado se abriu, e uma garota morena de cabelos ondulados saiu com as mãos na cintura.
- Louis, Louis...
Ele se afastou imediatamente de mim.
- Eu... Boa noite, Harry.
- Louis...
A garota levantou a mão para agarrá-lo , e ambos entraram no quarto, fechando a porta atrás de si.
Agora estava só no corredor, completamente sozinho, com os olhos inundados em lágrimas, o coração martelando e o cheiro do Louis que dissipava pelo ar.
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Sob os holofotes ♡ | larry stylinson & ziam mayne | de justkinhappen | Pt - Br version
FanficSe acredita em amores impossíveis... esta não é sua historia. 1T: Desde os 10 anos Harry sabe bem o que se enfrenta. Uma família homofóbica, uma amiga a distancia, e um amor que crer ser impossível. Será Harry capaz de superar? 2T: Quando as insegur...