Capítulo 3

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Leiam as notas finais, please. Boa leitura

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- Mãe não é que você está pensando!- ela fez a pior cara do mundo.

- Ah ta. Então o que é? - me espantei um pouco com a calma em que ela fez essa pergunta.

- Deixa eu entrar mãe.

- Me explica primeiro.

Júlia já estava mais vermelha que marte, e reparei também que ela começou a tremer um pouco, realmente estava fria aquela noite.

- Eu pedi com educação mãe, por favor deixa a gente entrar - Lancei um olhar mortal sobre ela, o que a deixou mais animada em ficar parada entre esse frio que está aqui fora e o quentinho aconchegante que está dentro de casa. Então ela não mexeu um músculo, sequer piscou.

- Eu também estou pedindo Giovanna, por favor explique - se. - Eu estou com frio. Eu estou com fome. Eu estou com uma garota a ponto de recomeçar a chorar. Que também está com frio e provavelmente fome. E apenas uma coisa não permite que eu entre na minha casa, para acabar com tudo isso. Minha própria mãe.

Empurrei ela, nem forte nem fraco, a ponto de ela sair da frente mais não machuca - lá e entrei puxando Júlia junto a mim em direção ao meu quarto. Ainda não sei se estou fazendo o certo com essa menina, mas sei que preciso ajudar ela.

Cheguei ao meu quarto e tranquei a porta. Peguei um cobertor, logo em seguida sentando na minha cama e batendo nela como convite a Júlia se sentar ao meu lado, ela se sentou e eu a cobri também.

A encarei por uns belos cinco minutos, enquanto ela variava o olhar entre mim e seus pés. Quando ela olhou para mim de novo, eu sabia que ela tinha algo a falar. Algo que ela queria falar desde a praça.

- Fala, sei que quer falar. - Dei coragem a ela, que corou um pouco como se fosse pega no flagra fazendo algo errado.

- Por que... Por que você fez isso? - Realmente não era isso o que eu esperava ouvir.

- É pois é né. - Acho que demonstrei minha decepção pelas palavras dela. - "Obrigada" , "... E foi isso que aconteceu comigo..." , "Qual seu nome mesmo?". Acho que isso seria mais prudente.

- Desculpa. Obrigada, qual seu nome mesmo? - ela termina e solta uma risadinha triste.

- De nada, Giovanna. Acho que esqueceu de algo. - Digo me referindo ao que aconteceu com ela.

- Talvez mais tarde. - Ela ainda parece bem abalada, não irei força - lá a dizer - Por favor, mais tarde - ela termina aparentando ficar mais triste.

Ouço batidas na minha porta, e gritos da minha mãe mandando eu colocar Júlia para fora. " Tire essa desconhecida da minha casa agora! Ela não vai ficar aqui de jeito nenhum!" e blá blá blá.

Júlia me olha com uma expressão meio espanto e meio vergonha, e eu tiro o cobertor que está sobre nossos ombros.

- Toma um banho lá para relaxar, ou se não só lava o rosto ou algo do tipo mesmo. Vou falar com a minha mãe, tem roupas naquele armário - aponto para o banheiro e em seguida para o armário.

Ela assente e se levanta, entrando no banheiro. Vou até a porta e dou um berro que até o vizinho da esquina deve ter ouvido :

- Cala a boca se não eu nem saio desse quarto depois de amanhã para ir para o Rio! - Sim, após eu ver que não tinha jeito eu acabei "aceitando" que isso aconteceria mesmo.

Ela se calou e eu destranquei a porta e a abri, bem pouquinho, devagar. Olhei para ela e ela estava com uma cara de quem chupou limão e comeu jiló tudo junto. Ficou me encarando, com os punhos fechados e os ombros tensos de raiva. Sai e Fechei a porta atrás de mim, para tentar falar com ela.

- Ela tava na rua, chorando demais. Ela é gente boa eu precisava ajuda - la. Não poderia simplesmente deixar ela lá. - Ela não moveu um músculo, mau respirou, achei que ela fosse explodir.

Ela soltou a respiração, respirou bem fundo e soltou novamente.

-Você é loca? Colocou uma desconhecida dentro da minha casa e deixou ela sozinha dentro do seu quarto agora! Garota você está muito fora dos limites... - e eu achando que ainda dava para falar com a minha mãe... Parei de escutar ela, virei as costas e entrei no meu quarto, trancando novamente a porta e deixando ela lá fora gritando ainda mais e com mais raiva de mim.

Tirei o meu colchão da minha cama, e coloquei ele no chão, ficando com apenas um colchão na cama (sim, eu tenho um colchão reserva) e quando Júlia apareceu com o rosto molhado e levemente corada, apontei para o colchão do chão e disse :

- Hoje você dorme aqui.

- Mas... - A interrompi.

- Mas nada, você disse que não podia ir para a sua casa então deita logo aí e dorme, depois eu pego alguma coisa pra comer lá. - ela se surpreendeu mas não negou, se sentou no colchão e ficou lá durante minutos e minutos, de costas para mim, apenas sentada sem nem se mexer, pensando no que deve ter acontecido. Peguei meus fones e coloquei no máximo, tentando evitar os berros da minha mãe, que já estavam diminuindo.

4:00 a.m.

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Oi oi gente, desculpem a demora, pequenos problemas da vida. Mas está aí, cap novinho para vcs! Queria dizer que não tenho datas ainda para postar, por que se eu fizer datas eu vou acabar não cumprindo e não gosto de não cumprir com oq eu digo. Então gente, um beijo um queijo e bye bye. 💋❤ (não se esqueçam de votar e comentar!)

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