Capítulo 8

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ooi gentezinha linda, voltei
Bom capítulo pra todos
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Diferente do que eu estava pensando, não era nem o Matheus nem o Guilherme. Era o amigo deles, o mesmo que fez meu curativo. O que essa peste ainda tava fazendo aqui?

– Você tá doido? Perdeu o juízo meu filho? – falei enquanto levantava do sofá, da cintura pra cima toda molhada.

–Bom querida, hoje eu durmo aqui, e imaginei que você não iria gostar se eu dormisse no seu quarto. Então fiz a gentileza de te acordar.

Vou bater nele. Quem ele pensa que é? Rei da cocada preta é? Não tem mais água no balde, mas eu tenho que ferrar ele.

Abracei ele com toda a força que eu tinha. Ele era alto, então só consegui molhar a coxa e a barriga dele, mas consegui molhar bem. Soltei ele, que me olhou pasmo.

– Qual a sua doença garota? você me molhou inteiro!

–Ah, é que você estava fedendo um pouco, resolvi te dar um pequeno banho em retribuição da gentileza que você fez ao me acordar. Valeu, e tchauzinho! –falei já subindo escada acima enquanto ele resmungava sozinho sobre tomar outro banho.

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Acordei já com dor na perna, que estava bem machucada ainda. Levantei, tomei um banho e fui ver que horas são. 8:50? Nossa, como euzinha linda e preguiçosa consegui acordar essa hora? Só por um milagre desse mundo mesmo.

Vou aproveitar que acordei essa hora e fazer meu dia um pouquinho mais útil. Como vou ficar enfurnada dentro de uma lata de sardinha, meu futuro quarto no Colégio Ipanema, decido fazer com que meus dias lá sejam menos entediantes.

Me arrumo e saio de casa, sem chave pois ainda não recebi uma dos lindinhos dos meus priminhos, levando apenas meu celular. Ao sair na rua me dou conta de que não conheço nada por aqui, e se não tenho senso de localização nem onde eu conheço, imagina só em um lugar desconhecido. Mas mesmo assim eu vou a busca implacável por um mercado ou algo do tipo aqui perto.

Dou uma volta no quarteirão para reconhecimento de área, e então entro em uma rua. Tenho uma ideia, e volto para casa correndo. Ainda não tem ninguém acordado, e ainda existe um indivíduo "desconhecido" no sofá. Entro no Maps pelo Wi-Fi, ainda não estou com meu 3G, e então tiro um print da área que existe envolta da casa. Não vejo nenhum mercado por perto que esteja indicado no Maps, mas pelo menos com isso será mais difícil de eu me perder. Eu acho né.
Quando estou saindo de casa vejo Matheus descendo a escada. Cumprimento ele e digo que estou indo a procura de um mercado. Ele apenas acena com a cabeça, ainda levado pelo sono da manhã.

Saio novamente de casa, mas agora já vou direto na rua que eu seguia antes. Sigo ela por mais 3 quarteirões quando meu mapa acaba. Vai ter que ser algum lugar por aqui, se não eu já vou me perder. Olho ao meu redor, procurando algum lugar mais movimentado, um lugar onde tenha mais comércio. Dois quarteirões a minha esquerda (fora do meu mapa) encontro um mercadinho de bairro, do tipo em que se compra pão e leite. Vai ser lá mesmo, espero que tenha tudo.

Antes de eu sair de minha casa em SP, minha mãe me disse que me abasteceria com 250 reais por mês para necessidades minhas, e encontro o primeiro local onde gastarei eles.

O mercadinho nem é de todo o mal, tem até que bastante coisa. Compro vários doces e alguns livrinhos de pintura do Pica Pau e de um outro desenho que não conheço, desses que vem com 5 gizes de cera e se vende em bancas de jornal. Eu gosto deles porque são desenhos simples e fáceis de pintar, para a hora em que você está no tédio.

Vou até o caixa e procuro a caixinha de mentos de menta que eu sempre carrego comigo, mas não encontro nenhuma. Sério? Será que aqui não tem mentos ou é só nesse mercadinho?
Pago os produtos acabando com 45 reais da minha "mesada", apenas em doces e 2 revistinhas de pintar. O básico para uma vida encarcerada.

Chego em casa e não encontro o indivíduo no sofá, nem ninguém na sala. Subo para o meu quarto e ouço o som de alguém cantando no chuveiro, e a voz indica que é de Matheus. Será que aquele moleque já foi embora? Tomara que sim.

Entro no meu quarto e tenho minhas esperanças pisadas. Aquele serzinho está no meu quarto, de toalha. Brasil, pode isso?

– O que você está fazendo aqui? – pergunto enquanto ele fecha a porta do meu banheiro, dando um pequeno susto nele.

– Tomando banho ué.

–No meu quarto?

– Não, na lua. Da próxima vez, manda o Matheus não enrolar tanto.

– Tá, sai do meu reino. Tipo, agora mesmo.

– Nossa você tá calma demais hoje. Achei que iria me xingar e fazer um escândalo. – Ele tá indo além dos limites.

– Que não seja por isso, faço um escândalo agora mesmo. SAI DA PORRA DO MEU...– fui interrompida por ele, que me empurrou para mim cair na minha cama e ele correr para fora. Porém cai sentada na cama, e minha perna latejou de dor. Dei um pequeno grito, não muito alto, mas o suficiente para ele voltar no meu quarto.

Olhou direto pra minha perna. De novo.

–Nem pensa nisso, ela já está melhor, agora sai daqui. Já.

– Mas ainda tá roxa e o corte voltou a... – agora foi a minha vez de interromper empurrando ele, e dei uma paulistinha na sua perna para ele calar a boca e sair logo de lá.

Tranquei a porta e deitei na minha cama, com a perna doendo bastante. Eu não quero que ele faça outro curativo, mas eu tirei o meu quando tomei banho e sei que preciso de outro, se não minha perna só vai piorar. Mais tarde eu peço pra ele fazer alguma coisa , mas agora não.

Mexo um pouco no meu celular e logo ouço batidas na minha porta. Ja são 11:00 horas, o Guilherme já deve ter acordado também. Abro a porta e encontro justamente com ele, que pediu para pegar umas coisas no meu quarto, que antes era usado para ele e o Matheus guardarem tranquira. Deixo ele entrar e enquanto ele procura em um armário que não usei ainda, faço uma pergunta muito importante.

– Aquele seu amigo vai embora quando ein?

–Ele não vai. Só quando minha mãe voltar.

Ok, isso foi um grande golpe no coração. Essa peste vai ficar dois meses morando na mesma casa que eu? Sério isso? Vou morar num hotel desse jeito. Nem pergunto o por que, não deve ser nada interessante de se saber, apenas passo o resto do dia em casa, e a noite recebo notícias quentes. Notícias do tipo que eu nem gostaria de ter recebido.

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oi gente, gostaram? bom, to voltando agora, e esse capitulo nem está tão bom assim, mas é o que têm pra hoje hahaha. Beijos gente, não percam o próximo 😘

Colégio InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora