Domingo, 14 de Fevereiro de 2016

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— Visita para você, Connor! — Disse um dos guardas.

Não tinha por que perguntar quem era. A única família que eu tinha era meu filho e o meu amigo Joe, mas mesmo assim eu queria muito que fosse realmente o Joe.

Levamos uns dois minutos para atravessar todo o corredor, até que o Guarda me disse para entrar em uma sala e ficou do lado de fora. Joe estava sentado em uma das cadeiras do outro lado do vidro. Me sentei de frente para ele e peguei o telefone.

— Desculpa por não ter vindo antes. Eu estou tendo muito trabalho ultimamente.

— Preciso de um favor seu, Joe. Não posso prometer que será o último, mas é o que mais quero antes de morrer.

— O que quer?

— Ver meu filho.

— Você sabe que não tem como, a menos que a Jodie conseguisse trazer ele aqui.

— Não, não quero que ele saiba que estou preso. Quero ir até ele.

— Aqui é um presídio de segurança máxima — sussurrou. —  É quase impossível conseguir sair daqui!

— Eu preciso ver meu filho pela última vez, Joe!

Bati com uma das mãos sobre o vidro e repousei minha cabeça sobre ele.

— Me ajuda a sair daqui, Joe. Eu juro que depois do dia do aniversário dele me entrego.

— Eu vou ver o que consigo fazer, assim que tiver alguma resposta venho aqui!

Então ele foi embora.

Algumas horas mais tarde, o guarda me disse que tinha visita.

— Será que é o Joe com alguma resposta?  — pensei.

Era o Joe, só não sabia se ele tinha alguma resposta.

— Temos que ser cautelosos. Vou te explicar apenas uma vez, pois não podemos correr o risco de que alguém nos escute. Preste bem a atenção!

Eu não queria que o Joe se complicasse por minha causa, mas o que eu, um homem condenado à morte, teria a perder?

— Tem uma pequena brecha entre o chão e este suporte que separa esta sala em dois. Vou Passar um livro, e você pega, ok?

— Sim, mas para que isso?

Ele me explicou todo o plano. Bom, na teoria não era nada mal, mas eu queria acreditar que tudo iria sair bem, eu dependia daquilo para ver meu filho.

— Você vai encontrar o essencial para esse plano dar certo dentro desse livro, não se esqueça! Amanhã eu volto!

Ele se levantou e foi embora, e o Guarda me levou de volta para a cela.

— O que é isto, Connor? — Perguntou o guarda.

— Não é óbvio?

Ele arrancou o livro da minha mão, o folheou rapidamente e me entregou.

Como só havia uma pequena espécie de janela na porta da cela, não havia perigo de avaliar o livro com calma, e encontrar essa coisa tão essencial para o plano de fulga, pois era raro os guardas ficarem nos vigiando por ali, ou pelo menos comigo não era assim, mas, para todos os casos, me sentei de costas para a parede.

Eu olhei página por página com a maior calma e atenção possível. Nem ao menos reparei no título ou no que havia escrito, eu queria encontrar algo incomum primeiro. Quando virei a página 168, percebi que estava na 171, eu voltei para ver se não tinha pulado alguma página, mas realmente não havia as páginas 169 e 170.

— Tem alguma coisa de errado com essa página — Sussurrei.

Realmente havia alguma coisa de errado, pois aquela página era desigual, Não era fina como as outra.

— Espere, as páginas estão coladas?!

De repente, comecei a tentar descolar as páginas, ambas rasgaram, mas havia um papel branco e dobrado entre elas.

— Achei!

Comecei a desdobrar o papel rapidamente. Era um mapa, no topo da folha estava escrito:

"Mapa Geral da prisão de segurança máxima Tenner Drol, na Geórgia".

— Cara, você é demais! — Pensei.

E desejei que o Joe pudesse ler meus pensamentos.

— Mas tenho que esperar até amanhã, para o Joe voltar aqui. Eu preciso ver meu filho, custe o que custar!

Happy Birthday, CodyOnde histórias criam vida. Descubra agora