Capítulo 1

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Nota da autora: queridos(as) leitores, preciso da compreensão de vocês. Luiza, personagem principal, depois de nascer, ela caiu de cabeça no chão. Consequentemente a coitada tem a cabeça afetada e é chata, é teimosa e toma decisões sem sentido. Espero a compreensão de todos, e tenham forças para ler a fanfic até o final. É isso, beijos.

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Eu estava com uma vontade louca de me enfiar num buraco. Tudo bem passar as férias com a mãe, já que eu não moro com ela ( filha de pais divorciados é foda .-.), mas minha mãe entrou em uma grande loucura.

Poderíamos ficar aqui mesmo no Rio de Janeiro, mas não... Temos que ir pro Rio Grande do Sul passar as férias na casa da amiga dela, que eu nem conheço. Pra que isso? Pra que?

Não tinha mais como escapar, ela já tinha comprado as passagens... Já era!

Aliás, a amiga da minha mãe mora em uma cidade que nunca ouvi falar. Tal de Carazinho, parece até palavrão...

Eu não consigo acreditar nisso....

***

Eu já estava pronta aguardando na portaria a minha mãe com o táxi para nos levar até o aeroporto.

- Por que essa demora?- questionei irritada e impaciente.

- Ela já deve estar chegando...- disse meu pai calmo.

- Bom parece que não tem mais viagem... Que bom né?- já ia me virando para subir de volta para casa com a mala até que...

- Ela já chegou!

Me virei e vi o táxi parando e minha mãe saindo.

- Que demora!- reclamei.

- O trânsito estava ruim querida. Oi Carlos.- disse minha mãe para o meu pai.

- Oi Marília.

O taxista pegou a minha bagagem e colocou na mala do carro. Eu já estava prestes a ter um derrame.

- Mãe... Tem certeza?- fiz cara de cachorrinho abandonado.

- Tenho.- minha cara se desfez logo e tentei fuzilar ela com um olhar assustador mas não deu certo.- Vai se despedir de seu pai.

Ela entrou dentro do carro e fui me despedir do meu pai.

- Vou sentir saudades papai...- o abracei.

Meloso demais Luiza! Meloso DEMAIS.

- Tchau, aproveitem.

Entrei dentro do carro e lá fomos nós. Rumo ao aeroporto... Pronta pra morrer!

***

Não tinha como mais voltar. Não tinha.

Eu e minha mãe estávamos esperando a tal da amiga dela chegar...

- Parece que Carazinho fica bem longe...- respondo revirando os olhos.

- Por favor Luiza, quero que se comporte na casa dela. A coitada é mãe de três filhos.

- Três filhos? Todos homens?

- Sim, mas apenas dois estão. O mais velho está fora.

- Que seja...

Esperamos por um bom tempo do lado de fora do aeroporto, até que um carro parou na nossa frente e uma mulher loira saiu dele e foi abraçar a minha mãe.

- Marília!!!- ela disse a abraçando.

- Andrea!! Quero que conheça a minha filha Luiza.

Ela se virou pra mim e deu um sorriso simpático.

- Prazer querida.- ela me deu um abraço.- Acho que você tem a mesma idade do meu filho Rafael.

- Tenho 17 anos.

- Ah, um ano mais nova. Acho que você conhece o meu filho.

- Conheço?

- Sim, ele é youtuber, conhecido como Cellbit.

Cellbit? Era só o que me faltava... No colégio tem várias pessoas que assistem ele. Um tal de garoto que possui um grito que sangra os ouvidos de quem está por perto... Eu iria sofrer.

- Sim, já ouvi falar mas nunca vi um vídeo dele.

- Ah... Você vai adorar conhecer ele.

- Hum...

Iria pelo contrário. "Odiar conhecer", esse seria o correto.

Entramos no carro e pé na estrada. Passar as férias na mesma casa onde vive um garoto daqueles... Acho que eu nem sairia viva.

***

Depois de mais outra longa viagem até Carazinho chegamos na casa da Dona Andrea.

Tiramos as bagagens do porta malas até que olhei para a porta da casa onde saíram dois garotos de dentro.

Um deles não sabia quem era mas o outro, sim...

- Prazer, Henrique.- cumprimentou o garoto de cabelo curto e preto.

- E eu sou Rafael Lange.

Será? | Cellbit >> Rafael LangeOnde histórias criam vida. Descubra agora