4 - Conhecendo melhor

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"As armas são para dizer que lutamos,

e as rosas para dizer que vencemos"

Ponto de vista de Katherine Moore –

Percebi o espanto estampado em seu rosto quando me viu com as roupas que ganhei todas dobradas em cima da cama e minhas próprias peças rasgadas no meu corpo. Eu tive certeza que ele já sabia o que iria acontecer, o que eu planejava. Não sei qual seria sua reação, mas precisava faze-lo.

- O que está fazendo? Onde pensa que vai? – Fui questionada.

- Me desculpa, Justin. Não queria causar nada daquilo. É melhor eu ir embora. Diga para sua irmã que agradeço pelas roupas, mas eu realmente não posso mais ficar aqui te atrapalhando.

- De forma alguma! Você não tem que ir pra lugar nenhum Katherine. – Se aproximou de mim aos poucos e eu sequer me mexia. - Eu te convidei para ficar. Kayla perdeu o controle, não leve em consideração as coisas que ela disse.

- Não queria que vocês brigassem.

- Irmãos brigam.

- Irmãos se beijam também? – corei ao ver que tinha soltado tais palavras. Justin me olhou silencioso, e deu continuação.

- Foram só alguns beijos, algumas noites, foi diversão, sem compromisso. Por favor Katherine, não vá embora.

Sentei-me na cama com as mãos no rosto. Sentia vergonha, eu não tinha o direito de cobra-lo daquela maneira, mas não me sentia confortável com toda aquela situação.

Notei quando sentou-se ao meu lado, tocou minhas mãos e puxou meu rosto pelo queixo para que me virasse pra ele.

Seus olhos me encaravam com uma mistura de pena, desejo e luxuria, senti meu rosto esquentar e fiquei com medo de estar vermelha. Desci meus olhos até sua boca, que o mesmo passou a língua de um jeito extremamente sexy. Eu me hipnotizei. Meus olhos estavam úmidos e sem querer deixei que uma única lagrima escorresse, mas Justin fez questão de limpar rápida e delicadamente. Me aproximei do seu rosto ainda com os olhos fixos na sua boca perfeitamente desenhada por Deus. Eu sabia que não deveria fazer nada daquilo, deveria estar de luto pela minha família, mas meu pensamento se calou quando senti seus lábios tocarem nos meus com cuidado.

Hesitei inicialmente. A ultima vez que tinha feito aquilo eu estava sendo forçada. Mais uma lagrima escorreu.

- Não chora. Você é tão linda. – interrompeu o ato das nossas bocas seladas.

- Mas eu sempre estrago tudo. Minha família está morta por minha causa.

- Para de se culpar, linda. Eu juro, juro pra você que vou vingar a morte de todos eles.

Não sei exatamente como aconteceu, mas dessa vez eu quem avancei. Beijei-o novamente como se aquilo fosse algo que eu desejasse a anos. Nossas línguas entraram numa sintonia, e se encaixaram tão perfeitamente como se tivessem sido feitas uma para a outra.

Não conseguia sentir-me angustiada, eu só conseguia sentir desejo. E ódio, muito ódio.

Interrompi o beijo mais uma vez para terminar o dialogo.

- E o que pretende fazer em relação a isso? - Não sei onde queria chegar com aquela pergunta, mas a fiz da mesma forma.

- Não vou sujar as minhas mãos com ele. Tenho homens pra isso. Uma boa quantia em dinheiro e tudo se resolve.

- Realmente a quantia tem que ser muito boa. Nesse caso, você não precisa sacrificar tanta grana por causa de Anton.

- Anton? Acha que foi ele quem fez tudo isso?

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