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Andei e parei em frente a casa de Jenny para observar aquilo, eu não estava acreditando no que via, era a MINHA mulher entrelaçada com outro homem! Olhei mais ao fundo enquanto eles se beijavam e vi uma criança saindo correndo, abraçando uma perna de Norman, e gritando: "Papai, papai!" A criança me viu e apontou pra mim, um trouxa com rosas na mão e uma caixinha, enquanto lágrimas caíam de meus olhos e eu olhava-os boquiaberto.

Quando Jenny virou pra ver o que a criança tanto apontava, me reconheceu imediatamente e eu vi seu rosto empalidecer ao me ver. Realmente, era minha amada. Parecia que o chão tinha rachado abaixo de meus pés e eu estava caindo num abismo sem fim, exatamente como a senhora me falou na rodoviária. Por um instante tive a sensação de ouvir meu coração se partindo em mil pedaços... Depois achei que estava sendo rasgado por um cão do inferno com suas enormes garras, fatiando meu peito e comendo meu coração... Tive a sensação de várias coisas ao mesmo tempo, mas nada se comparava aquela dor, a dor de ver a mulher que eu entreguei 5 anos da minha vida, casada com um idiota e com uma filha de 3 anos, coisas que ela nunca havia mencionado. Ela nunca tinha me dito sobre ter uma filha.

Pude ver Jenny formar com os lábios algo que parecia: "Alexandre, me desculpa". Mas antes que eu pudesse ouvir algo de sua boca, eu já tinha dado as costas aquela família, indo em direção ao carro. Jenny largou Norman - que a todo instante pedia explicação - e a pequena na porta de casa e correu em minha direção, meu coração tomava um baque a cada passo dela que ouvia atrás de mim. Norman entrou com a garotinha tentando explicá-la que não era nada demais. Ao me alcançar, Jenny me abraçou pelas costas e então desabei em lágrimas soltando o buquê de flores no chão. Ela deu a volta por mim e ficou em minha frente, imediatamente levantei a cabeça pra não alcançar seus olhos enquanto eu chorava sem parar.


- Alexandre! Me olha, por favor! Olha pra mim! Eu posso explicar!


- Me deixa ir embora, Jennifer. - Falei baixinho enquanto ela também desabava em lágrimas.


- Meu amor, por favor! Eu ... - interrompi Jenny quando consegui conter minhas lágrimas, segurei-a pelos ombros tirando-a de minha frente.


- Jennifer, eu vou embora e você não vai atrás de mim, entendeu?


Na mesma hora ela se jogou aos meus pés abraçando forte uma de minhas pernas e gritando que me amava, fiquei imóvel pra não machucá-la, apesar de tudo meu coração trouxa ainda amava ela. Ao ver as pessoas saindo de suas casas, segurei os braços de Jenny soltando ela de mim e corri pro carro deixando cair o endereço da pousada que eu ia ficar.

Way Back Into LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora