Então null ergueu os olhos para Adam contemplando a si mesmo refletido nas íris brilhantes do irmão. O garoto mordeu o lábio inferior enquanto se apoiava de lado na parede, cruzando os braços. null virou a cara enquanto colocava as mãos dentro dos bolsos da calça e balançava o pé freneticamente no chão.
- Eu sou capaz de desistir de tudo se ela disser que me quer. - ele disse apenas e Adam suspirou ao seu lado, mas ele apenas ouviu, não se atreveu a olhar para o irmão.
- Ela não vai dizer, cara. Isso seria um grande sonho da sua parte, o mais ilusório possível. - Adam estralou os dedos na frente de null. - Acorda, null! A sua realidade agora é a que você está vivendo. Eu sei que você não queria estar passando por isso, mas não tem o que fazer.
- Está falando isso porque não é você que está todo fodido e arrombado pela vida. - ele atravessou os olhos para Adam. - Não queira estar em minha pele e sentir o que estou sentindo.
- Talvez você se sentisse um pouco melhor se começasse a aceitar as coisas. - ele passou os olhos pelo corredor, o sol da manhã clareando as paredes escuras. - Todo mundo está lá embaixo arrumando as coisas para o seu casamento com Aubrey. Ela, muito provavelmente, está na modista há essas horas tentando esconder a barriga que ninguém pode sonhar que ela tem enquanto você deveria estar se preparando para se tornar um cara casado. Você não pode ficar desejando null pra sempre. Ela é nossa prima gostosinha, mas ainda assim é nossa prima e uma garota impossível, diga-se de passagem.
- Mas isso não vai me impedir de falar e tentar me resolver com ela. - ele apontou para a porta. - Eu não vou conseguir me casar com Aubrey sabendo que null está me odiando ou simplesmente não está sentindo nada, o que pode ser muito pior, porque mostra que ela não está nem aí. - Adam deu de ombros.
- Você quem sabe. - ele se virou para descer as escadas. - Só não força a barra. Pode acabar se machucando ainda mais.
E então Adam saiu certamente para ajudar a arrumar os arranjos de flores enquanto levava seus conselhos esquisitos consigo. null ainda tentava entender de onde Adam havia tirado todo aquele monólogo ajudante, mas sua curiosidade se dissipou quando ele parou em frente à porta de null mais uma vez. Sua mão parecia estar travada no lugar e ele não conseguiria ter a mesma coragem de antes para bater na porta esperando que a garota a abrisse. Por mais que sempre entrasse no quarto de null - ou no quarto de hóspedes de sua casa que passou a ser de null - sem avisar, a situação atual era muito diferente da antiga, na qual ele simplesmente entrava e chocava sua boca à da garota em um beijo forte e molhado. Provavelmente, se ele entrasse sem bater era capaz de null expulsá-lo depois de encher a boca de xingamentos do pior nível para defini-lo. E ele não poderia falar nada. Apenas aceitar.
Mordeu o lábio inferior enquanto sua mão se dirigiu à maçaneta dourada da porta, girando-a até que uma fresta da porta se abriu silenciosamente. Metade de sua cabeça entrou pela abertura pequena da porta, apenas conseguindo ver um pouco da luz da janela que iluminava o aposento. Olhou para todos os cantos do quarto e, mais à frente, defronte ao grande espelho que havia no quarto estava null, o corpo vestido apenas por uma lingerie branca pequena, cobrindo apenas o mais essencial no corpo. De resto, estava tudo à mostra.
O corpo da menina havia se valorizado muito mais desde a última vez que null a viu. Os peitos cobertos pela lingerie relativamente pequena para o peso estavam ainda maiores, formando uma fenda funda com a junção que a roupa íntima fazia na parte frontal de sua feminilidade. A barriga continha alguns gomos, sinais de academia em excesso e dedicação aos treinos de Fitness que a garota fazia em horas vagas enquanto as coxas grossas formavam o V que sempre o deixou louco de desejo. Aquela parte de null era a melhor que ele havia provado e não se comparava com nenhuma outra garota com quem ele havia transado um dia. A parte traseira da garota também estava mais arrebitada e cheia, o que fez com que null agradecesse de coração à bendita academia que a garota fazia. As pernas eram cheias de curvas acentuadas, formando uma das mais belas pernas que null havia tido o prazer de conhecer.
E tocar.
E beijar.
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Um Arriscado Amor
Teen FictionUma cidade pequena. Uma família religiosa. Dois primos. A luta por um amor pode ser muito mais densa do que se imagina. Um casamento forçado e cercado por mentiras poderia ser a deixa para que um relacionamento secreto entre familiares pudesse ser t...