Quando a vi pela primeira vez

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Quem dera ter eu o poder de identificar logo de cara o amor.

Sempre fui a nerd, Cdf, quatro olhos, feiosa, rabo de cavalo e tansa da turma no fundamental. Meu Deus, como era sofrido - só no último ano que as coisas melhoraram e até fui eleita a vice-representante da turma - ser "bullyingnada" é algo muito frustrante. Hoje olho para trás e percebo que era o meu destino, eu devia ter passado por isso para servir de amadurecimento - sim, eu "pokemei", sou um ser evoluído nos dias de hoje kkk - e para muito mais.

Ok, confesso que "tremi na base" ao pensar sobre como seria o Ensino Médio, conhecer news people me deixava super hiper mega apreenssiva. Foi "punk" passar as etapas para conseguir uma bolsa de estudos em uma escola filantrópica que havia perto de casa. Quando vi meu nome naquela lista parecia uma criança quando ganha sorvete de tão feliz. E depois era só a entrega de documentos. Só neh. Na real não. Aquele dia foi memorável.

Entrei na escola e sentei em um banco próximo a porta que ficava de frente a outro banco. Minha mãe estava de bom humor naquele dia - cara, raramentissississimo ela fica assim - e eu estava contente porque neh passei pooh kk.

No banco que ficava de frente para nós estava uma menina de cabeça baixa, mexendo no celular, totalmente desligada do mundo - só naquele aparelho móvel criado pelo Homem Afff - e uma mulher - mãe dela aparentemente - que estava com os braços cruzados,uma pasta na mão, a cara "fechada" e cada pouco olhava o relógio do pulso esquerdo.

Na moral, eu tava muito feliz com a notícia de que havia passado pra entrar naquela escola, e a garota pelo jeito também iria entrar, pq a mãe dela tava segurando uma pasta - acho que era a documentação - eu não vi animação naquela vida ali não. Se tinha alegria tava dentro dela, bem lá no fundo, onde sabe Deus lá em qual fundo tava. Meww, acorda guria, passamos!! - eu olhava pra ela e gritava mentalmente - ôh gótica infeliz, olha pra mim.

Enquanto eu gritava com a garota mentalmente, apareceu uma das coordenadoras e pediu que quem chegou primeiro entrasse para fazer a entrega dos documentos. Como eu e minha mãe havíamos chegado depois delas, elas entraram porta a dentro.Ficaram uns bons 15 min. lá e saíram com umas caras de "noujo" que mds.

Nossa, cheguei em casa e logo fui escrever no meu diário o quanto "AMEI" conhecer aquela doçura de pessoa que nem sabia o nome, mas já havia nomeado de gótica-anti-social-que-jamais-serei-amiga.

O Que Os Olhos Veem O Coração Também SenteOnde histórias criam vida. Descubra agora