Arthur

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Na escola Arthur esperava asiosamente por Ana.
Arthur pensou que se ela não viesse ficaria muito decepcionado pois gastou 10 minutos para convencer algumas meninas a fazerem todo o serviço por ele.

Quando estava encostado perto do armário da Ana só esperando ela abrir e ver a surpresinha.

Ana andava pelo corredor com um mal presentimento as pessoas que estavam no corredor olhavam ela, uma soltando uns risinhos e outras com o olhar de pena.
Ela achou estranho as pessoas hoje ficarem olhando.
Foi até seu armário para pegar os livros da próxima aula.
Quando abriu o armário um vaso de tinta enorme derramou toda sobre ela, só viu o Arthur rindo e vindo em sua direção.

-Isso é pra você nunca mais falar comigo do jeito que tu falou ontem sua menina macho.- Arthur passou rindo com seus amigos idiotas.

Ela sentiu vontade de socar a cara dele.
Mas antes de ela responder o vaso de tinta pesado caiu sobre sua cabeça e na hora Ana só sentiu o baque e desmaiou,

As pessoas gritaram e vinheram em sua direção.
Arthur já estava arrependido do que fez com certeza a culpa sobraria toda para ele.

Samuel apareceu e viu o corpo de Ana todo melado de tinta vermelha jogada no chão,  se aproximou preocupado.
Ninguém queria pega-la e levar na enfermaria para ajuda-la para não se sujar.

-Saiam da frente seus idiotas - Samuel falou para o Arthur e seu grupinho.

Aproximou-se de Ana e pegou ela no colo.

As meninas olhavam irritadas se perguntando porque o menino mais gato da escola estaria ajudando a nerdizinha zuada...

Mas lá no fundo Samuel já sentia uma afinidade com a Ana e não aguentou vê-la assim logo queria saber quem foi otário ou otária que fez essa babaquice com ela.

Levou ela até a enfermaria e depois de 1:30 a pequena acordou com uma dor de cabeça.

-Deixa eu ver os seus sinais vitais - o enfermeiro falou colocando a luz em seus olhos.- ta tudo bem mas se quiser pode ir pra casa.

Ana não podia ir pra casa pois haveria prova hoje no último horário e ela estudou muito para essa prova e ela tava preparada.
Mas suas roupas estavam completamente meladas de tinta.
Ana sentiu a raiva subir em seu rosto e jurou pra si mesma que haveria troco.

-Se você quiser continuar temos roupas no achados e perdidos.- o enfermeiro falou e foi pegar uma roupa que achava que daria nela.

Trouxe um shorts e uma blusa.
Ana olhou pra roupa e ela não queria vestir, ela só usava essas roupas em casa quando ninguém podia ver, onde ninguém podia se aproveitar dela.

Mas é o único jeito para fazer a prova seria nesse próximo horário ela não queria desperdiçar a noite de ontem que passou em claro tentando memorizar cada coisinha do assunto pra fazer a prova.

Vestiu a roupa e não se olhou no espelho, não queria ter o nojo de olhar-se assim.

Saiu da enfermaria e Samuel estava lá esperando por ela.
Quando Samuel a viu sem todas aquelas roupas largas usando um short curto e o cabelo solto só um pouquinho manchado de vermelho em algumas partes... ele pensou ser uma miragem, ela com certeza é a menina mais bonita desse colégio.

-Você ta bem?? - Samuel perguntou disfarçando o olhar que antes estava sob o corpo dela...

-Vou ficar.- foi o que ela respondeu -obrigada por... por... - Ana não é muito boa de agradecer e nem de ser sentimental, ela é fria as circunstâncias a fez ficar assim.

-Por te pegar no colo e te trazer pra enfermaria? - ele completou e sorriu.- não precisa agradecer mas você ta me devendo uma camisa nova.- ele falou e ela olhou a sua camisa que estava toda manchada de tinta vermelha.

E riu.

O garoto ficou ipnotizado pelo riso da pequena a primeira vez que a via rir e ele esperava vê-la assim de novo, instantaneamente ele sorriu por ver o sorriso dela.
O clima ficou tenso então Ana saiu de lá,  praticamente fugiu deixando Samuel a olhando ir embora.

Ana entrou na sala de aula atrasasa recebendo olhares de todos na turma.
As meninas a encaravam com raiva e inveja ela não acreditavam que a nerdizinha estava tão bonita queria Ana longe.

Arthur não acreditou que é a mesma menina de ontem, a mesma que havia zuado.

Ela encarou Arthur com raiva e parou na frente dele.

-Você pode andar por ai se achando o tal, garoto mas eu conheço bem o teu tipinho. O seu reino é a escola mas adivinha só? Saindo daqui você não passa de um merda no meio de vários outros merdas. - ela falou com um sorriso debochado no rosto encarando Arthur enquanto a sala inteira servia de plateia pro seu desabafo.

-Eu!...-Arthur ia começar a colocar ela pra baixo e se levantar, ele não esperava as palavras duras da pequena.

-Você só sabe falar isso. EU pra lá,  EU pra ca. Você não é nada se liga. Enquanto você me zoa por eu ser uma "Nerd" você fica ai com tua vidinha de merda humilhando os fracos para se sentir por cima. Mas adivinha eu não sou fraca não, viu. E agora que tu mexeu comigo vai ter troco e você vai se arrepender do dia que pensou em me zuar.-Ana falou desabafando tudo...

Recebendo olhares e bocas abertas de surpresas pela atitude da garota.
Agora sim eles a viam.

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