Amor por impulso.

Vença a sua luta.

-Vem que a gente te faz companhia gata.- o menino falou e Ana ficou com medo e virou para atrás querendo sair dali, mas o menino pegou em seu braço. - vamos nos divertir.

Ana já sentia as lágrimas cair de seus olhos quando alguém tirou a mão do menino bruscamente do braço dela.

-Ela ta muito bem acompanhada, não precisa da companhia de vocês. - Arthur falava olhando desafiadoramente para o menino que sabia muito bem quem Arthur era e resolveu desistir saindo de la.

Arthur olhou para Ana que estava assustada, lágrimas escorriam de seus olhos, ele pode ver o pavor da menina, ela olhava pro nada e depois encarou seus braços com um olhar estranho, olhar de repulsa.

-Calma.- ele se aproximou dela tocando no braço da pequena e por impulso ela tirou o seu braço depressa.- Hei eu não vou fazer nada contigo. Vem vou te levar pra casa.

Arthur olhava o estado da menina e não parecia ser a mesma menina forte que havia lhe enfrentando a poucos minutos atrás...
Ele viu ela entrando no carro e abraçanso a si propria chorando baixo.

-Você ta bem? - Ele perguntou.

Ana pensou pra si mesma, ordenou que é pra ela enchugar essas lágrimas idiotas e ser forte.
Ela olhou para Arthur com os olhos lacrimejados sentindo uma imensa tristeza dentro de si e mesmo assim sorrio.
Um sorriso na imagem e por dentro sem nenhum pingo de felicidade.

-Eu estou ótima- falou ainda com o seu sorriso.

Arthur a olhou e viu que se enganou ela é realmente forte, ele percebeu o quão triste ela estava e mesmo assim ela virou pra ele, sorriu e disse que estava tudo bem.
Ele se lembrou de si mesmo olhando para ela.
Quantas vezes ele sorria e dizia pra si mesmo que ficaria tudo bem, que mesmo diante de toda essa situação ficaria tudo bem...
quantas vezes ele sorrio pra qualquer pessoa na rua mesmo quando lhe negavam o mínimo que fosse, ele se lembrava que a barriga dele embrulhava a própria pele mas ele sorria ...

E agora Arthur criou um respeito por Ana.

Parou o carro na frente da casa dela.

-Hei calma, olha não é o fim do mundo. Você ficou assustada mas isso passa, pessoas idiotas como aquele menino sempre vão estar lá pra te fazer sentir medo. Mas você tem que ser forte, tem que ser corajosa pra poder dar a volta por cima. Você pode me achar esse menino arrogante e egoísta que sou hoje Ana.- Arthur falava e Ana o olhava impressionada de como as palavras dele é exatamente o que a garota precisava ouvir pra por um ponto final nessa história- Mas se lembre que todo mundo tem sua história, tem sua luta. E você tem que vencer a sua.

Arthur falou encarando a menina que agora que havia absorvido todas as palavras de sabedoria do garoto estava bem melhor, as lágrimas haviam parado de cair e Arthur encarou a menina guerreira e determinada de novo, ele sorriu.

-Existem pessoas no mundo sofrendo mais do que eu e pessoas que dariam tudo para estar no meu lugar. Não posso me permitir chorar.-a pequena pensou alto se convencendo de que é pra ela ser forte como deve ser,

Ana sentiu uma vontade enorme de abraçar Arthur e foi isso que ela fez.

Deu um abraço apertado nele e saiu.
Ela não queira agradecer até porque não sabia como fazer....
Mas Arthur ficou contente só pelo abraço como resposta, ele sabia que apartir daquele dia qualquer richa que eles tiveram algum dia, foi esquecida.

A 30 minutos atrás...Samuel procurava Ana por todo lado o dono da lanchonete havia chegado e disse que ele poderia ir pra casa mais cedo, Samuel procurava Ana para dizer que agora ele podia leva-la.
Mas Samuel viu Ana entrar no carro de Arthur e não acreditou.
Mais uma garota que ele gosta sendo tomada pelo Arthur.
Samuel sentiu um ódio de Arthur.