Capítulo VI

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Beatriz concordou em acompanhar Miguel. Quando já estavam em frente à delegacia, o relógio de Miguel registrava vinte horas e cinco minutos, ele torcia para que Rafael não aparecesse naquele momento. Quando do nada ouviram-se duas explosões continuas no estacionamento da delegacia, em seguida três indivíduos mascarados saem de trás de alguns carros e vão em direção a Miguel e Beatriz, rapidamente o batalhão é acionado, mas antes que possam chegar ao local, mais bombas e tiros são disparados contra os agentes, mas sempre conservando a base. Um dos indivíduos conseguiu apanhar Beatriz mesmo com o esforço dos braços de Miguel, arrancam a bolsa dela, retirou todos os documentos e jogou-os no chão, bem espalhados, um homem forte, aparentemente com uns quarenta anos se aproximou para negociar, enquanto mais explosões aconteciam ao redor, uns dos sujeitos mascarados saiu do local, o outro indivíduo que estava com a bolsa de Beatriz, pegou um litro de álcool derramou por cima de alguns pneus trazidos por eles e em seguida pegou um caixa de fósforo, acendeu um e jogou-o. O fogo se espalhou rapidamente, nesse meio tempo, Felipe não estava muito longe do local, com medo do que estava acontecendo decidiu voltar para o hotel, quando avistou por meio da fumaça Beatriz ajoelhada sendo segura por um indivíduo mascarado e outro sacando o revólver e girando ele sobre a cabeça de Beatriz. Felipe imediatamente correu em direção a alguns agentes deitados no chão, suas armas estavam logo do lado, agarrou uma, mas estava se sentindo inútil, nunca havia feito isso, iria sujar sua ficha, mas vendo o amor de sua vida sendo ameaçada de morte, seria o melhor a fazer, quando já estava puxando o gatilho, ouviu dois tiros, um acertou o braço direito de Felipe e outro acertou o ombro do sujeito de mascara. Supostamente o tiro que acertou Felipe, tinha sido disparado pelo outro indivíduo que havia saído do local há alguns instantes, Beatriz vendo e não acreditando se era verdade gritou:
- Naaaaão, Felipe. - Gritou em prantos.
Enquanto Rafael estava caído pelo impacto da bala no seu ombro direito, Miguel empurrou quem estava segurando Beatriz e a puxou.
- Vamos sair daqui o mais rápido possível. - Gritou Miguel puxando Beatriz para trás de um automóvel, tentando desviar se dos tiros que estavam sendo disparados em sua direção.
- Não posso deixar o Felipe. - Gritou Beatriz observando Felipe em agonia de dor.
- Esquece ele, você é o alvo, ele vai ficar bem. - Disse Miguel observando Rafael se levantando.
- Você pode me dizer o que está acontecendo? - Perguntou Beatriz tropeçando em seus próprios pés, devido estar olhando para Felipe.
- Estou sem fôlego para isso, quando eu chegar a um lugar seguro eu te conto. - Disse Miguel.
- Vamos voltar para o hotel. -optou Beatriz.
- Não, lá é o primeiro lugar que iriam nos procurar, olha aquela casa, ela está abandonada há muito tempo, vamos pra lá. - Disse Miguel.
- Miguel, esse lugar não parece ser abandonado há muito tempo não. - Disse Beatriz, quando Miguel empurrou a porta e acendeu a luz.
A casa era pequena e antiga, a porta só poderia ser trancada pelo lado de dentro por um travessão que estava encostado perto da porta.
- Agora você pode me explicar? - Perguntou Beatriz apavorada.
- É acho que sim. - Disse Felipe olhando pela janela para ver se alguém havia seguido eles. - Eu tentei te falar, mas fui obrigado a não dizer, tentei avisar para se afastar de Rafael, mas Estér não deixou... - Miguel estava dizendo quando foi interrompido por Beatriz.
- Quer dizer que você sabia de tudo aquilo? Você é um psicopata, quase me matou e quase matou
o Felipe e você matou aqueles agentes, eu confiei em você, por que você está fazendo isso? - Perguntou Beatriz.
- Não grita... Alguém pode nos escutar. - Disse Miguel acalmando-a. - Vou explicar e não me interrompa, tudo isso foi armação do Rafael.
- Agora você vai colocar a culpa no Rafael, ele não estava lá, mas você estava. - Disse Beatriz.
- Eu estava, e me diz agora quem te tirou de lá?- Perguntou Miguel estressado. - Por você não vê ele lá, já deveria desconfiar que ele fosse um daqueles mascarados.
- Por que vou acreditar em você? Você já mentiu uma vez, pode mentir de novo. - Disse Beatriz.
- Agora só me ouça. Gabriel desde pequeno era amigo de Rafael, eu era somente o vizinho e Estér a minha amiga, até um dia ele contou sobre a história de sua mãe e disse que se vingaria, pois, quem a matou estava impune, mas iria causar danos às cidades e ao batalhão mais próximo do incidente. Daí ele não só queria explodir coisas, ele queria relembrar a morte de sua mãe, matando outras mulheres que tivessem o mesmo nome, no caso você. Então, ele nos chamou para participar, eu que não tinha muito a perder aceitei a proposta, Estér só aceitou por minha causa, e Gabriel entrou por que sempre teve sangue frio e era amigo de Rafael. Ele iria mais tarde depois de alguns atentados expor nossos nomes, para todos verem que as nossas leis poderiam demorar, mas não iriam falhar como a deles, por isso ele quis unir um grupo com nomes bíblicos, segundo ele há uma passagem que diz essas palavras. E quando eu ouvi você pronunciar seu nome, meu coração parou, iríamos matar alguém pela primeira vez, eu não iria conseguir engolir essa história, tentei te avisar, mas ele me ameaçou, eu mais ou menos devia favores... Esse é só o resumo da história, me perdoa, por favor!
- Nunca... Seu imundo, vocês mentiram para mim esse tempo todo, o único nessa história que contou a verdade foi o Rafael. - Disse Beatriz.
- Eu não menti, quando disse que gostaria de estar contigo em todos os momentos, mas agora faça o que eu pedir, fuja o mais rápido daqui, procure o teu amigo, ele deverá estar no hospital mais próximo, procure um jeito de se comunicar com as pessoas, eu tenho que ir, devo impedir Rafael de continuar com essa barbaridade. - Disse Miguel.
- Vai, foge você, mas pode ter certeza que não vai muito longe, pois um criminoso como você deve morrer na prisão. - Disse Beatriz.
- Adeus. - Disse Miguel olhando novamente pela janela e voltando o olhar rapidamente para Beatriz.
Miguel saiu da casa e fechou a porta rapidamente, Beatriz havia ficado lá dentro, estava desesperada, como tudo aquilo podia estar acontecendo justamente com ela, estava pensando "será que Miguel estava falando a verdade, será que Rafael era culpado?" Então se lembrou de como Rafael estava diferente na manha daquele dia, lembrou também da frase que ele havia pronunciado "Você percebeu como os pássaros estão alegres? E nem imaginam que a qualquer momento podem ser mortos por um moleque atrevido", ele dissera isso tão friamente. Beatriz que estava sentada em uma cadeira se levantou rapidamente, abriu a porta e gritou:
- Miguee.... - Mas seu grito só alcançou a metade da palavra, pois logo ali no chão encontrava-se
o corpo de Miguel, ele havia sido golpeado com uma faca na nuca, e essa ainda se encontrava cravada. Ela paralisou-se sobre o corpo, quando ouviu vozes vindas do meio da escuridão.
- Oi Bia, que insano esse teu amigo, traz a queridinha dele para se esconder exatamente na toca do lobo, nossa, olha o que você causou a quem queria tanto o teu bem, eu iria poupar a vida dele, iria perdoá-lo por ter fugido contigo, mas parece que você foi muito curiosa, e agora que sabe de toda a verdade eu não posso te poupar também, eu ainda estou pensando se eu apago a sua memória ou apago você, se eu simplesmente apagar a tua memória ela pode voltar aos poucos, e algo me diz que não devo confiar em você, então, o único jeito é apagá-la totalmente. - Disse Rafael com os olhos gélidos.
- Se afasta de mim, seu psicopata! - Exclamou Beatriz.
- Por que devo fazer isso? Você vai me encher de tapinhas? O seu anjo não pode se machucar. - Disse Rafael com um sorriso sarcástico.
- Agora entendi, anjos malvados são expulsos do céu, mas eu vou dar a chance de você conhecer um novo hábitat. - Disse Beatriz afastando- se para trás apanhando o pedaço de madeira que estava do lado da porta e acertando na cabeça de Rafael, ele simplesmente caiu desmaiado.
Beatriz certificou-se de que Rafael estava mesmo desacordado e voltou para o hotel onde estava hospedada, pegou o elevador e fez o possível para ninguém vê-la, principalmente os outros dois membros do grupo. Entrou em seu quarto, tudo estava no lugar, então ela pegou uma bolsa e guardou o necessário dentro, incluindo o seu tradutor e desceu novamente. Era notável que Beatriz não estava nenhum um pouco bem, seus cabelos estavam bagunçados, seus olhos estavam vermelhos e o terror a consumia. Ela foi direto ao local do atentado, havia muitas ambulâncias no local, ela foi correndo ao encontro de uma, onde se encontrava um rapaz que seria Felipe.
- Felipe! O que você está fazendo aqui? Meu herói, você me salvou. - Disse Beatriz dando um forte abraço em Felipe.
- Ai meu braço. - Disse Felipe.
- Desculpa, não lembrei. - Disse Beatriz se afastando.
- Eu vim ao teu encontro e olha com quem eu deparo na mira de uma arma, você já foi mais querida pelos rapazes. - Disse Felipe sorrindo.
- É uma longa história, mas você está bem? - Perguntou Beatriz.
- Sim, só um braço perfurado, as pernas bambas, a cabeça fora do lugar, mas acho que o resto está bem. - Disse Felipe.
- Temos que ir embora, eles ainda estão atrás de mim, mas antes temos que dizer a polícia tudo o que sabemos. - Disse Beatriz.
- Nem tudo, não podemos dizer que eu atirei, mesmo que eu não o matei, esse processo vai ser longo e custará muito para me defender, cadê aquele teu amigo que fugiu com você? Vamos precisar de uma ajudinha. - Disse Felipe.
- Lamento dizer, mas ele morreu. Agora vamos denunciar. - Disse Beatriz puxando o braço esquerdo de Felipe.
Ao chegarem ao local, o homem forte que estava presente na hora do atentado, estava parado diante dos documentos de Beatriz, ele simplesmente abaixou e pegou-os, Beatriz lembrou que havia deixado seus documentos no local do atentado e disse:
- São meus documentos.
- Ele, não vai lhe entender perfeitamente, ele é italiano, deixe que eu falo. - Disse Felipe.
- Ao contrário garoto, entendi muito bem. Está aqui o que te pertence. - Disse o agente.
- Nossa, surpreendente, mas preciso te contar tudo o que aconteceu. - Disse Beatriz.
- Me poupe dos detalhes, eu já tenho em mente quem fez isso, só me conte o necessário.
Beatriz contou o necessário, como o agente pediu e depois disso ele decidiu que seria mais seguro os garotos voltarem para suas casas.
- Mandarei vocês imediatamente para o aeroporto. Vou pedir reforços. - Disse o homem se retirando e dando ordens para outros que estavam por perto e logo em seguida apontando para Beatriz e Felipe.
- Você não acha estranho, ele já ter em mente tudo o que poderia ter acontecido?- Perguntou Felipe.
- Rafael é um psicopata, ele pode já ter feito isso. - Respondeu Beatriz.
- Sei não, não fui muito com a cara desse sujeito, mas vamos a carona chegou. - Disse Felipe seguindo em direção a um carro preto que parara logo a sua frente.
A viagem foi rápida e tranquila, nada de estranho aconteceu até ao aeroporto. Ao chegarem lá, já havia policiais em quase todas as partes, então, já estava seguro para Beatriz e Felipe descerem do carro. Ao descerem estavam felizes por finalmente voltar para casa, quando do nada um rapaz saiu de dentro de um dos carros que estavam estacionados e ele estava armado, mas não era uma arma qualquer, era uma Pistou Uzi e estava apontada para Beatriz.
- Veja Beatriz, como é o destino, nos conhecemos no aeroporto e agora eu e você de novo frente a frente,mas dessa vez não vou te salvar, ou talvez sim, te salvar da crueldade que te espera. - Disse Rafael que dessa vez não usava máscara e afastara totalmente o seu olhar da direção de Beatriz, quando avistou o tal agente que ajudara Beatriz, chegando calmamente perto dela.
- Não atire, ela não tem culpa pelo o que seu pai e eu fizemos. - Gritou o agente.
- Quem é você? Meu pai não tem nada a ver com isso, saia da frente, caso contrário serão dois corpos retirados no chão. - Disse Rafael.
- Acalme-se meu jovem, não queremos te machucar. - Disse o agente indicando todas as armas apontadas para o rapaz. - Vou pedir para que os meus homens abaixem as armas e em seguida quero que você faça o mesmo.
Após todos os policiais abaixarem as armas, Rafael abaixou a arma que carregava consigo, mas sem tirar o dedo do gatilho.
- Fala o que você tem contra o meu pai. - Gritou Rafael.
- Tudo começou quando você nasceu, eles vieram para Roma, mas seus pais não tinham condições para lhe criar, então sua mãe resolveu ir trabalhar a noite, mas não disse nada ao seu pai, pois sabia que ele não aceitaria. Ele percebendo que sua mãe nas duas últimas noites estava chegando tarde, não quis perguntar o motivo, mas decidiu segui-la, então certa noite ela estava saindo com um homem que supostamente era seu colega de trabalho, ele não pensou duas vezes, puxou o gatilho e matou- a por ciúmes. Depois que o homem disse a ele e a polícia tudo o que sabia sobre ela, seu pai se desesperou e foi me procurar, eu o ajudei, consegui um cara para assumir o crime e depois eu o soltei sem que ninguém soubesse, forjei todos os seus documentos, ninguém de dentro da polícia suspeitaria de mim. Eu era muito respeitado por todos, depois de tudo isso, seu pai retornou ao Brasil contigo e eu consegui recorrer a esse fato e fiz com que seu pai recebesse o dinheiro da indenização. - Disse o agente.
- Palmas pra você, você só está me enganando. Por que você estaria se entregando bem agora? - Perguntou Rafael desconfiado.
- Pois hoje, devido o teu atentado, perdi a mulher que tanto amava, acho que estou pagando pelo
o que fiz, além disso, não quero que mais ninguém sofra com essa história. - Disse novamente o agente.
- Meu pai nunca faria isso, ele amava a minha mãe. - Disse Rafael.
- Ele amava até demais, mas ele nunca teria a coragem de te falar, ele puxou aquele gatilho, explica-me meu jovem por que ele passou tantos anos sem te contar nada? Acredite em mim. - Disse o agente.
- Você não pode provar isso! - Gritou Rafael com sangue nos olhos.
- Está aqui. - Disse o agente tirando de dentro do bolso um pequeno gravador, e logo após reproduzindo a gravação. - Ainda têm duvidas meu jovem? - Perguntou o agente.
- Desgraçado. - Disse Rafael, levantando a arma rapidamente e puxando o gatilho, o tiro acertou
o lado esquerdo do peito do agente, mas antes que os policiais atirassem contra o rapaz, Rafael cai no chão com uma faca encravada na nuca.
- Estér? - Gritou Beatriz.
- Sim, ele morreu do mesmo jeito que ele matou o cara que eu mais amava na minha vida. - Disse Ester levantando as mãos a pedido dos policiais. - Desculpa, por favor.
Beatriz simplesmente consentiu, ela estava assustada com aquela cena, o sangue do agente escorria sobre sua roupa, Rafael estava morto logo a sua frente e a mulher que tentou te matar estava sendo algemada e ainda lhe pedia desculpas. Ela simplesmente virou - se, abraçou Felipe como se nunca mais fosse vê-lo de novo. Os policiais responsáveis pela operação cercaram o local e providenciaram um vôo particular para Felipe e Beatriz voltarem ao Brasil. A viagem de volta foi calma e fria, ninguém optou em dizer muitas coisas, simplesmente o necessário. Ao chegarem ao Brasil, tanto os pais de Beatriz quanto os de Felipe e os seus amigos já estavam esperando-os. Foi uma longa madrugada, contaram tudo o que havia acontecido por lá. Beatriz se sentia triste, pois Miguel havia sido morto por tentar lhe ajudar e ela nem se quer acreditou nele, mas sua dor foi substituída pela alegria de estar com sua família novamente, o que por algumas horas atrás não fazia sentido. Para compensar essa viagem trágica, a mãe de Beatriz fez um almoço caprichado para todos.
- Passami il pepe.- Disse Beatriz.
- Hum, aprendeu muito bem como pedir para passar a pimenta. - Disse Felipe. - Parabéns.
- Que é isso, foi um pequeno esforço. - Disse Beatriz escondendo a mão por baixo da mesa.
- Ela está com um tradutor!- Disse Nicole, sua amiga.
- Isso não vale Beatriz. - Disse seu pai sorrindo.
- Felipe, depois vou querer aprender algumas palavras com você, além de ser meu herói também será meu professor. - Disse Beatriz sorrindo para Felipe.
- Filha eu já falei que esse garoto é perfeito? - Perguntou Sandro.
- Não me lembro. - Respondeu Beatriz sorrindo.
- Não estraga. - Disse Sandro sendo alvo de piadas, por todos que estavam sobre a mesa.
Depois do almoço todos se retiraram e Felipe não fez o contrário, voltou para a casa onde ficava quando ainda estudava no Rio. Mais tarde a campainha tocou, ele achou que seria o comprador da casa, mas estava enganado, era Beatriz.
- Está pensando em ir embora novamente sem cumprir a sua promessa? - perguntou Beatriz observando as malas.
- Oi, eu prometi algo a você?- Perguntou Felipe.
- Sim, disse que me ensinaria a dirigir uma motocicleta. Não lembra? - Perguntou Beatriz.
- Sim, me lembrei. Será uma honra, mas antes vou pegar os capacetes, me espere na garagem, ainda guardo minha motocicleta lá. - Disse Felipe, procurando o mais rápido possível os capacetes.
Quando Felipe estava saindo de sua casa já com os capacetes nas mãos, Beatriz já estava esperando ao lado da motocicleta, mas estava com um papel na mão e começava a ler em voz alta.
- Estive longe de ti, mas meu sentimento sempre te acompanhou e agora... - Disse Beatriz olhando para Felipe.
- E agora?- Perguntou Felipe.
- Eu te peço perdão, por aquela noite que te ignorei, confesso que me arrependi. Você gostaria de sair comigo?- Completou Beatriz.
- Esse foi o bilhete que eu deixei com a recepcionista. - Disse Felipe.
- Metade dele foi, a outra é criatividade minha. Então, aceita? - Perguntou Beatriz.
- Sim, aceito. - Disse Felipe beijando Beatriz.
- Ok, que bom que estou com você, agora você vai me ensinar a dirigir, mas antes tira uma foto minha do lado da motocicleta, quero que todos vejam esse momento especial e vou colocar no meu status "Minha primeira vez dirigindo uma motocicleta com meu primeiro e único amor: Felipe" o que achou?- Perguntou Beatriz.
- Você não muda mesmo não é?- perguntou Felipe. - Essa ficou boa?
- Sim ficou ótima, essa vai para o perfil, agora vamos.
Beatriz aprendeu rapidamente como controlar uma motocicleta, isso não quer dizer que não deu trabalho para sair do lugar, cansados da brincadeira, eles resolveram descansar na lanchonete que ficava na frente da casa de Beatriz, chegando lá, ela se lembrou da garçonete que te aconselhou a viagem, mas ela não estava mais por lá, disseram a Beatriz que ela havia se demitido.Ao sentarem, alguém colocou a mão no ombro de Beatriz, quando se virou teve uma surpresa.
- Mentira? Você é... - Disse Beatriz.
- Advogada, eu lhe disse que aquele trabalho era o caminho para uma vida melhor, olhe pra mim, não preciso mais daquele trabalho. - Disse a antiga garçonete.
- Parabéns! - Disse Beatriz, contando tudo o que aconteceu com ela, ali sentados, saboreando aqueles sanduíches.
Nicole continuava a cursar sua faculdade de medicina. Beatriz decidira nunca mais viajar com estranhos e agora nem pensava em viajar, pois estava muito ocupada com Felipe e com a motocicleta. Felipe resolvera não vender a casa e ficar com Beatriz. Rafael e Miguel tiveram seus corpos cremados. Estér foi presa e conseguiu encontrar Gabriel que também foi preso. O pai de Rafael foi preso com as provas que o agente tinha contra ele. O agente que defendera Beatriz teve um funeral comum na mesma cidade em que ele ajudara um criminoso. Júlia havia encontrado sua banda e tocava por todos os lugares do país, sem exceção.
- O que acharam do show?- Perguntou Júlia.
- Cric, cric. - Responderam alguns grilos.

FIM

Um livro escrito por:
Raisa Alves de Almeida
Autora de "Um fã pra lá de especial"

ROMAOnde histórias criam vida. Descubra agora