Beatriz estava finalmente sozinha entre dezenas de pessoas desconhecidas, então se sentou em um dos bancos mais próximos, pegou seu money port procurando algumas moedas para comprar alguma bebida, depois quando encontrou deixou o money port em cima do banco e se levantou para avistar por cima dos ombros das pessoas a máquina mais próxima, não avistando nenhuma virou-se para guardar sua bolsinha quando percebeu que ela não estava mais ali e por uns dois segundos se desesperou, dentro havia o passaporte, dinheiro e todos os seus documentos começou a procurar por todos os lados, imaginando que se ela perdesse o passaporte ela teria que pedir a segunda via o que levaria muitos dias, então quando ela se abaixou para ver se havia caído no chão, avistou um rapaz com uma bolsinha rosa na mão, ela pensou porque o garoto usaria uma bolsinha rosa e seria muita coincidência a bolsa dela sumir e em menos de minutos ver um garoto com uma idêntica. Sem pensar, saiu correndo em direção ao rapaz e gritando “Pega esse rapaz com camisa verde ele roubou minha bolsinha" o rapaz que estava agindo naturalmente quando percebeu a movimentação começou a correr e Beatriz corria sem saber o que faria depois que alcançasse o ladrão, ela não o convenceria a devolver, então parou de correr quando percebeu que seria burrice continuar e viu que ele chegara a rua e estava esperando o próximo táxi. O táxi parou no estacionamento e quando o rapaz iria abrir a porta do carro um outro rapaz que estava dentro do táxi que supostamente tinha visto toda a correria, abriu a porta com toda a força acertando a cabeça do ladrão que caiu desmaiado logo abaixo dos seu pés. Beatriz vendo aquela cena correu em direção ao rapaz desconhecido e lhe deu um abraço.
- O- o- brigada, você foi um anjo que caiu do céu. - Disse Beatriz em meio a soluços.
- Para, isso foi o mínimo que pude fazer e não sei se é uma boa ideia você falar que eu sou um anjo que caiu do céu, eu acho que só os anjos malvados saem de lá, não é mesmo? - Disse o rapaz sorrindo, Beatriz também não conseguiu disfarçar o sorriso. O rapaz se abaixou e recolheu
o Money port.- Acho que isso te pertence, parece que andou muito distraída. - Disse o rapaz sorrindo novamente. - prazer meu nome é Rafael.
- Obrigada, só foi alguns segundos. Meu nome é Beatriz.
Rafael tinha os olhos pretos e gélidos, cabelos castanhos e tinha um belo sorriso, Beatriz observara bem esses detalhes.
E nesse momento a polícia estava chegando em meio a multidão parada perto do táxi. Rafael pagou o taxista e esclareceu tudo ao policial na companhia de Beatriz e depois do esclarecimento eles se afastaram.
- Então me diga, o que você faz por aqui sozinha? - Perguntou Rafael.
- Nossa me esqueci totalmente que devo pegar o vôo das treze horas, meu Deus, foi um prazer te conhecer. - Disse Beatriz apressadamente em rumo ao aeroporto, mas Rafael não desistiu e seguiu - a.
- Você vai viajar para onde?
- Desculpa, mas não posso passar informações para desconhecidos. - Disse Beatriz.
- Parabéns mocinha, parece que você prefere dar mais satisfações para um ladrãozinho qualquer do que para o cara que te ajuda. - Disse Rafael.
- Você está querendo dizer que... Não vou aceitar que fale isso de mim. - Disse Beatriz.
- Desculpa, não foi minha intenção te magoar. - Disse Rafael observando a preocupação de Beatriz procurando suas malas.
- Cadê? Perdi minhas malas, nunca imaginei que minha primeira viagem seria tão complicada. - Disse Beatriz.
- Como? Você nunca viajou? Eu posso te ajudar eu conheço esse aeroporto como a palma da minha mão, venha por aqui temos que ser rápidos para alcançarmos o vôo. - Disse Rafael.
- Você também vai viajar? Para onde?
- Com certeza, não estaria aqui a passeio. Nossa você não me fala nada e eu tenho que dar satisfação da minha viagem!? Olhe, algumas malas rosas logo ali! - Exclamou Rafael.
- São minhas malas. - Disse Beatriz correndo em direção as malas. - Tudo bem! Acho que não preciso desconfiar de você, vou para Itália.
- Itália? Meu Deus, faltam dois minutos para o vôo, vamos. - Disse Rafael puxando algumas das malas de Beatriz. Chegando à entrada do avião Beatriz agradeceu novamente pelo que Rafael fez por ela.
- Obrigada, agora não quero atrapalhar sua viagem. Foi um prazer.
- Você não vai atrapalhar nada, só precisa entrar para permitir a minha entrada e será um prazer viajar contigo. - Disse Rafael.
- Que maravilha! Você também vai para Itália? - Disse Beatriz
- Com destino a Roma! - Exclamou Rafael.
- Eu também, que destino, no meio de um assalto conheço um cara super maneiro e que vai fazer a mesma viagem! - Exclamou Beatriz, toda sorridente.
- É, então me diz mais sobre você, já que vamos viajar juntos, temos muito tempo para nos conhecermos. - Disse Rafael.
Beatriz contou quase tudo sobre sua vida para o rapaz. Rafael, porém, não entrou em detalhes, onde nasceu, se morava com os pais, mas falou que estava hospedado em um hotel em Roma com alguns amigos já tinha uns dois meses e disse também que seu amor era o Brasil, a Itália era somente uma distração.
- Então você resolveu viajar porque todos os seus amigos iriam fazer algo, menos você? - Perguntou Rafael.
- É... na verdade a ideia não foi minha, uma garçonete me aconselhou a fazer uma viagem para que pudesse conhecer todos os lados que uma pessoa possa viver, mas e você? trabalha, estuda, o que você faz? - Perguntou Beatriz.
- Nossa... apesar da minha pergunta, não esperava essa, se eu soubesse teria inventado algo antes.
- Disse Rafael, com um sorriso discreto.
- Por quê? - interrogou Beatriz .
- Brincadeira, eu não tenho trabalho fixo, mas meu pai tem uma empresa de turismo e às vezes passo para dar uma ajudinha e com essa ajuda sou conhecido por muitos e ganho uma grana boa. – Disse Rafael satisfeito.
- Temos algumas coisas em comum, fomos insanos no momento de escolher uma carreira e escolhemos o mesmo lugar para viajar. - Disse Beatriz, orgulhosa pelo que disse.
- É, pode ser, achei algo muito interessante em você. - Disse Rafael, mas foi interrompido por Beatriz.
- Meus olhos?
- São lindos, mas me referia ao seu nome, ele tem um significado que faz sentido com o que você se tornou. - Disse Rafael.
- Tipo o que?
- Eu não me lembro exatamente do significado completo, mas eu me lembro de uma palavra, "aventureira" me lembro muito bem dessa como se fosse ontem que me falaram isso. - Disse Rafael, muito pensativo.
- Quem te falou isso e porque está emocionado? - Perguntou Beatriz.
- Nada, esquece esse assunto. - Disse Rafael.
- Por favor, pode confiar em mim, como confiei em você. - Disse Beatriz.
- Foi há alguns anos, vivia somente com o meu pai e sempre perguntava a ele onde estava a minha mãe e ele sempre respondia que ela havia viajado e que voltava logo. E passava meses, anos e ela não voltava. Então eu cresci e não aceitei mais essa história, mesmo assim meu pai sempre fugia do assunto, até mesmo quando eu falava que iria me suicidar se não me contasse a verdade, mas, no entanto, ele sabia que eu não teria coragem, ai foi quando chegou pelo correio um documento onde registrava a confirmação de um saldo bancário depositado na conta dele todo mês e no papel estava escrito indenização, quando eu acabei de ler fui diretamente falar com o meu pai, ele teria que me dar satisfações de tudo. Ele não gostou nada da minha repreensão, mas quando percebeu que eu não estava em perfeita condição para me confrontar pediu para que eu sentasse, quando sentei, ele contou tudo o que havia acontecido, ele disse nessas palavras "Filho, sua mãe foi morta por um agente na Roma, foram meses para descobrir a razão, mas chegaram à conclusão que ela e outras pessoas foram mortas por serem negras" isso foi como um tiro no meu peito, aí ele contou que o assassino conseguiu ser liberado de algum jeito e não se sabe como e quem fez isso, mas na ficha dele constava tudo, daí o governo começou a pagar pela morte da minha mãe, ainda acho que ela não tinha preço. - Disse Rafael muito emocionado.
- Nossa, lamento por isso, desculpa pedir para você desenterrar essa história, mas como assim, ela se chamava Beatriz? - Perguntou a garota.
- Sim, e foi assim que meu pai disse sobre o significado, eu em meio aos prantos perguntei a ele
o que ela foi fazer por lá, e ele respondeu que ela levava muito a sério o significado do seu nome "aventureira" e decidiu dedicar sua vida à aventura e foi em uma dessas que foi vítima de um psicopata. - Disse Rafael.
- Meu Deus, não chore, esse psicopata vai pagar pelo que fez. - Disse Beatriz consolando Rafael.
- Desculpa te contar o detalhe do nome você quem pediu e eu também acho que isso não tem a ver com o acontecimento, o que aconteceu foi uma falta de sorte... - Disse Rafael.
- Não tem problema, imagino sua dor em guardar toda essa história para si mesmo. - Disse Beatriz olhando com compaixão para Rafael.
Depois de uma longa conversa, chegaram ao aeroporto da Itália.
- Hum. Gostou da viagem? Fico surpreso como você não passou mal durante a viagem, a primeira vez nada mal, você é uma garota muito surpreendente. - Disse Rafael, beijando sua mão e logo após se levantando para descer do avião.
- É, também fiquei surpresa, mas, acho que passei muito tempo comovida com sua história que não tive tempo para enjoar, ande logo, estou ansiosa para conhecer este lugar. - Disse Beatriz.
- Fique atenta dessa vez para não ser roubada, você pode não ter tanta sorte quanto da outra vez.
- Disse Rafael, percebendo que Beatriz não lhe dava muita atenção.
- Hum, não preciso me preocupar, estou com você, só precisa dar alguns golpes de judô ou acertar ele com a porta de um carro. - Disse Beatriz.
- Foi muita sorte sua, eu estar naquele táxi, caso contrário eu não conseguiria detê-lo, você acha que eu sou o quê? O Hulk ? Homem aranha? - Perguntou Rafael.
- Não, acho que você se encaixa mais com o capitão América. - Disse Beatriz sorrindo.
- Interessante teu conceito, mas, então, você sabe falar italiano? - Perguntou Rafael observando um indivíduo desejando a todos boas vindas. Beatriz estava tão admirada com o que estava ao seu redor que não respondeu a pergunta. Quando um rapaz lhes surpreendera com saudações:
- È benevenuto! - Disse o rapaz.
- Como? - Perguntou Beatriz sem entender.
- Quer dizer, seja bem vindo. - Disse Rafael.
- Thank you! - Exclamou Beatriz.
- Isso é inglês, o idioma aqui é italiano. - Disse Rafael sorrindo.
- Vita mio. - Disse o rapaz olhando e sorrindo para Beatriz.
- Como? O que ele quis dizer com isso? - Perguntou Beatriz.
- Essas palavras querem dizer, vida minha. - Disse Rafael.
- Non, non, non sou vita mio non. - Disse Beatriz assustada e Rafael continuava a sorrir.
- Perche? - Perguntou o rapaz.
- Bello. Non è vero?quindi è il mio. - Disse Rafael, olhando para o rapaz e piscando disfarçadamente para Beatriz.
- Signore bene, aplausi. - Disse o rapaz, saindo em direção a outros turistas.
- O que você disse para ele? - Perguntou Beatriz.
- Disse que você é linda, portanto, você é minha. - Disse Rafael.
- Hum e porque você piscou para mim se eu nem entendi o que falou?
- Verdade, pisquei automaticamente. - Disse Rafael.
- Compreendo, mas posso saber porque ele disse que eu era dele? - Perguntou Beatriz.
- Muitos acham que desse modo conquistará uma mulher e se ela lhe falar coisas bonitas ele leva-a consigo. - Disse Rafael observando a cara de assustada de Beatriz. - Brincadeira, isso é só modo de falar para as mulheres que são lindas, e que seriam felizes com ele, só isso, não se preocupe.
- Bem melhor assim, mas porquê você falou que eu era sua?
- Você acha mesmo que eu iria deixar escapar a oportunidade de dizer a alguém que eu estou namorando com uma moça bello? - Perguntou Rafael.
- Bela, não? - Perguntou Beatriz.
- Vejo que você precisa muito aprender italiano, não sei como você decide viajar para outro país sem ao menos saber falar a língua. -Disse Rafael.
- Eu estava pensando em usar o tradutor online, sabe aquele que você escreve uma palavra e ele traduz... - Disse Beatriz.
- Lógico que eu sei, mas pelo visto você não usou o teu amiguinho. - Disse Rafael.
- Não tive acesso, só isso.
- Tudo bem, vamos, ou não quer conhecer Roma?
- Lógico que sim, aproveite a viagem e me ensine algumas palavras típicas do cotidiano dos italianos. - Disse Beatriz.

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ROMA
רומנטיקהUma jovem garota de 18 anos, chamada Beatriz, resolve viajar pela primeira vez. Logo de cara ela escolhe uma das mais belas cidades italianas: Roma. No entanto, essa bela cidade pode guardar perigos e grandes surpresas. Mas nem tudo em Roma é perigo...