"Continuação da parte dela"

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Assim que acordo, por volta das 9:00 horas, dirijo-me à sala e ouço barulho de música e algumas vozes que vinham da cozinha, até lá dirijo-me, toda desarrumada e de roupa interior espreito pela porta da cozinha e encontro a minha mãe comendo e conversando com a minha Tia Luzía que tinha acabado de chegar da Austrália, uma Tia que não vejo a tantos anos e eu nem sabia que ela haveria de vir cá na banda e que estaria cá em casa.
A minha mãe notou que eu estava na porta e diz "Vem cá, não viste a Tia ?" E eu com os olhos semi-fechados e meio zonza, caminho em direcção à Tia e surpreendente ela diz-me:

- Vivi, meu Deus, estás uma mulher !

- É isso Tia, tem de ser (semblante sorridente)

- Pah! Cresceste mesmo, trouxe umas coisas para ti, mais tarde abro a mala para tu veres

- Ta fixe, Tia. Vou tomar banho e daqui a pouco venho comer

- Está bem, sobrinha.

Assim que saio da cozinha, dirijo-me ao quarto e de lá tiro o roupão e o gel de banho e vou ao quarto de banho.

(10 minutos depois)

Volto ao quarto e visto-me, vou à cozinha e encontro a minha mãe e a minha Tia, sento-me e tiro o pão e como com manteiga e a minha Tia pergunta-me:

- O namorado ?

Eu olho para minha Tia e surpreendida, sorrio e respondo:

- Infelizmente eu não tenho

A minha mãe olha para mim com um "ar" de surpresa e achava que eu estivesse a brincar, de seguinte a minha Tia insiste em saber perguntando:

- Porquê ?

E eu respondo:

- Porque ainda não apareceu um rapaz altura aos meus olhos e acho os rapazes com quem convivo muito pouco sérios e eu prefiro manter a minha postura como rapariga ignorando eles.

A minha Mãe olha para mim, sinceramente eu acho que ela nunca pensou que eu pensasse assim, eu tenho 17 anos e era suposto eu ter alguém, mas eu, como jovem, sei como está o "game" neste momento, os rapazes estão meio malucos e isso deve-se a falta de respeito por parte de certas raparigas, mas isso não é desculpa para alguns deles.

Voltando à aquele momento que eu achei muito embaraçoso, a minha mãe diz:

- olha, sinceramente falando eu concordo com a "Iane", eu como trabalho com educação, eu noto que os jovens desse tempo estão meio desorientados, se bem que tem alguns bem ajuizados mas esses preferem fingir-se em maluquinhos porque acham que ser ajuizado e não curtir certas "drenas" como os jovens dizem, é ser um rapaz "boelo" e depois perdem-se

Eu olho para minha mãe eu fico surpreendida, ela não fala assim calmamente com relação a esse tipo de assunto.
Eu, já tentei várias vezes falar com ela sobre isso e mais alguma coisa, mas ela diz que nunca tem tempo e sempre que houve coisas que outros jovens cometeram, automaticamente ela acha que eu faço também e isso me deixa muito irritada.

"Afinal as coisas estão assim ?"

Perguntou a Tia e eu respondi

- Sim Tia, mas graças à educação da mamã e os conselhos das tias, eu tenho andado bem

- Ah, assim é que se diz, sobrinha

- Sim Tia, assim tem de ser.

Continuando a meu pequeno lanche, elas começaram a conversar sobre o meu pai, a tia perguntou onde ele estava, se estava bem e se têm conversado, minha mãe disse:

"Ele está bem, ontem quando ia saindo da casa da Madalena, ele ligou para mim perguntando pelos miúdos, se eu precisava de alguma coisa e se estava com saudades. Eu respondi que sim, ele disse que não vê a hora de voltar para casa e acrescentou que tem uma surpresa para mim e que dentro em breve eu saberia de tudo"

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