capítulo 23- a grande caída

82 9 0
                                    

Bárbara narrando

Meu pai disse que fizera uma besteira, literalmente eu havia achado isto um pouco estranho, meu pai sempre foi um homem direito, honesto e temente a Deus , não entendo essa afirmação dele hoje.

Mas como ele pediu, eu fui pra casa, o trânsito estava bem engarrafado, afinal eram umas cinco horas, o ônibus estava lotado e eu quis dá o meu lugar para uma senhora ali perto, ela agradeceu e sentou-se .

Eu fiquei em pé por um tempo e depois sentei no degrau da escada, a viagem era longa, minha casa não era tão no centro da cidade assim, são uns vinte e cinco minutos da minha casa para o centro.

Desci na parada mais próxima de casa e ainda andei uns quinze minutos.

De longe eu já avistava o carro do meu pai, ele tinha comprado agora a pouco, percebi que a porta estava entre aberta. Entrei e avistei meu pai sentado no sofá.

Bárbara : oi pai.

Falei sem nenhuma animação.

Ruben : oi filha!


Bárbara : o que você tem pai?

Interroguei andando pela sala.

Ruben : eu estou bem filha, muito bem.

Deixei a bolsa na poltrona e fui até a cozinha.

Percebi que um cheiro de álcool percorria pela casa. Sabendo disso eu voltei à sala e fui tentando abrir a portinha da estante.

Ruben : ei ei ei!!! Ai não! Venha pra cá filha senta aqui com o seu pai.

Ele estava meio grog , ele estava bêbado?

Ignorei o que ele falou e abri a portinha.

Vi garrafas de cerveja lá dentro, vazias por sinal.

Bárbara : pai , onde você estava esse tempo todo? E como explica isso? - falei levantando a garrafa. E isso? Falei gesticulando o ar.

Ruben : Filha , senta aí.

Assenti e me sentei.

Ruben : bom, antes de ontem o meu amigo Otávio, me chamou para ir num bar aqui perto, ele disse que era para eu conhecer a família dele, e.....

Flash back on

Ruben narrando

- bom Ruben, essa aqui é minha mulher e minha filha. - disse Otávio apontando para elas

Chegaram duas mulheres, uma aparentava ter uns 30 anos, e a outra , uns 16. As duas usavam roupas curtas e bem apertadas. Elas eram muito bonitas.

- prazer em conhecer. - falei apertando as mãos das duas.

- por que você não trouxe sua filha? - disse a menina.

- ela estuda. .

- estuda? Nossa, ela deve ser aquelas menininhas santinhas, que ninguém pode tocar e falar. - disse a menina.

- o que é isso filha? Tenha modos! Você nem conhece a garota! - disse o Otávio com autoridade.

Ela abaixou a cabeça e não falou mais nada.

Enquanto isso, a garçonete chegou com algumas bebidas.

Ele me ofereceu algumas e eu recusei, me lembrei da igreja e dos mandamentos de Deus.

Ele insistiu em me oferecer, insistiu muito e eu recusei.

Depois de um tempo bebendo, o Otávio falou muitos palavrões nas suas conversas e a sua família também, a sua filha se juntou com alguns meninos ali perto e também bebia. Indignado em ver aquela situação eu falei.

- você deixa sua filha beber e fumar? - eu disse com um tom de autoridade.

- não vejo problema rubem , ela precisa curtir a juventude, se divertir. - disse sem a menor importância .

- e você também deveria se divertir Ruben, você só trabalha desde que voltou ao Brasil, trabalho e igreja, trabalho e igreja, e agora com o câncer da sua mulher é que você não vai se divertir mesmo. - deu uma pausa, encheu um copo de cerveja e levantou um pouco dizendo.

- é só escolher. - disse fazendo uma cara de petição, influenciadora.

E aí eu peguei o copo, e tomei aquela coisa, tinha um gosto muito amargo, mais era bom, daí foram mais cinco copos, dez , vinte. E eu já estava bêbado, eu perdi a noção da vida naquela hora, eu estava tão influenciado que não pensei em minha família, eu não pensava mais em Deus.

Chegou o final do dia e o Otávio me levou a uma casa noturna, lá ele traía a mulher dele continuamente e a mulher fazia o mesmo, e a filha também, eu não fiz nada, só bebi e comi.

Eu sai dali e fui para um hotel, paguei uma noite, trouxe comigo algumas latinhas , e bebi a noite toda, eu perdi a noção, eu estava sozinho, me embriagando, eu fiquei com vergonha de voltar pra casa daquele jeito, então eu dormi e esperei o efeito das bebidas passarem um pouco.

Resolvi voltar para casa e escondi as latinhas aí , eu sempre guardo as minhas coisas

Flash back off

Bárbara : pai , o que você fez?

Falou com a voz bem fraca e chorando.

Continua. ....

Meu pai, o mundo insiste em me comprar, mais eu não quero o que vem de lá.

Mds

#orarPorRuben

Votem na capa♥

Tudo É Um PropósitoOnde histórias criam vida. Descubra agora