Lorena

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Acordo pela manhã meio tonta e com uma enorme dor de cabeça, ainda estava usando a mesma roupa da noite passada.
Acordei em uma cama enorme e extremente macia e confortável, embrulhada por lençois igualmente macios e cheirosos. Não lembrava muita coisa da noite passada, mas logo deduzi que aquela era cama de Bruno, pois tanto os lençois quanto o colchão tinham seu cheiro. Era um cheiro doce, mas ao mesmo tempo amargo, como uma limonada.
Não sabia onde estava, mas também deduzi que era a casa de Bruno. Logo, me levantei e me dirigi á cozinha, onde me deparei com Bruno, de costas, em frente ao fogão. Sem camisa e com um short marron, ele estava fritando ovos.
Ao perceber minha presença, ele se virou e sorriu para mim.
- Bom dia! Você gosta de ovos no café da manhã? - perguntou, ainda mantendo aquele maravilhoso e aparentemente sincero sorriso.
Apenas balancei a cabeça e me sentei.
Ele colocou os ovos, já fritos, dentro de um pão e me deu. Faminta, eu comi, mesmo que odiasse ovo, porque acho que ovos são abortos de galinha.
Embora estivesse comendo, não consegui não prestar atenção nos músculos e no peitoral dele, nele sem camisa e a forma como ele olhava para mim, com amor, com tesão.
- você se lembra de ontem á noite? - perguntou Bruno.
- mais ou menos - respondi, com a cabeça baixa.
Ele sorriu e eu retribui.
- que horas são, Bruno? - perguntei.
- 9 e meia - respondeu, com a voz tranquila.
Fiquei apavorada. Meus olhos se arregalaram e eu olhei para ele de forma desesperada.
- como assim??? Onde está a Iris??? - perguntei.
- dormiu na casa de um amigo.
- ela sabe o que aconteceu entre nós?
- não. - ele riu. - Claro que não.
Fiquei maia tranquila e terminei de tomar meu café na companhia de Bruno, sempre sorridente.
Depois do café, conversamos por um bom tempo.
- onde fica o banheiro, Bruno? - perguntei.
-é ali - ele apontou - segunda porta á esquerda- disse.
- você pode me arranjar uma toalha, por favor?
- claro.
Bruno foi até seu quarto e tirou do armário uma toalha. Em seguida, me entregou.
Entrei no banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro.
Era uma água bem geladinha, do tipo que desperta as pessoas que já acordaram mas continuam dormindo de alguma forma. Peguei o sabonete e percebi que ele tinha o cheiro de Bruno. Comecei a esfregá-lo em mim, imaginando que era Bruno. Esfreguei na minha buceta e, em seguida, passei por todo meu corpo, ao mesmo tempo que a água geladinha escorria por todo meu corpo. Logo eu percebi que estava há mais de vinte minutos no banho, fantasiando com Bruno. Mas a verdade é que eu queria Bruno para mim, queria que ele me possuisse. Nunca desejei tanto um homem quanto desejei Bruno. Pela primeira vez, eu queria um homem em cima de mim. Como diria minha mãe, eu queria "dar".

Sai do banheiro, ainda um pouco molhada, e com a toalha azul enrolada em meu corpo. Fui até o quarto de Bruno e me vesti por completo. Sai do quarto, e me deparei com Bruno no corredor, ainda sem camisa. Parecia me esperar. Ele se aproximou de mim, por um momento pensei que ele iria me beijar. Ele estava de frente comigo.
- Lorena?
- oi.
- você é virgem? - perguntou.
Baixei minha cabeça e fiquei pensando em que resposta iria dar. Ele era um homem maduro e experiente, e eu só uma menina virgem e boba.
- sim - respondi.
Bruno sorriu, um sorriso que parecia sincero e feliz. Ele pegou minha mão e a segurou perto do seu peito.
- me promete que você vai se guardar para mim - disse Bruno.
Olhei para ele e fiquei em silêncio por uns minutos. Abaixei minha cabeça. Ele levantou minha cabeça lentamente, deixando-me olho a olho com ele.
- promete? - pergunta.
- prometo - respondo.
Ele sorri.
- eu preciso ir para casa. - digo
- eu vou pegar a chave do carro
Bruno pega a camisa que está jogada no sofá e a veste. Eu o espero no corredor. Quando volta, Bruno já está com a chave.
- vamos. - diz ele.
Nos dirigimos até a frente da casa dele, onde o carro está estacionado. Entramos no carro. Durante todo o caminho, meu pensamento estava longe, estava pensando em várias coisas aleatórias. Quando percebi, já estavamos em casa. Mamãe, como de costume, já havia saido para o trabalho.
- tchau. - disse para Bruno, antes de sair do carro.
Eu já estava saindo do carro quando Bruno segurou o meu braço e me puxou para dentro do carro novamente. Ele colocou a mão no meu rosto e tacou-me um beijo. Encerrei o beijo.
- preciso ir. - sai do carro e entrei em casa.
Imediatamente, subi as escadas e entrei no meu quarto. Deitei na minha cama e fiquei pensativa. O telefone tocou e eu logo atendi.
- alô.
- oi amiga! Como foi ontem no.cinema? - perguntou Iris.
- foi legal - disse.
- aconteceu alguma coisa? - perguntou.
Não, só que eu chupei o pau do seu irmão e quase transei com ele.
- não. - disse apenas isso, embora tenha pensado em dizer outra coisa.
- o Bruno foi legal contigo?- perguntou.
- sim. Ele foi muito gentil.- respondi, sarcástica.
- hum...- respondeu.
- tenho que desligar. - disse para ela.
- ok.
Desliguei e continuei pensativa. Meu pensamento era só Bruno. Pensava em como Bruno tiraria minha virgindade. Pensava como Iris ficaria se descobrisse tal coisa.
Tirei toda minha roupa e fui á frente do espelho. Fiquei encarando a mim mesma nua, com o intuito de tentar entender o que Bruno viu de atraente em mim. Será que é o fato de eu ser mais jovem que ele? Será que ele pensa em mim da mesma forma que eu penso nele?
E o mais importante, será que ele me ama?

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