1

64 8 0
                                    

Não esqueçam de votar :)
Boa Leitura!

****

Thais

Xx: Parabéns!

          Fui pega de surpresa na porta do banheiro.

Eu: Mãe... que susto, você sabe que eu não gosto de surpresas... - disse olhando para ela.

          Minha mãe não era nem um pouco parecida comigo - na verdade ninguém da minha família é. Morena com cachos e pele bronzeada, nem gorda e nem magra, olhos pretos e labios grossos.

Xx: Até parece que não conhece a sua filha Alice.

Alice: Quando eu pedir sua opinião Ricardo, aí sim você pode falar. Aliás cade o nosso presente?

          Reviro os olhos e saio em direção ao meu quarto, deixando os dois discutirem sobre o meu presente e pego o meu celular e conecto o fone nele, me jogo na cama e coloco a música Here We Go Again - Paramore.

          Fico ali com a cabeça embaixo do travesseiro por um bom tempo, quando sinto o colchão afundar mais um pouco, levanto a cabeça e vejo os meus pais sorrindo que nem bobos.

          Ah, meu pai. Estava esquecendo de descreve-lo, ele é bem alto, moreno e gordo, daqueles com barriga de chope sabe? Olhos castanho e cabelo crespo.

          Retiro os fones e me sento na cama. Meu pai já havia levantado e segurava uma caixa velha de madeira e com uma gravura verde fluorescente nas mãos. Minha mãe chorava descretamente no canto da cama e sorria para mim.

          Okay... isso está estranho.

Eu: O que é isso?

Ricardo: Veja você mesma.

          Lancei um olhar desconfiado para ele e peguei a caixa, ao segura-la senti uma corrente elétrica percorrer-me. Abro a caixa e no meio de uma almofadinha preta pousa um colar de prata com uma Lua minguante feita de diamante?

Eu: Ai meu deus! Isso é diamante?

          Eles comfirmaram.

Ricardo: Gostou?

Eu: Amei!

Alice: Quer colocar? - perguntou minha mãe vindo atrás de mim.

          Entreguei o colar para ela que pôs em mim. Aquilo me passava segurança, era... comfortante aquela sensação.

          Não que eu precise de segurança, nunca fui ameaçada nem coisa do tipo, só sou odiada por desconhecidos.

          Na rua, na escola, no trabalho... simplesmente me olham feio e evitam estar perto de mim, isso eu nunca entendi. Levantei da cama e os abracei, passamos a manhã inteira juntos depois fui trabalhar.

          Trabalho em uma Floricultura aqui em São Paulo, sou encarregada de montar e criar arranjes para as flores.

          Chegando lá, vi a gerente da loja. Luciana.

          Estava entrando no serviço agora também, vestia uma calça jeans e uma blusa vermelho sangue bem folgada e com o cabelo negro solto até a cintura, uma bota de couro e a mesma pulseira com penas e pedras estranhas - suspeito que ela participa de alguma ceita ou coisa do tipo. Óculos escuros com o centro cinza?

          Não era do óculos dela esse cinza, sem dúvidas eram os olhos dela, mas nunca foram cinzas e brilhantes desse jeito, eram castanhos escuros.

          Parei na porta da loja e a fitei, ela tirou os óculos e me olhou curiosa.

Luciana: Algum problema Thais?

Eu: Não... é... eu estou cansada ainda, só isso.

          Luciana olhou para a porta e depois para mim.

Luciana: Vamos entrar então?

          Durante todo o meu período olhava curiosa para ela, esperava ver aqueles olhos cinzas de novo, mas eles não estavam lá.

          Estou ficando louca, pensei.

          Na hora de ir para a faculdade eu fui para os fundos da loja onde minhas coisas estavam guardadas.

          Em frente ao espelho eu me observei por alguns minutos:

          Sou de estatura mediana, magra, bem pálida com olhos cor de mel bem cláros, meu cabelo é castanho escuro com luzes nas pontas e em algumas partes da minha franja.

          Tirei o avental que revelou a minha camiseta do Avenged Sevenfold sem manga e um short jeans desfiado na ponta acompanhado de um sapato do album Riot do Paramore branco com os Riot's espalhados pelo sapato.

          Pego minha bolsa com a estampa de um monstrinho e vou saindo da salinha quando pego Luciana me olhando feio e desviando o rosto de mim.

          Estava acostumada com essa cena, apenas disse um simples até amanhã e fui para o ponto de ônibus.

          Na faculdade me encontrei com uma amiga, Rebecca.

          Um pouco mais baixa que eu, seu cabelo era rosa nas raizes e no final preto, um alagador na orelha esquerda e um piercing no nariz, pele clara porém bronzeada. Vestia uma blusa larga toda rasgada e por baixo um top preto e um short curto.

Rebecca: Tha!! Feliz aniversário!!

Eu: Brigado Rê. Onde está todo mundo? - começamos a caminhar.

Rebecca: Como assim? Você não viu o jornal hoje?

Eu: Não, estava trabalhando se lembra?

Rebecca: Esqueci! Três pessoas foram assassinadas ontem de madrugada, mas a notícia veio ao ar só de tarde, e sabe o que tem mais de estranho nisso tudo?

Eu: O que?

Rebecca: Os corpos não tinham sangue nenhum e a carne deles estava podre por dentro.

Eu: Que nojo. Mas e o que tem haver com a faculdade?

Rebecca: Uma aluno daqui eram um dos três assassinados.

          Na sala de aula nós duas sentamos perto da porta, nossos lugares oficiais e estudamos sem tocar no assunto até o intervalo chegar. Já sentadas na cafeteria da faculdade nós compramos um bolinho de cenoura e um suco de laranja:

Rebecca: É estranho ver essa faculdade sem o povo.

          Menos da metade dos alunos foram para o campus hoje, o que nunca aconteceu nesses dois anos de faculdade.

          Verdade, esqueci de falar. Faço faculdade de Arquitetura e a Rê faz Engenharia Civil, ela está um ano na frente mas temos quase todas as aulas juntas desde que entrei.

          Conversa vai e conversa vem e o mais estranho acontece, vejo da janela da cafeteria três homens entrando no prédio, não que isso não acontecesse todos os dias e ao qualquer hora mas o fato é que os olhos deles eram dourados!

          Peguei a minha bolsa e sai em busca desses homens.

****

Gostaram? Adicionem na sua bíblioteca e me deixem feliz votando na história clicando na estrelinha okay? Obrigado! Até o próximo capítulo!

A Feiticeira do AlphaOnde histórias criam vida. Descubra agora