2º. E a Vingança é Iniciada

2K 106 78
                                    


POV. Alícia


– Ah não! – Finalmente falei, fazendo sinal de negação com a cabeça. – NÃO, NÃO e NÃO! Nem pensem nisso!

– Já pensamos! – Margarida falou animada, sorrindo e batendo "palminhas".

– Pois tratem de despensar! Vocês estão malucas? NEM MORTA que eu topo uma coisa dessas. – Esbravejei.

– Qual é, Alícia! – Disse Valéria. – Vai me dizer que você não adoraria ver o Paulo sofrer um pouquinho por amor?

– Você tá brincando?! Eu A-MA-RIA ver isso.

– Então qual é o problema?! – Val questionou.

– O problema é que: Eu. Não. Suporto. Aquele. Garoto! – Falei pausadamente.

– Faça-me o favor, Ally! Ninguém aqui é fã do Paulo. – Respondeu Valéria.

Após o comentário da nossa amiga sapeca, Marcelina a encarou aborrecida, cruzando os braços.

– Bom, a Marcê é exceção. – Val consertou sua fala.

– Eu não entendo você, Marcelina. Mesmo depois de tantos anos continua defendendo seu irmão com unhas e dentes, como se ele fosse a pessoa mais santa do mundo. – Majô comentou.

– Amor de irmão é assim, Majô. Incondicional. Não importa as besteiras que o outro faça, ou o quão irritante seja, sempre serão leais e amarão um ao outro. – Carmen discursou. – Eu sei disso porque eu também tenho um irmão e a gente briga bastante. Mas isso não muda o fato de que eu me importo com ele e vice-versa!

Laurinha limpou os resquícios de lágrimas que ainda havia em seu rosto e comentou o que Carmen dissera.

– E isso é tão sentimental!

– Então o Paulo está fora dessa regra, né? Olha o jeito que ele trata a Marcelina, coitada! – Valéria falou.

– Ah, não é porque ele não demonstra que não se preocupa com ela. – Carmen respondeu abraçando Marcê de lado, que deu um sorriso pela primeira vez desde que iniciamos a conversa sobre a revanche contra o Guerra. – O Paulo só é marrento e não admite o que sente, mas tenho certeza que ama muito a Marcê. – Foi a vez de Carmen sorrir.

– Quanta baboseira! – Maria Joaquina revirou os olhos.

– Você só diz isso porque é filha única. – Margá falou.

– Mesmo assim! Se eu tivesse um irmão como o Paulo, eu faria os nossos pais o expulsarem de casa.

– Está falando isso da boca pra fora, Majô. – Respondeu Margarida.

– Que seja. – A patricinha deu de ombros.

Então o assunto deu-se por encerrado, significando o retorno da temática anterior, que não me agradava nem um pouco.

– Enfim, Ally. Você não é a única a não gostar do Paulo. – Argumentou Valéria.

– Então por que a escolhida tem que ser eu? Justo eu? – Questionei.

– Fala sério, Alicia! – Majô se pronunciou – Olha só pra gente! – Falou, referindo-se a ela e às outras meninas. – Não tem a mínima chance do Paulo gostar de uma de nós... Já com você pode ser diferente. Você e o Paulo são tão parecidos!

– Majô, acho que você está precisando ir para um manicômio... Eu e o Paulo não somos nada parecidos! NADA! Pelo contrário, somos bem diferentes um do outro. – Contestei.

Paulícia - Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora