Preso ou solto? Eis a questão.
Junto todo o meu cabelo com as duas mãos, puxando para cima. Viro um pouco de lado, averiguando minha primeira opção. Acho que o ideal é a auto aceitação, ao menos, assim que nos damos conta de que um mero rabo de cavalo pode ser pessimamente executado, à medida que nossas mãos tremem e somos incapazes de centralizá-lo na cabeça.
Vamos ver... Mesmo estando aqui desde o início das férias, não consegui memorizar muito bem onde as coisas ficam. Abro a primeira gaveta do gabinete que dá suporte a pia e encontro apenas artefatos que papai usa para se barbear. Após fazer uma pequena zona no banheiro, encontro um óleo capilar que deve ser da minha madrasta. Acabo deixando um rastro de produto na pia, espero que Jenna não se zangue com meu pequeno desperdício...
Nada mal, nada mal mesmo!
Os fios castanhos ostentam um aspecto brilhoso e saudável, quase que instantaneamente. Quem vê, pensa que não acordaram mais densos que o normal, tão ouriçados que qualquer um acreditaria piamente em uma descarga elétrica de altíssima voltagem.
Não cogite nem por um segundo superficialidade de minha parte. Acho que nunca passei tanto tempo no banheiro em minha vida. Quer dizer, tirando as ocasiões em que a comida não caiu tão bem no estômago...
Acontece que chegou o grande dia.
É hoje!
Adeus homeschooling¹!
Adeus, ensino domiciliar e monotonia da sala de estar!
A luminosidade do meu cabelo me faz pensar em coisas radiantes, como: estrelas, sol, constelações, boas energias. Qualquer coisa que remeta a cintilação, fulgor, brilho. E é disso que preciso, brilhar! Tá bem, tá bem... Reconheço que meu raciocínio soe um pouco imoderado talvez, apesar disso, anseio no mínimo causar uma boa impressão.
Trilho o corredor. Antes que alcance o batente da cozinha vejo minha madrasta de costas, ainda de robe e pantufas.
Meu estômago contrai. Os movimentos braçais para domar a juba, parecem finalmente cobrar a energia gasta.
Observo minha madrasta guardar algo no armário com a ajuda de um banquinho. Isso é bem dispensável para mim. Está é uma das vantagem de possuir a altura de uma modelo. Só a estatura mesmo, quem dera eu ter a postura e estilo de uma. Teria economizado tempo, sem grandes dilemas.No recinto, vejo Ivy sentada à mesa. Ela é filha única assim como eu, concebida através do casamento anterior de sua mãe.
Desde que nossos pais juntaram as escovas de dentes, nunca prolongamos uma conversa nas raras vezes em que nos vimos, isso me fez concluir que ela é um tanto oclusiva.
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Docemente
Novela JuvenilMay Fairburn tem uma filosofia. No seu conceito particular, não é obrigatório ter uma grande quantidade de glicose correndo nas veias, para se levar uma vida doce. Ainda mais se isso envolver um certo garoto indócil que exerce uma grande influência...