quarenta e oito

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"Eth, babe, abre a porta." a voz carinhosa do Michael sussurrava por detrás da porta do meu quarto.

"Não. Vai-te embora Michael" fungei e limpei as lágrimas que já se estavam a formar novamente.

Se me tivessem dito à algum tempo atrás que eu iria me encontrar neste estado de pura demência, eu iria rir na cara da pessoa. Mas depois de 'conhecer' o Harry, acho que até comia gelados com a testa se fosse preciso.

Eu estou apaixonada. Loucamente apaixonada. Nem sei se isso é sequer possível, pois eu nem o conheço de verdade, mas eu não poderia estar a sofrer se não gostasse minimamente dele. Mas o meu mínimo exagerou, e agora não é um caso de mínimo amor. Eu sei que estou a exagerar, mas estou confusa. E com medo. Até por mensagens consigo fazer com que os rapazes percam o interesse?

"Não vou sair daqui." e o silêncio encheu o quarto novamente, sendo quebrado logo de seguida. "Ethel?"

Arrastei o meu corpo até à porta e encostei o meu ouvido à madeira. "Sim?"

"Lembras-te quando o Brian me deu porrada porque pensava que eu gostava de ti?"

Ri levemente e prossegui. "É difícil de esquecer..."

"Na verdade, eu gostava mesmo."

"Mas tu não és gay?" fungei e coloquei toda a minha atenção na conversa.

"Eu estava cheio de dúvidas em relação à minha orientação sexual, mas depois fui àquele festival no ano passado, e descobri que era mesmo gay."

"Sim, já me lembro..."

"Mas este acampamento, não foi só isso. Foi também, onde eu conheci o palhaço do Styles. A nossa amizade foi rápida de formar. O gajo era incrível. Se ele não fosse tão hetero tinha mesmo de o comer." Ri bastante alto, curando todas as lágrimas que pelas minhas bochechas desciam. "Oh, não te rias, estou a falar a sério. Bem, ele passava a vida a queixar-se que estava sozinho, e tu sabes como é que eu sou....um romântico incurável. Então, alterei o número do teu pai, e daí nasceu o vosso amor" disse com a sua voz num tom ridículo.

"Michael, que amor?"

"Não sejas ingénua. Se não estivesses apaixonada, não estarias nesse quarto chorar..."

"Pois..."

"Estás à espera de me abrir a porta quando?" levantei-me lentamente, e abri a porta dando-lhe passagem.

"Ele sabia que tinhas alterado o número?"

"Não. Só lhe contei depois"

"Sabes Michael, és um grande filho da puta."

"Não me agradeças já que...-" fomos interrompidos pelo soar da campainha.

dad + harryOnde histórias criam vida. Descubra agora