Capítulo 3

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Não sabia mais quem estava no controle. Ele estava muito próximo de perder a sanidade.

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Seus passos eram dados de forma lenta enquanto parte de seus sistemas entravam em um estado de pânico, ele parecia tentar tomar o controle da situação, mas ainda assim desejava com todas as forças poder fazer aquele homem pagar por seus atos.

Cego pelo desejo de vingança pulou da Pirate Cove, deixando as crianças para trás extremamente confusas com a situação.

Correu na direção dos fundos, sequer se importando com as pessoas que ele quase atropelou no processo.

Nada mais parecia existir, tudo era apenas o vazio, nem mesmo o chamado das crianças pareciam desperta-lhe a consciência. Tudo o que ele via era aquele assassino em seu caminho.

- FOXY! - ouviu um grito agudo pronunciando seu nome, de forma quase desesperada, tentando chamá-lo a realidade.

Por mais estranho que pareça aquela única palavra parecia conter o tom mais angustiado que ele já ouvira em seus anos de existência.

Parou no mesmo instante em que ouviu aquilo, metros de distância de sua vítima. Nenhum funcionário ou cliente tentava se aproximar de si, apenas observavam assustados, com medo de se aproximarem.

- Bonnie... ? - perguntou mentalmente.

Dirigiu sua atenção ao palco, procurando pelo dono daquela voz, ainda com o olhar obscuro.

Chica se amedrontou assim que viu o olhar de Foxy, havia parado de cantar e dançar desde de que a raposa saíra de sua atração.

Freddy ficou estático, então era isso a que Bonnie estava se referindo. Porém ao vislumbrar o olhar de Foxy ele começou a temer a situação, o único lugar no qual ele já viu tal obscuridade foi... nos olhos... de Golden Freddy.

Bonnie estremeceu tanto internamente quanto externamente, nunca viu tal escuridão presente nos olhos do pirata. Sabia que havia algo errado, mas não que chegava a aquela proporção.

Apenas teve tempo de gritar o nome da raposa depois que ele saiu daquela maneira da Pirate Cove.

- O que houve com você Foxy? - se perguntou mentalmente, preocupado com a atual situação do pirata, queria poder acudir a raposa, mas se saísse dali os funcionários desconfiariam de seu comportamento ainda somado ao de Foxy.

Animatrônicos não poderiam ter sentimentos, eram apenas máquinas.

Com certeza era o que pensavam as pessoas ali, com exceção das crianças.

Era por isso que elas sempre eram o maior motivo de felicidade daqueles animatrônicos. Elas não se importavam se eles eram máquinas ou não, elas apenas os amavam.

Porem naquele momento nem mesmo a voz daquelas mesmas crianças puderam trazer Foxy de volta a realidade, mas então o que teve aquele impacto no pirata?

Não teve tempo de pensar em uma resposta, uma das crianças havia se aproximado da raposa de olhos demoníacos.

- Capitão Foxy, o que houve? - perguntou minimamente o mesmo garoto ruivo que antes retirara Foxy de seu transe, quando o mesmo havia parado de contar sua história, e que agora voltara a segurar a barra do casaco do pirata da mesma maneira que antes.

A raposa girou seu pescoço na direção do garoto e em seguida olhou-o fixamente.

Suas pupilas se dilataram de imediato e seu corpo começou a estremecer assim que ele vislumbrou o olhar de Foxy.Totalmente desprovido de alguma luz.

Até que a morte os unaOnde histórias criam vida. Descubra agora