Ninguém mexe com a minha pequena!
Essas simples palavras me acertaram de tal forma que me sinto a ponta de cair a o chão. Harry Olha-o com fúria e a única coisa que me passa a mente, e que ele está bêbado. Claro que está Harry me odeia, não diria essas palavras se tivesse sóbrio nunca.
" Sua pequena?" Bruno deu uma gargalhada no chão.
Ele já estava machucado e impossibilitado de se mexer, e ainda fica fazendo graça, parece que quer morrer.
" Meu Deus Bruno!" Ouvi a voz de Ally, e logo em seguida correr em direção a o primo o ajudando a levantar." O que aconteceu aqui?"
" Esse merda estava tentando abusar da Susan!" Harry quase grita, não a quase ninguém na cozinha o que é bom.
" O que?!" Agora era Louis que adentrava na cozinha.
" Isso mesmo que ouvi-o!" Harry avisa-o mais uma vez.
Louis olha para Bruno com ódio muito ódio, as papilas de Louis estavam dilatando. Nunca o tinha visto assim, mais da medo de ver aqueles olhos azuis vivos, escuros e sombrios agora.
" Eu vou..." Louis iria para cima de Bruno mais o parei, não gosto de violência e Harry já fez o bastante.
" Vai o que?!" Falou Bruno debochando, se ele não parar eu vou esquecer o meu lema de 'não' violência, e vou cravar minhas unhas em seu rosto!.
" Ou! Pode parar!" Agora Ally que interfere " Susan não sei o esse inútil fez com você, mais vou te garantir que não vai acontecer mais!" Ela olhou para Bruno com raiva " Vou levá-lo para casa, ele está bêbado, e provavelmente amanhã estará de ressaca. Harry pode dar uma carona para Susan? Não a quero levar junto com Bruno."
Harry olhou para mim com um olhar que se pregunta ' você quer que eu te leve? '. Fiz que sim com a cabeça, antes o Harry do que o Bruno!.
" Pode deixar que a levo" falou Harry suavizando o olhar, e agradeci por Deus que ele não estava tão nervoso. Por que caso ele estava tão irritado quanto parece, nossa viajem até minha casa não vai ser uma das melhores.
" Obrigada Harry!" Agradeceu Ally. Sei que Ally não vai muito com a cara do Harry por causa de mim, mais acho que hoje ele ganhou um ponto com ela, assim como com Louis. " Quero a chave do carro Bruno agora!"
" Sonha!" Falou Bruno rindo, em seu olho esquerdo estava começando a ficar escuro, um roxo meio azulado.
" Não vou falar duas vezes" Bruno estava de pé e resmungou algo, e entregou a chave para Ally.
" Obrigada!" Revirou os olhos com raiva " Desculpa amiga por isso?" Ela veio até mim me abraçando " Eu não devia ter o empurrado para cima de você, perdão?"
" Tudo bem, já passou" desfiz o abraço.
" Mas mesm..." A parei.
" Nada, agora leve ele para casa antes que faça mais estragos" olhei para Bruno, que revirou os olhos.
" Não sou nenhuma criança!" Retrucou Bruno.
" Não foi o que você mostrou hoje!" Falou Ally o puxando pelo braço " Tchau gente, e perdão mais uma vez"
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Depois de uns mil abraços de Louis me consolando, pedi para que Harry me levasse para casa. Estava cansada e frágil. Eu ainda consegui sentir as mãos de Bruno em mim, seus lábios em meu pescoço. Pensei em coisas que poderia ter acontecido se Harry não tivesse chegado, pensei em como Harry me protegeu, não entendo ele, o queria entender mais sempre que tentei me aproximar dele ele vira a cara.
Dês que éramos crianças Harry vazia brincadeiras sem graça comigo, gostava de me humilhar, e me chamar de toquinho. Ele fazia tudo ser tão complicado, eu não entendo eu nunca o dei motivos para me odiar, mais agora quem não gosta dele sou eu. Acredito que se não fosse por ele a gente séria amigos agora, poderíamos nos dar bem, só que é impossível me aproximar dele.
É impossível descobrir seus segredos, saber porque muda de humor tão rápido, saber o porquê de ser tão fechado, gostar de pagar várias garotas e se desfazer de todas elas. E a mais importante, saber porque me odeia tanto." Você está muito calada" ouvi Harry pronunciar a meu lado.
Ele estava conduzindo com os olhos verdes atentos a estrada, o que estou achando estranho é que ele não parece que está bêbado, ele está até relaxado demais.
" Posso fazer uma pergunta? Quer dizer duas?" Dei um sorriso de lado.
" Iria dizer que sim, mais ai você falou dua..." O interrompi.
" Por favor" falei a seu lado, meio que sem graça.
" Faça então"
" Você bebeu?" Queria saber, ele não parece estar bêbado.
" Não" esse não foi o suficiente para me congelar, minhas pernas tremeram.
Se ele não bebeu significa que estava super consciente, e se ele estava consciente, significa que sabia o que estava fazendo. Ele sabia que me protegeu, ele sabia que me chamou de " Sua" . Então...
" É a segunda?" Ele perguntou calmo, tão calmo que eu poderia dizer que não era ele.
" Porque me chamou de sua?" Senti um no se formar em minha garganta, senti meu coração disparar em meu peito. E minha respiração ficar irregular, minhas bochechas estão queimando, não sei o que está acontecendo comigo. Eu não posso estar assim por causa dele, ele é o Harry não eu não posso!.
" É...por...que" ele gaguejou, e o vi estacionar o carro na frente da minha casa.
Todas as luzes estavam apagadas, dando a o local um clima sombrio. A rua estava escura, e só se via as estrelas no céu pela janela do carro.
" Acho melhor você entrar" Harry falou por fim, mais não era o suficiente.
" Não" falei " Você falou que responderia minhas perguntas, por que me chamou de sua Harry?" Eu estava ofegante sem saber porque, minha mãos tremiam, era como se eu sentisse a necessidade de saber o que seja o que for que ele falasse.
" Eu falei para ele ficar com medo, pesando que fosse minha nada de mais!" Ele falou meio que baixo.
Senti meu coração afundar, não sei porque estou assim. Triste? E acho que estou, não sei por que mais sinto como se tivesse levado um tapa na cara.
" Entendi" falei e pousei minhas mãos na tranca da porta " Obrigada pela carona, e por me proteger..." Olhei para ele. " Obrigada por se importar"
Ele virou o rosto para mim e me olhou suplicante, como se seus olhos me quisessem dizer algo, algo que não consigo entender. Esperei por uma respostas um simples ' de nada ' seria o suficiente. Quando puxei a tranca da porta, reparei que estava travada Harry não destravou a porta.
Virei para o Harry para ver se ele sacava, que a porta estava trancada. Mais ele parecia perdido em pensamentos, parecia tenso, ele apertava o volante do carro com força. E fiquei com medo de chamar sua atenção, eu não o quero provocar, nós já não nos damos bem então vou esperar até que se acalme. E se demorar? E se eu ficar aqui no carro à noite toda?." Harry...a porta está trancada" ousei dizer.
Ele virou o rosto para mim, e pela primeira vez reparei que seus olhos verdes sem vida. Harry nunca foi fraco, seus olhos sempre foram cheios de vida, seja para mal ou para bem. Até quando ele repetiu de ano, ele estava com um olhar vivo...mais agora...
" Você está bem?" Perguntei.
Harry balançou a cabeça e destravou a porta, e ligou o carro pronto para dar partida.
" Pode ir" ele falou, e olhou para rua escura a nossa frente.
" Mais..." Ele me interrompeu.
" Apenas saia do meu carro!" Ele disse furioso, me assustando.
" O.k" falei baixo saindo do carro e batendo a porta.
Vi o carro sair cantando pneu a minha frente, deixado uma rajada de vento para trás. Tive que segurar o vestido para não subir em meu corpo, bati o pé no chão com raiva. E dei passos apressados para dentro da minha casa, por que é tão difícil entender ele? Por...por que...ele é tão insuportável?!. Destranquei a porta e bati a com tudo, eu estava furiosa, e não sabia exatamente o motivo. Não eu sei o motivo mais não quero lembrar disso, não quero saber que o problema da minha raiva e o Harry.
Não importa quantas vezes eu tente, Harry sempre vai ser o Harry, e eu sempre vou ser seu saco de pancadas.