Passei a mão entre as cobertas deitada de barriga para baixo, segurei a lençol fino enquanto virava meu rosto de vagar para encarar o canto vazio. Ele não estava mais ali, não mais a meu lado, somente a cama de solteiro pequena que parecia tão enorme sem sua presença. Virei de frente afundando minha cabeça sobre o travesseiro, transpirando, olhei para o teto e deixei um pequeno sorriso brincar em meus lábios.
Nós não fizemos nada, não nada de relações(...) más, nossa, que mais!. Depois de longos carinhos e beijos que ele distribuio por meu corpo, ele se juntou a meu corpo o aquecendo, adormecendo junto a mim. O quarto de Harry ainda estava um pouco escuro, as janela do lado esquerdo do quarto estava fechada, apesar de parecer que esta um lindo dia la fora, o raios solares então invadindo o quarto pelas brechas da janela. Me levantei na cama ainda sentada, reparando ainda o local que me encontrava, a pouco tempo atrás eu avia pulado essa janela, quase sendo jogada dela de volta por Harry. Agora, estou em seu quarto, acordado de sua cama e lembrando de uma noite incrível a seu lado. Seu corpo tão protetor sobre o meu me dizia que agora era serio, agora poderiamos ficar juntos, agora ele pertencia a mim, assim como eu pertencia a ele.
Calcei seus grandes chinelos ainda risonha, não avia tanto motivos para sorrir, mas so de lembrar um calafrio passa pelo meu corpo como se estivessemos ainda deitados na cama nos olhando e se tocando como almas gemeas, almas que eram completamente iguais mais estavam perdidas. Andei pelo quarto indo ate seu roupeiro que avia um grande espelho, me analisei de cima a baixo, meu cabelo estava todo espetado como se avia levado um choque. Em uma situação normal, eu iria pirar, mais prefiro so fundir minha essência a esse momento. Passei a mão por eles de vagar ainda sorrindo, era tão estranho e maravilhoso isso que me deixa meio tonta.
Um barulho a o lado de fora me tirou dos meus devaneios, decidi sair do quarto antes que me prendesse ao ambiente. Abri a porta olhando pelo corredor saindo dali, avia vozes vindo da cozinha, me inclinei para olhar na escada que dava na sala de baixo procurando as almas vivas donas daquelas vozes.
- Bom dia, flor do dia!. - Me virei com o susto quase que descendo escada abaixo. - Meu Deus, você ta bem?.
- Bom dia Gemma, é... sim to bem.. - apesar de me sentir em um mundo completamente opostos, eu estava definitivamente ótima.
- Pensei que ia cair, - ela deu uma meio sorriso. - Minha mãe me explicou o que aconteceu, espero que fique tudo bem. - Ela passou as mãos em sua legging rosa bebe parecendo meio tensa, depois segurando seus cabelos.
- Você não sabia?, - me virei e comecei a descer os degraus e ela fez o mesmo de vagar.
- Sim, mais.. não tanto como Harry, - ela segurou o corrimão parando. - De verdade Susan, eu sinto muito. Mais ele, aquele que ate eu mesma acreditava que estava ficando louco, nunca desistiu de você, na verdade Harry, ele tinha medo de tudo ser realmente verdade.
- Sendo sincera, quando descobri, também fiquei com medo. - Parei meus passos olhando para seu rosto tentando manter a calma e não desabar novamente. - Só agradeço a Anne, que me deixou ficar aqui, a vocês... - senti que iria chorar novamente, quando ela se aproximou me acolhendo em um abraço.
- Se quer saber mesmo a verdade, eu ia amar te ter como irmã, - sorri, percebi que ela fez o mesmo.
A campainha fez um som absurdo. Gemma se afastou de mim com o susto e fiz o mesmo, a pessoa que a estava tocando esqueceu de tirar o dedo. Anne passou pela a sala sorrindo para nos duas antes de abrir a porta, Harry veio logo atrás dela meio desorientado, parando seu olhar em mim falando um pequeno bom dia baixinho, sorri lhe desejando o mesmo e olhei para a porta.
Meus olhos se arregalaram, senti as pernas bambas e ali mesmo percebi que minha paz avia acabado. Meu pai, junto de sua linda esposa perfeita estavam passando por Anne a insultando e logo atrás dele, minha mãe Maura e seu namorado Chris estavam vindo. Niall vinha atrás meio nervoso com Greg em seus braços que me vio e começou a me chamar. Meus olhos encheram de lagrimas so de os olhar, não queria os ver, não queria ver ninguem, por que estão aqui?, porque todos eles?.
- Ela não vai sair daqui contra a vontade dela. - Quando voltei a mim, meu foco caio em Anne que estava tendo uma discussão seria com meu pai e Lycia, que estavam tentando chegar ate mim.
- Como souberam onde eu tava?, - perguntei baixo para mim mesma, mais Gemma me ouviu e segurou minha mão.
Harry tomou a frente indo para o lado de sua mãe, enquanto Maura e Chris vinham para meu lado com a passagem aberta. Eu sei que mentiram, mais sei o chão amavel e gentil Maura foi comigo para que consiga ter um pingo de raiva se quer dela. Eu a amo, de uma forma que não sei se posso amar Lycia, isso me deixa com um buraco enorme no estomago. Soltei a mão de Gemma, correndo ate ela e a abraçando tão forte que quase perdi o senso de onde estava.
- Mãe, me tira daqui... - A palavra mãe, soava estranho agora em meus labios, mais de um jeito tão casual que não consigo a chamar pelo nome.
- Me perdoa, - as lagrimas dela molharam meu pescoço, levantei um pouco a cabeça e vi Niall atrás da gente. Ele se aproximou junto a o Greg nos abraçando bem acolhedoramente. Chris fez o mesmo, logo percebi que Gemma e Harry se juntaram a isso, como se quisessem me dizer que não estava sozinha, que podia de verdade me juntar a eles e confiar.
- Não tenho nada para perdoar, - me encolhi em meio a todos aqueles abraços apertados e por um momento me esqueci onde estava, com quem estava, ate mesmo meu pai e Lycia que estão de fora disso.
O barulho dos bate bocas parou, senti o olhar do meu pai queimar entre a roda de abraços que foi se desfazendo a os poucos ate sobrar apenas eu olhando para ele fungando. Lycia, chorava que nem um bebe recem nascido, ela estava a o lado dele com receio de dar um passo. Não sabia nem mesmo sua idade, seu nome completo e de coisas gosta. Não sabia nada sobre essa mulher, nada que diga "olá eu sou sua mãe". Absolutamente nada, mais mesmo assim, aqui esta ela, me olhando com arrependimento nos olhos, com as mãos tremendo segurando sua coxa e cabelos bagunçados como se não estivesse dormido a noite.
- Mãe, - os olhos dela se acenderam, mais virei meu rosto para encarar Maura que estava a meu lado com os olhos molhados e brilhantes. - Vamos para casa?.