5º Capítulo

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Passado dois dias...

Finalmente chegara o dia de partir para Veneza, a cidade misteriosa. Estes últimos tempos têm sido um sem fim de cansaço a nível emocional. Não sei bem o que se tem passado comigo, mas sinto um sufoco enorme por dentro que parece que me vai matando lentamente...Queria poder dizer que estou bem, mas já nem a mim me consigo convencer disso.

Desta vez a chegada do meu comboio estava prevista para as seis horas da tarde, por essa razão decidi passar o dia todo com Kate e Jason. Foram ambos incríveis comigo e fizeram-me acreditar que ainda existem pessoas com muito bom coração no mundo. Depois de lanchar, fomos andando para o hostel pois precisava de preparar o resto das coisas para a viagem. Assim que me encontrei pronta, despedi-me de ambos e segui caminho até à estação de Roma. Quando cheguei ao local pretendido, olhei em meu redor observando assim a grande enchente de pessoas que corriam apressadamente de um lado para o outro, com o objectivo de apanharem o transporte que as iria levar às suas casas. Como ainda faltavam cerca de quinze minutos para chegar o meu comboio, decidi sentar-me num dos vários bancos de madeira existentes naquela estação.

À medida que o tempo foi passando, apercebi-me de que algo de errado se estava a passar. Uma sensação de observação apoderou-se de mim, fazendo com que o meu sistema nervoso disparasse. Sem saber muito bem o que fazer, fui fitando atentamente a área onde me encontrava. Assim que me virei para o meu lado direito, reparei que um homem com os seus quarenta e poucos anos estava a olhar fixamente para mim. Quando fizemos contacto visual um com o outro, senti o meu estômago a contorcer-se e o meu coração a  falhar uma batida. Naquele momento, não compreendia o que se estava a passar, nem sequer sabia se era imaginação minha ou não...Mas de súbito, decidi levantar-me do banco onde me encontrava sentada e comecei a caminhar calmamente pela estação, com o intuito de ocultar o medo que estava a sentir.

Num espaço de dois minutos, uma voz feminina fizera-se ouvir através dos altifalantes. Esta informava a chegada do transporte pelo qual eu tanto ansiava. Ao olhar para trás, reparei que o sujeito caminhava agora, num passo apressado na minha direcção. Sem pensar duas vezes corri para perto da linha do comboio e entrei apressadamente para dentro do mesmo, indo assim contra alguém...

Um chiar típico fizera-se ouvir, as portas automáticas fecharam-se e a viagem fora finalmente iniciada. Depois de sentir que já me encontrava a salvo, elevei o meu olhar para encarar o sujeito que se encontrava à minha frente.

-"D-Dylan?"- Perguntei incrédula, ao ver o rapaz do sorriso simpático.

-"Emily! Estás bem? O que se passou?"- Inquiriu nervosamente, olhando-me nos olhos.

-"E-Eu não sei...Estava sentada e havia um homem..."- Murmurei eu, fazendo uma pausa para poder respirar.

-"Que homem? Ele fez-te mal?"- Questionou Dylan, empalidecendo por momentos.

-"Não, claro que não...Ahm, a verdade é que estava apenas com medo de perder o comboio. Se isso acontecesse seria um completo desastre."- Menti eu nervosamente, com o objectivo de me livrar de toda aquela situação.

Naquele momento sentia-me bastante cansada, nauseada e um pouco tonta. O meu coração batia aceleradamente, como se se estivesse a preparar para concorrer a uma prova de corrida nos Jogos Olímpicos, o meu estômago suplicava para que me fosse sentar pois nervosismo estava a causar efeito sob o mesmo e uma vontade enorme de chorar ia-se acumulando dentro de mim a cada segundo que passava.

Interrail || Dylan O'brienOnde histórias criam vida. Descubra agora