Nasce uma criança diferente

118 1 0
                                    


  Era noite e as ruas em torno da Ópera Nacional de Paris havia poucos postes de iluminação acesos, com árvores baixas e altas em toda a rua, era o ano de 1910, só dava para ouvir a voz de um recém-nascido. Seus pais ao olharem para o filho que acabará de ter, se horrorisaram com a aparência que o filho tinha e o rejeitaram, o garoto ao chegar na faixa etária de uns 5 anos fugiu de casa e foi juntar-se a um grupo de ciganos, onde aprendeu as artes do ilusionismo.
Esse menino uma noite resolveu cantar para alegrar a todos os ciganos e agradecer pelo que tinham feito por ele. Sua voz era como as dos anjos de tão bela que era.

"Douce France Cher pays de mon enfance Bercée de tendre insouciance Je t'ai gardée dans mon coeur!"

Os ciganos que o ouviram e cantaram juntos logo depois o parabenizaram por sua bela voz.

Depois de um tempo, quando o Xá Persa ficou sabendo sobre o garoto ficou interessado por seus dotes artísticos, resolveu ir até onde se encontrava a criança e os ciganos se apresentar.
-Ouvi dizer que aqui tem uma criança, um menino com uma bela voz, se importariam de dizer onde ele se encontra ? -perguntou o Persa. O menino ao ouvir isso foi até o Xá.
-bonn jour monsieur, não pude deixar de ouvi-lo, sou eu quem o senhor procura.-disse.
-bon jour, então é você o pequeno astro ! -disse com um sorriso no rosto mas logo que viu o garoto tratou de logo desfaze-lo.- se me permite monsieur, o quê aconteceu ao seu rosto ? -retirou a franja do garoto da frente da deformação.
O garoto o olhou com uma cara de triste.-nasci assim.
-Entendo.-logo voltou a franja do garoto aonde estava anteriormente.
-Monsieur agora que me fez a pergunta, nada mais justo é o senhor responder a minha.
-Certo, certo.
-O que o senhor gostaria comigo ? -perguntou interessado.
-Ouvi sobre o seu potência e vim ver se você gostaria de se tornar um de meus serviçais ? Será uma nova experiência.
O garoto olhou em volta para todos os ciganos que lá estávam.- Pode ser, senhor, mas aonde eu iria ficar ?
-Você virá morar comigo na Persia.-disse o Xá Persa novamente com um sorriso no rosto.
-Persia ? Uau ! E quando partiremos ?
-Agora mesmo, mas antes me diga o seu nome criança.

O garoto pensou em algum nome, mas só lhe veio Erik na mente.

-Me chamo Erik, monsieur.
-Erik ? Então vamos meu jovem Erik. Leva um longo tempo para chegarmos a Persia.
Erik antes de partir foi buscar as poucas coisas que continha, como um livro, uma pequena mala com roupas pretas, e um instrumento. Assim que voltou já com sua malinha acompanhou o Persa até um grande barco.
-Pode colocar suas coisas ai no canto, Erik.
-Sim senhor. -Erik obedeceu e logo foi se sentar.- É muito longe ?
-Não, apenas algumas horas e já chegámos lá.

Depois de algumas horas de viagem de barco, eles desembarcaram e foram para o castelo Persa.

-Seja bem-vindo ao seu novo lar, Erik.-Disse o Xá Persa. Vem que eu vou te morstrar onde dormirás.
-Obrigado, monsieur.

Os dois andaram até um pequeno quarto, dentro desse quarto havia uma mesinha com cadeira, uma pequena cama, guarda-roupa e havia também um abajur que se encontrava em cima do criado-mudo.

-O que achou meu pequeno ?
-Gostei muito. -disse Erik já colocando em cima da cama sua pequena mala.
-Amanhã as 10 em ponto lhe falarei o que fará.
-Tudo bem.
Erik arrumou tudas as suas coisas e quando terminou um serviçal foi até o quarto do jovem e tocou na porta. "Toc, toc, toc".
-O jantar será servido as 18:51 senhor.
-Obrigado -Erik se levantou e pegou um livro para ler enquanto não chegava a hora. Assim que terminou um capítulo viu em seu relógio que horas eram e se levantou se dirigiu até a sala de jantar.
Lá encontrou-se com o Xá e alguns de seus vários serviçais.
-Erik, sente-se aqui.-disse o Persa mostrando ao seu futuro bom amigo.
Erik mesmo que não gostou de receber esta ordem o fez.
-O que vamos comer senhor ?-disse o garoto ao Xá.
-Você vai ver, você vai ver.

Duas mulheres entraram no recinto com panelas e serviram aos que estavam sentados na mesa uma bela comida persa.

-Obrigado.-disse o jovem moço.
-Por nada senhor.-disse uma das duas.

Depois de um tempo os que estavam lá ficaram em silêncio.

-Espero que goste, não sei se você já comeu isso más é muito bom.-Xá quebrando o silêncio.
-Tá com uma cara boa.-respondeu Erik.
-Está sim, e melhor que a cara que tem é o seu sabor.-disse o Persa já acabando seu prato.
Erik comeu o dele e sentiu sono, foi-se ajeitar para dormir, ele se deitou na cama e já caiu em seu sono.

***

Eram 10 da manhã, todos já estavam acordados a um bom tempo, menos Erik que se vestia. O Xá Persa esperou o menino atrás de sua porta e bateu a porta "toc, toc, toc" sua cabeça entrou no quarto e avistou Erik já pronto.-Está na hora do seu primeiro serviço, meu bom rapaz.
-O que vai ser ?-disse imaginando o que teria para fazer.
-Você vai dar uns jeitos nos mal-feitores do reino.
-Mas como monsieur ?
-Irá usar essa corda para o serviço e fará o laço de punjab alcançar os pescoços dos mal-feitores e mata-los.
-Laço de Punjab ?
-Sim, agora vá até a arena.-disse já entregando a corda ao garoto.

Era a primeira vez que Erik usou o laço de Punjab em alguém e gostou da sensação que tinha após utiliza-lo, isso se tornou um divertimento para ele e para o Xá, até que um dia - quando o Persa já não precisava mais dos serviços - mantou matar Erik, que já tinha 7 anos. Na mesma tarde em que ele aprendeu a usar o laço, construiu seu primeiro alçapão, ficou tão bom que uma das garotas que havia lá pediu um para ela mas depois de um tempo mandou Erik o destruir porém o jovem não o fez.
Erik usou tanto a sua habilidade com o Laço de Punjab quanto a sua incrível habilidade em construir alçapões para se livrar dos guardas que haviam sido mandados por Xá para mata-lo.
O jovem saiu do castelo e foi direto procurar por um meio de voltar para a sua cidade, até que encontra um barqueiro.
-Bon jour monsieur-disse sorrindo o rapaz para o barqueiro.
-Oi rapaz.
-Quando ficaria uma viagem só de ida para França ?
-3464,23

Erik tirou de seu bolso um maço de dinheiro que continua mais da metade do valor e deu ao barqueiro, já entrando no barco.

Passou-se horas até que finalmente Erik chegou em Paris e desceu da barca.  

O Fantasma da Opera.Where stories live. Discover now