Uma nova escola

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      Faziam alguns dias desde que havia chegado a está nova cidade, este novo país, tenho me reaproximado do meu pai aos poucos, sua esposa é muito gentil, e Carol é um amor, só não consegui ter tanta proximidade com Bruno porque ele parece me evitar. Além disso, só aparece em casa durante a noite e quando passa o dia em casa, é trancado no quarto, que garoto antissocial! As férias estavam acabando, e teria que encarar uma escola nova em um país diferente, nem conseguia imaginar como seria, talvez fizesse novos amigos ou me tornasse a pessoa mais excluída e fracassada do colégio, o terceiro ano é importante para definir muitas coisas, inclusive como você sairá socialmente do ensino médio. Percebi que sempre tive poucos amigos e fui a "nerd esquisita" isso não me importava muito, mas e se nesse país importasse? O medo do desconhecido começou a tomar conta de mim, me deixando sofrer por antecipação, ansiedade é horrível. Nunca fui o tipo de garota que se importava com o primeiro dia de aula, pois sempre estudei com as mesmas pessoas e estava familiarizada a cada uma delas, mesmo as que não tinham a mínima afinidade comigo.
    Costumava ter uma mania peculiar, analisar as pessoas, aos poucos já sabia quase tudo sobre aquela pessoa apenas por gestos, modo de falar, comportamento e etc. Tenho a opinião de que, todos temos uma história e nossa história que nos faz únicos além de nossas diferenças, é claro! Se a questão fosse apenas uma escola nova tudo bem, mas um novo país e pessoas completamente diferentes com costumes e comportamentos diferentes me deram um certo cala frio que estremeceu meu corpo inteiro, conversei bastante com Carol sobre essa escola e ela disse que embora existissem pessoas que podiam ser realmente rudes e arrogantes, existiam pessoas maravilhosas que eu adoraria conhecer, apesar de ela não saber muito sobre as pessoas que seriafm do último ano, até me sugeriu que passasse os primeiros dias de aula com Bruno, ou tentasse me enturmar com os amigos dele ou fazer ele me apresentar pessoas interessantes. Ela queria a todo custo me aproximar de seu irmão, e eu não entendia o motivo, e considerando que ele parecia me odiar a cada dia mais sem nem ao menos me conhecer, seria impossível conseguir seguir a sugestão dela. Estava me preparando psicologicamente para as aulas, e meu pai havia me prometido que hoje compraríamos o que faltava do material e o resto dos livros, enquanto sua esposa me garantiu que poderíamos sair para comprar algumas roupas junto com Carol, já que iríamos ao shopping por ter uma livraria/papelaria lá. Durante todo caminho enquanto conversávamos, Bruno ficava quieto ouvindo música em seu iPhone com seus fones de ouvido, ignorando completamente nossa conversa e principalmente minha existência, queria tanto saber o que fiz para esse garoto de detestar tanto....
    Ao chegarmos no nosso destino, fizemos algumas compras dos materiais e livros, depois compramos roupas e fomos comer num restaurante de comida japonesa. Meu pai e Suzi foram comprar coisas para casa junto com Carol que era ótima em decoração (embora suspeite que ela só foi para me deixar a sós com Bruno).
-Por que me odeia tanto?- o fitei tentando captar qualquer gesto ou reação, mas como sempre..ele agiu com indiferença e retirou seus fones.
-Eu não te odeio garota.
-Em primeiro lugar, eu tenho nome caso você não saiba e além disso, nunca te fiz nada para me tratar com tanta indiferença e se você não está disposto a me conhecer, ótimo, pois eu que não quero te conhecer agora!- saí bruscamente sem olhar para traz, e fui para o banheiro pois já estava prestes a chorar.
   

Meu meio irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora