Enquanto Meu Coração Bater

Capítulo 1

No mundo há dois tipos de pessoas.
As que querem viver.
E as que vivem por não terem "escolha".
Eu sou o do tipo dos que querem viver, e que farei o possível para aproveitar a vida ao máximo, e experimentar tudo que ela possa me oferecer, pois não sei ainda quanto tempo me resta.

Chego em casa bêbado e totalmente acabado, e ouço a minha empregada falando:
- Senhor? Senhor? O senhor está bem? - Pergunta ela preocupada.
- Estou sim... - Falei totalmente embriagado.
- O senhor está todo largado, fedendo a bebida, está parecendo um verdadeiro bêbado.
- Sério Glória? Não me diga. - Falei com deboche.
- Mas se o senhor quiser, eu posso ajudá-lo a se trocar, por que daqui a pouco esse cheiro vai infestar a casa.
- Ata Glória, já entendi, você vem com essa conversa de ''quero seu bem '' ''para não infestar a casa'' mas o que você quer mesmo é me ver pelado né? - Falei dando um sorriso meio maroto para Glória.
- Que isso senhor! Sou uma mulher de idade, me respeite.
Bom gente, a Glória é uma daquelas mulheres de 50 anos que se acham ''novinhas'', e que tem dois melões enormes de silicone, parece até aquelas velhas de filme pornô, e apesar dela ser magra e peituda, rugas e rosto todo esticado de cirurgias não fazem muito o meu tipo, para dizer a verdade eu não a classifico como uma mulher bonita, mas como eu estava tão bêbado, poderia aparecer o Anderson Silva de sutiã de enchimento e vestido que eu tentaria alguma coisa com ele, mas já que ele não estava lá, eu tentei alguma coisa com a Glória mesmo, além do mais eu não tinha nada a perder... Eu acho, e eu estava bêbado, então comecei a me aproximar.
- A Glória vai me falar que você não ia gostar de ver o poder da minha varinha! Ai juntos, nós poderíamos fazer mágica, a minha varinha podia ver se na sua cartola ainda sai uns coelhinhos. - Falei me aproximando dela, deixando-a contra parede, eu tentei beija - lá, mas o peito dela me impediu.
- Como assim senhor? Coelhinhos? Sai de cima de mim! - Falou ela se afastando.
- Glória não foge de mim, deixa eu te mostrar a potência da minha varinha! -Falei andando até ela.
-Você está maluco? Saia daqui seu tarado!
- Por que eu estaria maluco? Bêbado talvez... Mais maluco?
- Uma hora você está falando de mágica, depois de matemática.
- Matemática?
- É você não falou de potências?
Meu Deus nunca vi mulher tão burra! Tinha que ser loira ela mesma, mas já que eu queria fazer ''mágica'' com ela, preferi não comentar e continuei na linha de burrice dela.
-É, isso ai, mas o que você acha da gente pular a matemática e irmos a uma coisa além...? - Falei a alisando.
- Saia daqui!
Então ela me empurrou e eu cai na cama, e depois foi embora. Quando acordei eu estava com aquela ressaca, minha cabeça parecia que ia explodir, mas isso não foi motivo para que os meus amigos: Alexandre, Pedro, Thiago e Matheus viessem me visitar. Bom esses são os meus amigos que eu considero quase como irmãos, nem se eu morrer eles vão me abandonar, a não ser que esteja passando uma mulher super linda do outro lado da rua, nosso lema é: " Amigos, amigos, mulheres a parte.''
- Estou com fome. - Falou Alexandre e os outros invadindo o meu apartamento e até hoje eu não sei como eles fazem para passar pela portaria.
- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntei ainda sonolento.
-Ué? Tem que ter motivo para vir aqui? - Retrucou Alexandre, olhando a minha geladeira.
- É, na verdade essa foi uma pergunta tola, vocês vêm aqui sempre, nem parece que vocês têm emprego.
- Dilan, você sabe como é, sempre que dá te perturbamos e hoje deu. - Falou Matheus.
- A não gente, hoje não, ainda estou com uma baita ressaca e amanhã tenho que acordar cedo para trabalhar, infelizmente minha vida não é igual à de vocês que são modelos, diferente de vocês eu tenho um emprego de ''verdade'".
- Pode parando Dilan! Você já é rico, mora em um apartamento em Copacabana, e ainda é dono do seu próprio negócio! Então vamos sair!
- Vocês estão malucos? São 2:30 da madrugada! - Falei assustado olhando para o meu relógio.
- Desde quando 2:30 é tarde para você? - Perguntou Pedro.
- E você sabe que é nesse horário que a festa começa a ficar boa, por que é mais ou menos nessa hora que as mulheres estão ficando bêbadas, então vamos logo! - Falou Alexandre animado.
- É sério, que vocês vão ficar me perturbando para ir em boate?
- É! - Falaram em coro.
- Então vamos logo, só deixa eu tomar um banho.
Quando chegamos na boate, estava lotada e o que eu vi de mulher bonita não dava para contar, nos sentamos no balcão de bebidas. Então Alexandre falou:
- É hoje, que nós vamos desempatar esse negócio!
- Alexandre você não aceita mesmo não é? - Perguntou Thiago.
- Deixa ele Thiago, ele nunca vai aceitar que da última vez que nós saímos eu fiquei com mais mulheres do que ele. - Falei rindo.
-Dilan eu não aceito isso, por que a última mulher que você ficou parecia um homem, mulher estranha! - Reclamou Alexandre.
- Alexandre para de colocar problemas na mulher que o Dilan fica, eu perdi e não estou assim. Aceita logo! - Falou Matheus.
- Você fala isso por que você não é másculo como eu , mais de mim ninguém zomba . - Falou Alexandre.
- Como você quiser '' O super másculo '' - Falei rindo.
- Mas eu estou decepcionado com você Dilan, por ter pegado uma mulher tão estranha e que eu acho que era um homem. - Falou Alexandre.
- Mas não era homem! Ela só era uma mulher alta! - Exclamei.
- Mas ser alta é uma coisa, ter um pênis no meio das pernas é outra coisa totalmente diferente.
- Olha Alexandre, vou ser bem sincero com você; não tinha nada lá e só quem tem algo a mais é homem.
- Dilan isso sinceramente é nojento. - Falou Alexandre fazendo careta.
- Que tanto nojinho é esse Alexandre? Deve ter sido por isso que o Dilan ganhou, por que ele não tem ''nojinho ''. - Falou Thiago com uma voz irritante, fazendo ênfase no ''nojinho ''.
- Eu não tenho nojinho. Então agora eu vou fazer igual ao Dilan e ficar com qualquer mulher que me aparecer!
- Olha o que você fala Alexandre, aqui tem mulher bonita, mas também tem cada uma... - Falou Matheus.
- Falando em mulheres feias, vocês não tem noção do que eu fiz; eu dei em cima da Glória!
-Por favor, me fala que você estava bêbado quando você fez isso. - Falou Matheus.
- Como você sabe?
- Eu não sei, só acho que você não tentaria algo com ela em sua sã consciência.
-Dilan, o nível de beleza esta caindo cada vez mais meu amigo. - Falou Pedro batendo levemente em minhas costas.
- Quer saber estou cansado, a partir de hoje eu só pego mulher ''top''. - Falei, tentando dar uma de sério.
- É assim que se fala meu amigo, mas já exclui o Alexandre dessa, por que você disse que não gosta de mulher; que tem ''nojinho''. - Falou Thiago rindo.
- HAHA muito engraçado. - Reclamou Alexandre sarcasticamente.
- Para mostrar para vocês que eu mudei vocês podem escolher a mulher mais bonita daqui que eu fico!
Na maioria das vezes eu sou humilde, mas as quase 3 :30 da madrugada em uma boate barulhenta, '' rodeado '' de modelos; é podemos dizer que eu me senti '' O cara ''.
- Dilan, eu não vou escolher a mais gata por que essa eu obviamente vou ficar... - Comentou Alexandre se sentindo.
- Então tá, escolhe ai...
Alexandre deu uma olhada ao redor e avistou uma loira, com a pele dourada e seus olhos se difundiam com a cor do mar, seu corpo parecia ser esculpido pelos anjos. Alexandre olhou para mim e falou:
- Está ai, será que você consegue?
- Claro que eu consigo! - Falei confiante.
Então me levantei e fui em direção aquela loira. Quando cheguei perto dela, ela me olhou e disse:
- Você pode dar meia volta não fico com homens como você.
- Homens como eu? Bom, homens como eu iriam querer saber qual é a cor da sua calcinha não o seu nome, mas me chame do que você quiser em troca disso a senhorita poderia dizer o seu nome? - Perguntei já me sentando ao lado dela.
- Monique, mas não pense que eu não te vi com aqueles seus amigos ali do balcão. - Monique deu uma olhada para o bar e viu meus amigos olhando para nós rindo e quando ela olhou, eles olharam para frente tentando disfarçar, mas eles nunca foram bons nisso. - E não, eu não leio mentes mais vocês conversavam e ficavam olhando para mim, daí eu já tiro as minhas conclusões de qual era o assunto.
- E qual é o problema de eu falar de você? Poucas são as mulheres que eu acho bonitas.
- E com esse seu comentário era para eu me sentir privilegiada ou algo do tipo?
- Bom isso depende mais de você do que de mim, se você me acha alguém tão importante para medir padrões de beleza.
- Na verdade eu nem sei quem você é.
- Isso para mim não é problema, mas para uma questão de formalidade irei me apresentar. Meu nome é Dilan, eu tenho 25 anos, moro em um apartamento em Copacabana, não tenho filhos, nunca me casei, sou dono de uma indústria de computadores, mas minha vida toda se torna insignificante, pois a única coisa que realmente importa é: eu, você e os próximos cinco minutos.
- E por que os próximos cinco minutos são tão importantes?
- Por que vão ser nesses cinco minutos, em que você vai escolher ter uma noite maravilhosa comigo, ou voltar para casa e dormir agarrada com o seu travesseiro.
- Nossa... E como você tem tanta certeza que eu sou solteira?
- Bom você esta vestida provocante, não há nenhum anel de compromisso em nenhum de seus dedos, e como você disse eu estou te observando já tem um tempo, e todos os homens que vieram '' conversar '' com você, você os descartou e até agora não vi ninguém perto de você, e se você estivesse namorando eu duvido que você estaria aqui sozinha, nenhum homem em sua sã consciência tendo uma senhorita tão linda, a deixaria em uma boate sozinha a essa hora da madrugada.
- É, até que você não é tão burro quanto eu pensei..., mas eu tenho ir. - Monique me olhou de baixo em cima, já se virando para ir embora, foi só momento de eu puxa - lá pelo braço e falar:
- Não vamos desperdiçar esse momento, me dê uma chance. - Falei colocando a mão em sua cintura.
- Mas essa não é a coisa certa a fazer.- Falou ela colocando mão em meu rosto.
- Arrisque- se pode ter certeza que eu vou fazer valer à pena.
Então peguei sua cinturae puxei para perto do meu corpo, comecei beijando seu pescoço até sua boca, a mão de Monique parecia até um algodão que ficava em meu pescoço, foi quando a levei para um canto e a encostei na parede e continuei a beijá-la.
- Vem comigo, pode ter certeza que você não vai se arrepender dessa escolha.
Eu e Monique fomos a um hotel e o resto vocês já podem imaginar.

Acordei já preocupado com o trabalho, eu não podia me atrasar, levantei em um pulo. Enquanto eu colocava a blusa sentado na cama, Monique ia botando a mão no meu peito e me puxando novamente para a cama e sussurrando em meu ouvido:
- Dilan, volta ainda está cedo. - Falou ela beijando meu pescoço.
- Desse jeito eu volto mesmo.
Então comecei a beijá-la empurrando seu corpo para a cama e ficando sobre ela.
- Desculpa, mas eu tenho que ir.
Levantei, e continuei a colocar a blusa, quando eu coloquei a roupa, peguei a chave do carro, que estava em cima do criado- mudo, ao lado da cama, beijei a testa de Monique, ela estava deitada na cama, quando eu estava de saída. Monique me chamou e pulou no meu colo e me beijou, admito que aquele foi o melhor beijo do dia.
- Espera ai... Quero te dar uma coisa.
Ela se dirigiu até a bolsa que estava no chão, perto de uma janela que havia no quarto do hotel, admito que quando Monique se abaixou para pegar algo na bolsa, eu pensei duas vezes se eu tinha mesmo que ir, ela estava usando um lingerie vermelha, porém mesmo que eu quisesse muito, não dava para eu ficar, ela me trouxe um cartão e disse:
- Está aqui, esse é o cartão do meu consultório odontológico e aqui atrás está o número do meu celular, qualquer coisa me liga. - Falou ela me entregando o cartão.
- Pode deixar!
Dei uma piscada de olho para Monique, em seguida puxei sua cintura e dei um último beijo e fui embora.
Após ter pagado o hotel, peguei meu carro e fui direto para o trabalho. Chegando no trabalho eu recebi vários relatórios, hoje o dia seria cheio, porém quando eu cheguei na minha sala, Alexandre, Pedro, Thiago e Matheus já estavam lá, eles tinham que estar lá...
- É Dilan, percebi que você conseguiu, ou será que você pagou a ela? Hum... - Falou Alexandre colocando a mão no queixo.
- Que isso Alexandre, eu fazer isso? Então tenho que me desapegar a essas manias feias que eu peguei de você! - Respondi sínico.
- HAHA Dilan, mas ela é boa? Ou só bonita?
- Sinceramente ela é os dois e ainda tem um futuro legal, dá uma olhada. - Falei, tirando o cartão que Monique tinha me dado, do bolso.
- Dentista? Hum...- Falou Alexandre rindo .
- Para de ser ridículo Alexandre!- Não me contive e ri.
Foi quando nos lembramos de uma coisa épica.