Se puder comentem e votem, e pessoal da oficina do Henry Bugalho modulo 1.1 - A palavra Perfeita.
Havia me mudado há pouco tempo, era um país lindo me arrependo de não tê-lo aproveitado ao máximo, 2011 foi um ano desastroso para essa cidade.
Sentada sobre o sofá em minha nova casa, na televisão estava passando vários noticiários sobre o acontecido, mas não imaginava que ainda era o inicio, ao sentir os primeiros tremores corri para pegar algumas coisas na cozinha, para descer para o porão, nunca tinha descido nele, percebi que toda comida e água que desci não era preciso já que havia geladeira e um armário com lanches.
Ao entrar tranquei a primeira porta que saia em minha casa, desci a escada, o porão não era escuro, tinha algumas lâmpadas de emergência se a eletricidade acabasse, o local havia paredes grossas e brancas, havia um sofá preso na parede, e tudo ficava próximo a ele, havia apenas uma privada em um minúsculo cômodo na porta ao lado da escada, logo coloquei o que tinha pegado na geladeira e observei que estava lotado de água e lanches fáceis. Os tremores iniciaram pequenos, mas dava para ouvir gritos da rua, como morava no Brasil estava desesperada, pois nunca havia acontecido eventos dessa magnitude na minha cidade, mas pelo que parecia, eles já estavam habituados, todas as casas da minha rua havia porões.
Em uma hora os tremores já havia aumentado a capacidade, e nesse momento recebi uma ligação de meu marido que trabalhava no consulado do Japão e Brasil, ele estava preocupado e implorou para que eu não saísse do porão, pois estava segura, ficamos no telefone até quando pudemos, ele toda hora falava que me amava, e eu fazia o mesmo, acho que foi uma forma de despedias, ainda estava no celular com ele e ouvi batidas na porta do porão, e abri a primeira porta, e como estava sem tremores fui até a primeira e encontrei a empregada, estava com o rosto machucado, sangrado muito, ao abrir a porta observei que a minha casa estava com todos os moveis estavam ao chão, e vidros da janelas quebrados e algumas paredes rachadas, observei a entrada aberta, mas não me importei e a deixei entrar e rapidamente fechei a porta.
Ao decorrer de uma hora a telefonema do meu marido já havia acabado, e não nos comunicamos mais, o celular estava inteiramente sem sinal, à única pessoa com quem eu conversava era a nossa domestica, mas pelo pouco que eu entendia de japonês, a conversa se rompia com os tremores que estavam ficando maiores, não sei quantas horas se passaram até o acontecimento catastrófico, estava sentada bebendo uma garrafa de água e comendo pão junto com aquela mulher ao meu lado, que também estava comendo aquelas guloseimas, do nada fui ao chão, tudo estava tremendo bati minha cabeça e não vi nada dos eventos só lembro-me de um grande estrondo; Acordei desesperada e ouvindo os gritos da outra mulher, estava tudo caído ao chão, à geladeira estava com a porta quebrada e tudo que estava dentro dela, estava ao chão, o sofá que ficava preso na parede havia se desprendido e estava preso no banheiro, e então vi aquela mulher ao chão berrando de dor.
Não sabia o que fazer vi ela com um ferro na perna, estava sangrado, era o ferro que prendia o sofá na parede, o rosto dela estava sangrento que tampava todo seu rosto, acho que o meu também estava assim, não pensei em nada apenas sentei ela e encostei na parede, e observei que a parede estava rachando e percebi que se houvesse outro terremoto, eu morreria.
Passaram minutos, horas quem sabe segundos, o tempo era a constante que eu não conseguia domina-la, não sabia se já era noite ou ainda era dia, só estava cansada, mas não podia dormir ou deixar aquela mulher dormi, não sabia onde estava meu celular, estávamos comendo e bebendo o que ainda havia sobrado, mas já estava próximo daquilo acabar.
Tudo se findou em um exato momento de não sei quantos minutos, após vários tremores, veio o ultimo que eu saiba, a parede do banheiro havia caído, e o teto começou a cair, em meio ao terremoto para eu não morrer fui para a escada, a porta já havia caído e não queria morrer soterrada, vi que a mulher já havia morrido, tentei correr, mas algo havia rompido em minha cabeça, acordei em algum momento vi a luz do dia, e senti todo aquele peso em mim, vi o corpo daquela mulher destruído, eu estava dormindo, e dormi, mas no ultimo momento de vida que eu tive, vi algo diferente, algo que me matou, eu vi água.
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Contos
KurzgeschichtenSangue esparramado pelo chão de uma igreja, garrafas quebradas em uma poça de bebida, um corpo sobre a cama e um travesseiro ao chão, o que isso tem em comum? Apenas uma coisa, leia e verá.