Count on me

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Capitulo VII

Uma amizade não se faz pelo tempo em que ela existe e sim
pela sinceridade do sentimento que há nela.

( Ana Carolina )


Conte comigo

  Karin estava desolada, a quatro dias não recebia notícia alguma de Sasuke, seu desespero tinha chegado ao ponto de fazê-la ir a casa do rapaz, mas tal ato não lhe trouxe consolo algum, já que pela primeira vez desde que tinha o conhecido,

sua casa estava completamente vazia. A ruiva tentava a todo custo não pensar no pior, mas era impossível, Sasuke não deixava de visitá-la, mesmo quando passava seus finais de semana em orgias, ele sempre dava um jeito.

Ela andava de um lado a outro e não conseguia se acalmar por nada, mesmo depois de Suigetsu, outro de seus amigos, jurar que acharia o moreno antes do sol se pôr. Por fim, a ruiva resolveu fazer um chá, ela sabia que não adiantaria nada ficar se descabelando em sua sala de estar.

Ao voltar da cozinha com uma xícara fumegante em mãos a ruiva não pode deixar de focar os olhos em uma fotografia que se encontrava logo acima de sua lareira, ela ao centro com Suigetsu e Sasuke, cada um de um lado, ambos com uma expressão nada amigável. Nunca entendera o por quê de ambos odiarem fotografias, porém, era justamente esse fato que tornava a foto encantadora a ponto de sempre deixar escapar um singelo sorriso, um misto de saudade e felicidade.

Enquanto encarava a foto, Karin se perdeu em suas lembranças de infância.

29 de Outubro de 2001

Karin tinha apenas 7 anos estava sentada embaixo de uma árvore no parque Central de Tóquio, era outono, o vento soprava suavemente e as folhas alaranjadas se soltavam dos galhos das árvores como se cada uma delas fosse um grão de uma ampulheta que contava o tempo até que o chão fosse coberto pela neve fofa do inverno. Enquanto brincava distraída com sua bonecas não notou que um rapaz se aproximava dela, era um garoto alto que aparentava ter cerca de 10 anos de idade, com cabelos e olhos igualmente castanhos. Karin não sabia quem era nem o que queria, no entanto, podia perceber que não tinha boas intenções, pois seu sorriso lhe causava arrepios.

─ E então ruivinha, o que acha de brincar comigo? - O sorriso cínico não saía de seus lábios.

─ Não, obrigada, estou muito bem sozinha - Respondeu tímida.

Tudo o que queria era ficar só e se perder em seus devaneios.

─ Vamos lá, vai ser divertido - Pronunciou o rapaz enquanto agarrava a garota pelo braço.

─ Eu já disse que não! - O

pânico começou a se apossar da garota.

─ Mas eu insisto - O garoto já a arrastava pelo parque e ninguém parecia notar.

─ ME SOLTA! ME SOLTA! - Karin tentava se soltar a todo custo, mas sem sucesso.

─ Ei cara, a garota mandou você soltar. - Uma voz infantil, mas demasiadamente imponente, soou logo atrás de ambos.

Só então Karin notou um garoto sair por detrás das árvores. O garotinho não parecia ser muito mais velho do que ela, entretanto sua postura continuava firme. Manteve os belos olhos ônix fixados no grandão à sua frente enquanto seus cabelos igualmente negros eram levantados pela brisa.

─ EU DISSE PRA SOLTAR ELA PANACA, NÃO ME FAÇA IR AÍ TE DAR UMA SURRA - Pronunciou o pequeno.

Se não estivesse apavorada, Karin com toda certeza daria risada de tal cena, era como ver uma formiga tentando atacar um tamanduá.

Akai ItoOnde histórias criam vida. Descubra agora