Fire and the flood

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Capítulo XXIX

"O que faz a gente se apaixonar

Uns pelos outros não é o que o outro nos fala,

É o jeito como o outro nos olha."


O fogo e a inundação

O relógio apontava 8h34mn e ela observava os ponteiros se movimentarem dês das oito. Naquela manhã nublada sentia a preguiça lhe aconchegar, suspiros desgostosos escapavam de sua boca por não ter ninguém ocupando o outro lado da cama. Em pouco tempo se acostumou em acordar e vê-lo ressonando como um bebê, os olhos ônix despertavam inchados procurando inconscientemente por sua presença, e ela não poderia impedir seu coração de bater como um louco, nunca seria capaz de conter as sensações que ele causa em seu corpo apenas com o toque de sua pele, seu sorriso, sua voz. Era praticamente impossível esconder seu desejo, não tinha duvidas estava apaixonada pelo homem que contem mais defeitos do que poderia imaginar e ainda sim continua sendo perfeito.

Sua avó dizia que o amor era para os distraídos, pois aquele que anseia demais acaba por não aguardar que o próprio destino fizesse seu trabalho, escolhe por conta e logo reclama julgando a vida infeliz. E ela sempre foi impulsiva a ponto de achar que os dois namorados que tivera lhe renderia uma família, um amor de conto de fadas. E quando o namoro chegou ao fim, sua avó a alertou que a hora ainda não havia chegado, precisaria ter paciência e nada mais.

Levantou-se, então, com a vontade de procurar por seu noivo. Por ordem do senhor Uchiha, Mikoto lhe disse que deveriam dormir em quartos separados ate o casamento. Logicamente que não gostou nada, poderia ser tímida, mas não era santa.

Olhou para os dois lados do corredor confirmando a ausência de pessoas, caminhou com cautela na pontinha dos pés ate o outro lado, se encontrava próxima a escada, mais cinco passos a direita e estaria a frente da porta de Itachi. Averiguo o local mais uma vez sentindo a adrenalina pulsar em suas veias, respirou fundo pronta para correr diretamente ate o quarto, abrir a porta e fecha-la como se sua vida dependesse disso e enfim soltar o ar que prendeu em seus pulmões. Isso se ele não estivesse com a porta trancada, ai sim seria o seu fim. Entretanto, a voz dócil de Mikoto lhe impediu de qualquer movimento.

─ Diga para mamãe, olhando em meus olhos.Você a ama? - a Uchiha perguntou suave, como quem pergunta a uma criança se ela quer doce.

─ Claro, mãe. Se não, não a pediria em casamento - respondeu obvio. Ambos conversavam dentro do quarto, atiçando a curiosidade de Washu.

─ Meu bebê. Você pode gostar muito dela, vejo que Washu é uma garota alegre, simpática e muito bonita. Mas, amor, é um sentimento que não vejo em seus olhos, nem mesmo nos dela.

─ Mãe, eu... - suspirou. E Washu deduziu que ele estaria nervoso, suas mãos seriam elevadas aos cabelos, em um breve sinal de que ponderaria antes de prosseguir - Estou certo do que quero, e realmente gosto muito dela.

─ Sabe, quando Sakura esteve aqui para o jantar, eu vi como olhou para ela - começou.

─ Mãe - brandou - Onde esta querendo chegar?

─ Fico aliviada por não ter que apartar a briga dos meus bebês. Seria decepcionante, pois eu torceria para que seu irmão ganhasse - Mikoto riu de seus próprios dizeres - Eu não sei o que tenta esconder de mim, meu filho. Mas, pare de fingir ser o que não é, mamãe não curti.

Akai ItoOnde histórias criam vida. Descubra agora