23/11/1998
O ar sobre a minha pele,
A luz atacando meu olhar,
Oh Céus por favor me revele
Qual a próxima estrela a brilhar...
A água sob meu corpo prateado
Umedece minha seca esperança,
teu sorriso é meu apoio ilustrado
E o compasso da minha dança...
A névoa cinza que ladeia a montanha
Envolve-me suavemente em um torpor
Gélido e refrescante, é façanha
Da natureza disfarçando minha dor...
As gotas de diamantes celestes
Derretem-se de encontro a mim,
Ao meu corpo morno dos instantes
Loucos de desejo sem fim...
Agora o ar que sai de meu pulmão
Faz bolhas na água azul cintilante,
A vida se esvai de um puxão
E se perde da mãe terra mais uma amante...
