Sarah Smith e Hanna Williams chegaram à escola confiantes e arrogantes, como sempre. Toda a gente as odiava, porém ninguém mostrava. Elas passavam a maior parte do tempo a importunar as pessoas, achando-as inferiores.
Naquele dia, em vez de irem diretamente para o cacifo, Hanna e Sarah decidiram fazer um desvio e encontrarem-se com uma rapariga, a Courtney. Baixinha, com os óculos a ocuparem a maior parte da cara e com os cabelos castanhos ondulados ao nível dos ombros, era uma das raparigas mais inteligentes do ano delas.
- Tens aí o que te pedi ontem? - perguntou a Hanna, com um ar simpático.
- Como eu te disse ontem, eu não sou tua criada! Se fosses minha amiga até aceitava, mas como tu só me incomodas, decidi não fazer.
- Era só o que mais me faltava! - gritou a Hanna, fazendo com que todos os alunos que estavam à volta se interessassem por aquela conversa. - Quem és tu para me desobedeceres?
Eu vou vos contextualizar, para entenderem a situação: ontem a Hanna pediu (ordenou) à Courtney que fizesse os trabalhos de casa dela. Já naquela altura a baixinha recusou, firme e destemida. No entanto, a Hanna pensou que ela ia mudar de ideias e ia acabar por fazer. Ninguém a desobedece, ora!
- E quem és tu para me dares ordens? - gritou também a Courtney.
"Uhhhh", ouviu-se no corredor, sonoro.
Havia um pequeno núcleo que gritava: "Força, Courtney! És espectacular!", mas assim que a Hanna lhes ollhou com um ar ameaçador, eles calaram-se. A Sarah ria-se da situação e a bloggeira da escola, a Emily, relatava a situação com o microfone, enquanto que o melhor amigo dela, o Daniel, a filmava.
- Tu sabes quais são as consequências, não sabes? Vou fazer a tua vida num inferno. - ameaçou a Hanna, que já não estava a gostar da brincadeira.
- Outra coisa não se esperava de ti. - ripostou a Courtney. Toda a gente estava surpreendida com a atitude da pequena, que sempre foi muito tímida. - Andei a fazer os teus trabalhos durante anos, Hanna. Cansei-me.
A menina inteligente virou-lhe as costas, dirigindo-se para a sala de aula. Afinal, já tinha tocado a campainha, só que os alunos preferiam estar a observar a discussão do que ir para as aulas.
A Hanna e a Sarah estavam boquiabertas, chocadas.
Mas é claro que a Hanna tinha sempre um plano B, caso a baixinha se revoltasse.
- Daisy, sempre trouxeste o que te pedi? Ou vais ser como a tua melhor amiga e vais-me virar as costas?
A Hanna tinha pedido à melhor amiga da Courtney (também uma excelente aluna) para fazer os mesmos trabalhos, no dia anterior. Infelizmente, a Daisy não conseguiu recusar a ordem como a sua grande amiga. Entregou-lhe as várias páginas, um pouco a medo. "Não quero ter problemas com uma das rapariga mais populares da escola", pensou.
***
A primeira aula da manhã era sempre a de História, e como devem estar a imaginar, quase todos os alunos estavam a dormir. Dos únicos acordados, podíamos ver a Hanna e a Sarah a arranjarem as unhas e a Daisy e a Courtney a discutirem baixinho.
- Porque é que fizeste os trabalhos daquela parva, porquê??? - questionou a Courtney, zangada com a amiga. - Esperava que me apoiasses, não que me humilhasses, ficando do lado dela!
- Eu te apoio sempre, e tu sabes disso. Mas Court, eu...eu não sou tão corajosa como tu. Quem me dera que fosse... - confessou a Daisy, sussurrando.
- Nós vamos enfrentá-las juntas, amiga. E tu não vais ficar para trás. Nós devíamos fazer uma revolta contra elas. Já chega desta opressão! - disse a Courtney, um pouco mais alto. O professor olhou para ela com um ar zangado.
- Também acho que devíamo-nos revoltar. Estou cansada delas. - comentou a Emily, que estava na cadeira da frente, intrometendo-se na conversa.
As raparigas sorriram concordando, mas lá no fundo, elas não queriam que a Emily se metesse nos assuntos delas. Ninguém gosta dela por causa do blog.
No ano passado ela criou um blog para se vingar de um rapaz que gozou com ela. Escreveu vários posts insultando-o e humilhando-o, expondo os segredos dele. Mesmo depois de ela ter esquecido toda a história com esse rapaz, ela decidiu continuar com o blog, publicando coisas humilhantes sobre as pessoas com quem se zangava. O melhor amigo dela, o Daniel, ajudava-a filmando tudo o que se passava na escola de interessante. Toda a gente o achava um rapaz simpático quando não estava com a Emily, mas quando ele se metia em esquemas com ela...as pessoas afastavam-se.
Em conclusão, toda a gente tem medo deles. De Emily por ela ser tão vingativa, de Daniel, por alinhar sempre nos planos dela.
Courtney e Daisy olharam uma para a outra, receosas. "Para a próxima falamos quando estivermos sozinhas." segredou a Daisy à melhor amiga.
A aula estava a correr normalmente, quando um rapaz entrou de rompante na sala. Só podia ser o Jonathan.
- Jonathan Miller, estás atrasado meia hora. - reclamou o professor, furioso por ter interrompido o discurso sobre a Revolução Americana. - Alguma justificação plausível para este atraso?
Jon não olhou para o professor nem se dignou a responder à pergunta. Simplesmente ignorou-o, deixando o professor à beira de um ataque de nervos.
O rapaz sentou-se no lugar habitual, no fundo da sala. Não abriu a mochila para tirar os livros.
Roubou o lápis do colega do lado e pôs-se a fazer desenhos na mesa.
Enquanto que o professor estava quase a ter um colapso, a Daisy e a Courtney suspiravam, apaixonadas.
Sim, é o que estão a pensar. Elas gostam do mesmo rapaz.
A sorte é que ambas guardam segredo. Nunca lhes passou na cabeça que a melhor amiga estivesse apaixonada pelo mesmo rapaz.
Imaginem o que vai acontecer quando os segredos vierem ao de cima.
Vai haver problemas.
Oi pessoaaaaaaaaaaaaal
Aviso que esta é uma nova versão desta história. Eu sei que já tinha publicado 18 capítulos, mas decidi começar de novo. Para quem estava a ler a anterior, vão notar que a história mudou um pouco. Ficaria muuuuuuito feliz se voltassem a ler, e me dissessem se estão a gostar das novas alterações.
Querem que continue? Se sim, por favor comentem ou deixem estrelinhas <3
Beijinhos, Sofia <3
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Histórias Entrelaçadas
RandomAVISO: o leitor poderá se confundir ao ler tantas histórias, sobre pessoas diferentes, com personalidades diferentes, histórias de vida diferentes; com amores e desamores, beijos e estaladas, paz e confusão. Confesso-lhe: tudo isto misturado pode p...