24 Capitulo

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Não sei por que eu chorava. Talvez por que eu era uma idiota, sim eu era uma idiota.
Mas se o Justin não conseguia entender, eu conseguia. Andava pelas ruas vazias, sozinha; com frio, com raiva...eu não queria pensar. Mas não havia nada que eu pudesse fazer pra impedir.
Sera que eu havia me apaixonado pela pessoa errada? Não. Não. Mas e seu tivesse? O que eu poderia fazer? Fugir?

Isso estava longe dos meus propositos. Nem que eu quisesse fugir eu poderia. Me apeguei muito rapido, uma separaçao me doeria ate o fundo da alma.
Não sei nem por que pensava isso. Eu amo o Justin, não importa o que ele seja ou o que ele não seja.
Eu nunca amaria ninguem dessa forma, mesmo que ele fosse completamente errado para mim; eu diria que amo o errado. Não. Eu não me importo.

Limpei as lagrimas estupidas. Idiota. Idiota. Idiota...murmurei comigo mesma. Atras de mim um carro dobrou a esquina cantando pneus. Não ousei olhar para tras, continuei andando ate que o carro parou na calçada.
-Entra no carro Marie- a voz dele era calma. Virei meus olhos para ele que não me encarava.

Pensei em ignora-lo e continuar andando; calculando minhad chances horriveis de fugir dele.
-Não adianta tentar fugir- ele falou descobrindo meus planos- eu vou te pegar.
Suspirei e entrei sem dizer nada, bati a porta do carro com mais força que a necessaria.
Justin arrancou o carro em silencio; eu olhava as ruas passarem por nos.

-Marie por que voce ficou daquele jeito?- ele finalmente falou quebrando o silencio.
Eu hesitei sem olhar para ele. Não queria. Eu sabia que tinha sido uma boba, mas...
-Olha pra mim- ele pediu, na verdade quase implorou. E eu olhei, não conseguia resistir a sua voz.- me fala.
Por que ele tinha que ser tão incrivelmente lindo?

-Eu não gosto de ver as pessoas que eu amo...- hesitei mordendo o labio- se metendo com coisas que podem a prejudicar. Por que o que elas não entendem é que isso não vai prejudicar só a elas, isso vai magoar outras pessoas tambem.
-Voce perdeu alguem pro cigarro?- perguntou ele deduzindo o que eu queria falar.

-Meu irmão- respondi encarando minhas mãos- ele era viciado...não conseguiu sair do vicio e....- eu não consegui terminar.
Meu irmão era uma das pessoas que eu mais amava no mundo; apesar de tudo era ele que sempre esteve comigo. E perde-lo foi a pior coisa que aconteçeu comigo.
Essa sempre foi a razão dos meus pais nunca me darem atençao.

Eu sabia disso. Meu irmão Pedro Stwart. Eu não sentia ciumes, pelo contrario; eu entendia o motivo dos meus pais amarem mais ele. Pedro era o melhor cara do mundo, o melhor irmão que alguem podia ter.
Eu podia não ter atençao dos meus pais mas eu tinha a atençao dele. Futuro dono da empresa, inteligente, engraçado. Ate se envolver com drogas, cigarro.

Depois da morte dele meus pais ficaram totalmente arrasados; não me davam a minima me ignoravam. Vi que estavam sofrendo. Mas eu tambem estava, so que eles não viam; estavam mais preocupados com o sofrimento deles. Se afogaram no trabalho e eu fiquei jogada.

-Eu sinto muito- a voz dele me trouxe a tona.
-Tudo bem- eu respirei fundo- e me desculpa, eu não sei o que me deu. Serio não sei.- minha voz ardia de arrependimento.
-Ei, ei- ele estendeu a mão para pegar a minha e sorriu calorosamente.- ta tudo bem. Foi estranha a sua reaçao, mas ta tudo bem, ta. Eu te amo.

Se eu tiver me apaixonado pela pessoa errada, que se dane. Ele é o certo para mim, disso eu tenho certeza.

Amor entre Armas(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora