I'am a Hofferson

Flight and Memories

P.O.V ASTRID-
Essa sensação é incrível, voar pelas nuvens com o vento batendo em seu rosto.
Isso sim tira meu estresse, o vento o leva embora. Apesar de eu adorar bater no Melequento isso não é igual, é uma sensação incrível, inexplicável.
Dei um impulso para frente e comecei a virar, direita, esquerda, desviando das rochas, Tempestade dava giros no ar.
Voamos para cima e entramos nas nuvens, ela começou a voar mais calmamente. Mesmo de noite o céu era incrível, porém não recomendo fazer muitas manobras a noite, só se enxergar bem.
O vento estava fraco, o que facilitava o voo de noite. Me deitei em Tempestade observei as estrelas, "os pontos brilhantes do céu", era como eu chamava quando era pequena.
Quando eu era pequena.. Gostaria de me lembrar dos meus país.. Não tenho nenhuma lembrança deles.. ARGH! Por que ao invés de respostas só encontro mais perguntas?
- Será que nunca descobrirei quem foram meus país? - perguntei baixinho.
Nem os nomes deles eu sabia, nunca me contaram algo sobre eles, já perguntei várias vezes mais a única coisa que me responderam eram coisas como: "Eles eram boas pessoas." .." Sinto muito por eles." .. "Meus pêsames, eles eram ótimos,"
Isso nunca me convenceu, como podem ser "boas pessoas" se nunca brincaram com a filha? Me odiaram? Não queriam me ter? E.. Eles estão vivos? Essa é a pergunta que mais preciso da resposta, os corpos nunca foram encontrados.. Apenas eu, eu desmaiada embaixo de minha cama. Fiquei com meus avós com 3 anos de idade até os 10, e quando eles se foram comecei a me cuidar sozinha, já que não aceitei ser adotada.
Foi difícil para mim, não ter a mãe por perto para ajudar, nem o pai. Eu sou a última Hofferson, muitos dizem isso, mais no fundo eu sinto.. Sinto que não sou a última. Existe mais um Hofferson, sei disso, existe mais alguém da minha família vivo e irei encontrar. Tempestade grunhiu como se perguntasse algo.
- Estou bem, apenas pensando nas coisas.. - respondi
Para todos, sou Astrid Hofferson, A melhor Guerreira de Berk e para não me irritarem quando eu ter o machado nas mãos. Isso é verdade, porém eu sou uma garota, apenas uma inocente garota tentando viver uma vida. Tenho sentimentos, sinto dor, sinto mágoa e raiva, não sou um robô. Sou uma garota, Sou uma Hofferson. Isso é tudo tão complicado.. Minha vida é tão estranha.. Como eu não morri? Tudo seria muito melhor! Eu me lembro apenas de um par de olhos vermelhos, Apenas um par de Olhos vermelhos sangues me encarando sombriamente por baixo da cama e nunca consegui me lembrar de outra coisa.
Fechei os olhos tentando me lembrar.
Um par de olhos vermelhos..
Vamos..
Um par sombrio de olhos vermelhos me encarando..
Vai... Estava tentando me lembrar do resto.
O homem tinha uma máscara no rosto, com dois buracos apenas para os olhos.
- Não tem nada aqui - ele disse. - Só uma boneca.
Ele colocou os dedos em meu ombro e os girou, antes aue eu caísse desmaiada o vi pegar minha boneca de baixo da cama e depois não vi mais nada.
Me sentei automaticamente em Tempestade, minha respiração ofegante. Aquele homem me deixou viva! Porque?!
- Tempestade, vamos para Berk. - ordenei
Ela virou as asas e voamos rapidamente para trás, uma ilha rochosa foi surgindo e então pousamos na frente de minha casa.
Entrei e deixei Tempestade voar sozinha por Berk, me sentei em um banco e coloquei o rosto nas mãos.
Eu não aguento mais isso! Será que se eu morrer de uma vez será melhor? Não posso mais viver assim, sem saber de nada! Por que estou viva? Eu deveria ter morrido desde o começo! ARGH! EU ME ODEIO!
Por que aquele homem não fez o trabalho de enfiar uma espada em meu peito? Seria bem mais rápido! Melhor para todos!
Não faço ideia de quanto tempo fiquei assim, apenas senti as lágrimas caírem de meus olhos, chorei como tinha chorado pela última vez, no dia que perdi meus país.
Levantei a cabeça e olhei a janela, já era dia e alguns Vikings andavam nas ruas animados, me levantei do banco e peguei meu machado e sai de casa com a cabeça baixa, preparada para arrancar a cabeça de quem aparecer no meu caminho.
- Astrid? - ouvi alguém me chamar e ignorei. - Astrid!
Senti uma mão em meu ombro e me virei bruscamente colocando o machado no pescoço da pessoa.
- Pode abaixar o machado? - pede Soluço
- Fala logo. - falei sem abaixar o machado.
- Só ia perguntar se estava bem - ele disse
- Se eu estou bem? Eu pareço bem para você? Não estou bem! Não estou nada bem! Se eu morrer ficaria bem melhor! - exclamei quase gritando.
Os Vikings que passaram pareciam surpresos, Soluço mais ainda.
- É sobre seus pais? - ele pergunta
- Não devo te contar - respondi friamente
Abaixei o machado e comecei a andar sem rumo novamente, acabo indo a academia.