Capítulo 20

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Cheguei antes do previsto porque mandei um maldito spoiler no grupo e me obrigaram a postar.

P. S. Antes de lerem o capítulo, admirem esses olhos azuis e maravilhosos do Chris ❤

Depois que eles foram embora, a enfermeira voltou, mas dessa vez sem injeção.

- Você pode tomar isso? - ela mostra um comprimido. Melhor que injeção. Tomo o remédio e sinto meus olhos pesarem. Não vejo mais nada depois.

Dessa vez, quando abro os olhos não me deparo com a enfermeira e sim com um moreno muito gato sentado em uma cadeira no canto do quarto.

- Pensei que você não fosse acordar mais. - fala o Brian.

- O que está fazendo aqui? - pergunto.

- O filho da puta do seu amigo tá na nossa escola, precisei fugir. - fala e faz uma careta.

- Ele é bandido ou algo assim? - ele ri alto.

- Você não lembra de nada mesmo?

- Não. Mas você pode me contar. - sento na cama e ele vem e senta também.

- Isso vai ser estranho... Mas vamos lá... Eu namorava a Luna, mas ela se apaixonou por outro e terminou comigo. - coitado. - E esse outro era seu velho amigo que é gay. - Oi?

- Ela se apaixonou por um gay? - pergunto assustada.

- Tudo na nossa vida é estranho, se acostume. O problema maior é que o Nick agora vive me perseguindo e dando em cima de mim. Porra! Ele vive pegando na minha bunda. - explodo em uma gargalhada, isso sim é uma ótima história.

- Coitado, a Luna deve ser muito burra por ter terminado com você. - falo sem pensar e ele ri.

- Você é mais legal sem memória. Estamos conversando a dois minutos e ainda não brigamos.

- E por que a gente briga? Desculpa por tantas perguntas, é que tô confusa. - ele me olha admirado e sorrindo, esse menino é muito lindo.

- Mia pedindo desculpas... - ele gargalha e volta a falar. - Se eu soubesse que iria fazer esse bem a humanidade eu mesmo teria quebrado uma garrafa na sua cabeça. - ele é cruel.

- Mia, está na hora... - a enfermeira aparece na porta e para de falar quando vê o Brian. - O que você está fazendo aqui? Não é horário de visitas, já pra fora. - o Brian nem se mexe, a enfermeira coloca a bandeja com alguma coisa que parece comida estragada e puxa a orelha do Brian o arrastando pra fora.

- Aiii... Eu sei ir sozinho, porra! - A mulher só solta quando o deixa no corredor, volta para o quarto e fecha a porta.

- Você precisa comer. - Ela traz a bandeja até mim, vejo uma tigela com algo mole e nojento.

- O que é isso? Parece comida de doente, não vou comer.

- Você está doente, precisa comer coisas leves. - Ela fala calma, nem parece a mesma pessoa que expulsou meu amigo puxando sua orelha.

- Preciso de comida de verdade, não vou comer isso. - cruzo os braços fazendo birra e ela se estressa.

- Você vai comer isso e não vamos discutir. Agora coma! - finjo que não escuto e queria lembrar de alguma música pra cantar, mas não lembro de nada. Ela pega a colher e coloca um pouco da papa estranha. - Abra a boca! - Ela tenta colocar a colher na minha boca a força, quantos anos ela acha que eu tenho? - COMA, MIA! - nem morta eu vou comer isso, enquanto ela tenta enfiar a colher na minha boca, me estico e pego a tigela que está na cama, quando ela menos espera jogo tudo na cabeça dela. A gosma meio amarela escorre na sua cabeça e me seguro pra não rir.

- Eu disse que não ia comer isso. - a mulher me xinga e a porta se abre.

-Ruiv... - Ele para de falar e começa a rir. - O que aconteceu aqui? - pergunta o Chris olhando a mulher com o cabelo cheio de papa.

- Não é horário de visita, já pra fora. - Ela grita, mas o Chris nem se mexe. - E você - aponta pra mim. - morra de fome se quiser. - Ela sai pisando duro e o Chris continua rindo.

- O que você fez? - ele senta na cama e vejo que tem uma sacola nas mãos.

- Ela queria me obrigar a comer uma papa estranha, mas ficou melhor no cabelo dela do que em minha barriga. - ele ri ainda mais. Tenho certeza absoluta que esse menino só sabe rir.

- Essa sim é a Mia que eu conheço.

- O que veio fazer aqui? Já é a segunda visita que recebo hoje. - antes que ele responda, escuto um barulho como se fosse um trovão ou uma escola de samba passando na rua. - Você ouviu isso? - e como vocês já devem imaginar, ele está rindo.

- Foi por causa desse barulho que eu vim aqui. - ele ergue a sacola e fico sem entender. - Isso é sua barriga, ruivinha. - minha barriga? - Mas eu trouxe algo melhor que aquela papa estranha. - ele abre a sacola e tira comida de verdade de dentro. Pego tudo das mãos dele e como que nem uma toupeira (é o único animal que lembro agora) no final estou com um sorriso enorme no rosto e o barulho na minha barriga acabou. Quando acabo de comer ele me dá um potinho com alguma coisa marrom, e isso é sem dúvida a melhor coisa que já comi.

- Obrigada, Chris. - falo e o abraço. Ele fica paralisado, mas logo seu braços se cruzam em volta de mim e sinto uma sensação estranha, mas estranha e boa. Passamos alguns segundos abraçados e tento me soltar, mas seus braços ainda me seguram.

- Chris, já pode me soltar. - tento o empurrar mas é em vão, ele parece uma parede de músculos e eu só tenho ossos. Uns dois minutos depois ele me solta, mas segura meus braços e me encara.

- Eu já te disse isso uma vez, mas você não lembra então vou dizer de novo. No dia em que te conheci, percebi que você era diferente de todas as outras garotas e só bastou uns gritos e uns tapas pra eu me apaixonar. - wow - Só que eu fiz uma escolha errada, mas eu vou tentar consertar tudo e quando você recuperar a memória e voltar a me odiar, prometo que vou fazer de tudo pra te reconquistar. - a Mia normal ficaria sem palavras depois de uma declaração? Porque eu não sei o que dizer. Nossos olhos não desviam um do outro, e ele desliza sua mão suavemente no meu rosto. Quando seus lábios se aproximam dos meus, a porta se abre. Esses meus amigos me amam, mais uma visita.

- CHRIS! - fala uma voz que eu conheço e conheço muito bem, o Chris e eu nos viramos e eu estava certa, é ela.

- Megan?

Apenas Uma Garota Diferente 2Onde histórias criam vida. Descubra agora