Valentina sentia que fizera a coisa certa. Dissera à Helen Casanova que Mark estava na Bulgária, foi o primeiro país europeu que veio em sua mente. Ela pareceu ter acreditado, pois deixou a garota ir, mas certamente iria investigar.
A garota caminhava apressadamente pela larga avenida; o celular em mãos, tentava desesperadamente ligar para Mark. Ele atendeu no terceiro toque.
– Graças a Deus, Mark! Por que demorou tanto? – Valentina esbravejou.
– Eu estava... – O rapaz fez uma pausa – Ocupado. O que você quer?
– Acabei de sair da mansão dos Casanova, precisamos conversar o mais rápido possível!
– Venha pra cá, rápido!
– É o que estou fazendo, vejo você em vinte minutos – Disse e desligou em seguida.
Mark olhou para Gracie, que o encarava com uma expressão indefinida.
– Sinto muito, mas você precisa ir agora – Ele disse, com medo da reação da garota. Ela o olhou por um tempo. Levantou-se rapidamente murmurando um "ok", estava claramente desapontada.
– Até breve, Mark – Ela se despediu, terminando de calçar os sapatos e disparando para a saída.
– Não comente com ninguém sobre... você sabe... – Mark buscou as palavras. A garota se virou, encarando-o com certa incredulidade.
– Nós? – Ela sugeriu – É claro que não, até por que se eu fizer isso, acabo com meu noivado – Ela mostrou a aliança e se virou, com um sorriso irônico. Mark observou-a sair. Andava graciosamente, os cabelos negros balançando.
Valentina chegou em pouco tempo. Menos que o esperado, na verdade. Ela entrou no apartamento sem bater, encontrando Mark deitado no sofá da pequena sala. ele se levantou num pulo no momento em que a viu.
– Como disse no telefone, acabei de sair da mansão – Mark despejou whiskey em dois copos e entregou um a garota – Helen ofereceu minha ficha limpa em troca da sua localização – O choque no rosto de Mark foi evidente – Falei que você estava na Bulgária, onde quer que seja isso.
– Fez bem, ganhamos um pouco de tempo, os Casanova certamente vão investigar... – Mark se lembrou de algo. Ele colocou o copo na mesa de centro e correu para um dos quartos, voltando pouco tempo depois com um envelope branco em mãos. Entregou este a Valentina – Está aqui a carta de que te falei ontem – A garota não tinha ideia do que ele falava, mas pegou o envelope mesmo assim e o abriu, retirando uma folha de carderno levemente amasada de dentro. Leu rapidamente, ansiosa.
– Precisamos ir ao cemitério esta noite, se esses documentos existem realmente, teremos uma vantagem enorme contra os Casanova – Anunciu, enfim.
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Paradise City
RandomDepois de uma temporada longe de tudo e de todos, Valentina retorna à Paradise, mais intrigada e curiosa que nunca à respeito do incêndio que levou William. Rodeada de pessoas, mas sem saber em quem confiar, ela tenta descobrir a verdade, custe o...