Irresistible | l.s.

Um

Quando Louis deixou sua cidadezinha na Inglaterra, com apenas 17 anos para estudar Medicina na Universidade de Colúmbia, não imaginara que assumiria o departamento de emergência de um dos mais importantes hospitais de Manhattan.

Aos 29 anos, Dr. Louis Tomlinson era um dos mais jovens chefes de departamento do Hospital Mount Sinai, onde trabalhava há quase onze anos.

Sua equipe contava com três residentes e quatro internos que se desdobravam para acompanhar o ritmo frenético o qual o inglês comandava aquele departamento.

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O cheiro de café invadiu as nariz de Louis e o fez levantar.

Tomou uma ducha rápida e seguiu para sua cozinha, encontrando seu vizinho e melhor amigo ali.

⎯Bom dia, Tommo. Meu café acabou e usei o seu, mas eu fiz para nós dois. ⎯O loiro sorridente lhe estendeu uma xícara.

Louis sorriu e negou com a cabeça, aceitando a xícara grande de café que Niall oferecia.

Veja bem, Niall Horan era um músico irlandês que se mudara para o loft vizinho há seis anos atrás. Até então, Louis não tinha tempo para sair e fazer amigos. Na mesma noite da mudança, o loiro bateu em sua porta e se auto-convidou para jantar. O inglês ficou tão surpreso que não conseguiu negar. Nas primeiras horas de convivência, o loiro já mostrara sua personalidade: amigável, divertido, charmoso e extrovertido. Louis o adorou.

Após o jantar, Niall arrastara o castanho para um clube badalado e, depois de tanto tempo sozinho, Louis conseguira se divertir verdadeiramente.

Desde aquele primeiro dia, a amizade se estabeleceu como uma rocha.

⎯Quer uma carona para o hospital? Vou para aquela direção também.

⎯Só vou entrar às nove e meia hoje, mas obrigado.

⎯Isso quer dizer que não sairemos hoje? ⎯Tommo negou.⎯ Mas é sexta!

⎯E eu sou médico! Podemos sair amanhã.

⎯Quando você vai ouvir meus conselhos e ganhar dinheiro rebolando essa bunda bonita?

⎯Seus conselhos são péssimos e eu amo meu trabalho.

⎯Quando você estiver gordo e flácido, e não puder mais seguir seu sonho, não me culpe.

Louis gargalhou e empurrou levemente seu amigo com o quadril.

⎯Onde você vai?

⎯Tem esse produtor. Ele me convidou há um tempo, mas só pôde vir pra Manhattan hoje.

⎯Esteja apresentável então.

⎯Eu vou estar super sexy. O cara vai abrir o zíper assim que eu entrar no estúdio.

Louis negou com a cabeça, reprimindo um sorriso.

⎯Use os óculos. Você fica charmoso.

⎯Estou sempre charmoso, querido. ⎯ O loiro beija a bochecha do castanho e lhe manda uma piscadela. ⎯Estou indo, Lou. Descanse antes de ir trabalhar, ok?

⎯Sim, papai.

⎯Eu adoraria que me chamasse de papai noutra ocasião. ⎯Horan arqueia uma sobrancelha e o amigo ri, lhe socando o braço.

⎯Oh, cale a boca e vá para a maldita audição, pervertido!

O irlandês deixa outro beijo na bochecha de Louis, antes de sair do apartamento.

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Às oito, depois de dormir por algumas horas, Louis se preparou para ir para o hospital. Deixou o jantar pronto, para quando o amigo voltasse e separou sua própria porção para levar. A comida do hospital era horrível.