18 ;; sentimentos

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kee

o meu corpo foi empurrado contra a parede gélida do pavilhão.

"porque raio não me avisaste? podia ter feito algo importante em vez de simplesmente esperar por ti!"

tento engolir o choro, mas falho. memórias daquele dia e ecoavam na minha cabeça. a maneira como fui empurrada antes e agora parecem a mesma, a força está presente.

"a-ashton" tento chama-lo mas ele parecia distraido. ele estava diferente, ou talvez não e eu realmente não o conhecia tão bem como esperava.

"k-kee, desculpa-me, eu sou tão estupido"

o seu corpo move-se até ao meu e eu afasto-o com as mão, fazendo com que ele caminha-se para trás e se encosta-se á parede, deslizando por ela.

os nossos olhares cruzaram-se algumas vezes mas nenhum se atrevia a dizer nada.

o meu corpo parecia pesado quando tentava levantar-me, mas não me impediu de faze-lo. sai dali o mais rápido que pude. eu estava com medo, de ashton, de mim e de tudo.

tudo parecia perigoso. eu queria fugir deste sitio ao qual chamam vida, mas eu não podia simplesmente faze-lo.

o meu corpo embate contra alguém que me agarra com força, como se o mundo fosse acabar se não o fizesse. então eu senti o seu cheiro, eu sabia que era ele. o cheiro do seu perfume era inconfundível para mim. o meu rosto estava afundado na curva do seu pescoço e algumas lágrimas acabaram por cobri-lo. o meu corpo tremia entre os seus braços e eu estática.

"kee"

eu sabia o que ai viria, eu sabia.

"por favor, não digas nada. simplesmente tira-me daqui calum"

e assim o fizemos. ele pegou na minha mão e corremos. corremos como se alguém nos preseguisse, corremos sem um destino certo. corremos juntos.

eu sentia-me livre. eu chorava e sorria ao mesmo tempo e calum parecia fazer o mesmo. as nossas mãos não se largavam e cada passo que dávamos a escola ficava mais distante.

algum tempo depois a correr por entre sítios que eu nem sabia que ali existiam, estávamos exaustos. ambos nos deitamos no relvado de um abismo pouco frequentado. a vista era bonita, mas a tristeza do meu coração não me deixava aprecia-la.

"podes contar-me o que se passou?"

"é difícil calum, eu acho que não o conheço assim tão bem, afinal"

"kee eu-"

"tu avisaste-me, eu sei"

"eu só quero proteger-te"

uma enorme vontade apoderou-se de todo o meu corpo quando ele deixou de fixar os arbustos sujos á nossa frente e o seu olhar pousou em mim.

ambos os nossos olhares se cruzaram e um sorriso nasceu no meu rosto. aproximei-me do seu rosto, onde deixei um beijo demorado e o mesmo insistiu em virar a cara e atacar os meus lábios, que foram envolvidos num beijo confuso.

eu não sabia o que raio estava a fazer ou a sentir, apenas a mistura de sentimentos com o beijo dava a volta á minha cabeça e fazia o meu estômago revirar.

eu queria mais daquilo. eu queria.

estaríamos a vive-lo da mesma maneira?

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não ia publicar hoje mas tinha de vos compensar.

venus

kee ;; cthOnde histórias criam vida. Descubra agora