Conversas Abertas

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Pela manhã, Miranda fora a primeira a acordar, telefonando diretamente para o escritório e avisando quê, ela não iria hoje e muito menos Amélia, alegando que a mais nova tinha lhe avisado de um resfriado forte. Após receber um tom surpreso de Emilly, ela desligou o telefone e foi direto ao quarto da morena, após bater duas vezes, constatou que a menina ainda dormia.

Adentrou o conhecido quarto, encontrando uma Amélia descontraída, deitada de lado, o vestido vermelho não estava mais em seu corpo, e a mesma só trajava umas peças íntimas, com o edredom na altura da cintura, era totalmente possível ver os seios médios da sulista cobertos apenas por um sutiã preto, com detalhes em renda.

O corpo da menina era simplismente divino, nem em seus melhores anos Miranda havia tido um corpo como aquele, a mais velhe engoliu a seco. Tirou uma toalha de dentro da cômoda e deixou sobre a cama, junto com um par de roupas. E assim ela deixou o quarto, respirando fundo e tendo certeza que aquela cena não saíria de sua mente por um bom tempo.

Amélia acordou minutos depois, rapidamente entendeu que não estava em casa, muito menos em sua própria cama, esfregando os olhos e soltando um bocejo. Observando a toalha e o par de roupas no canto da cama, ela foi diretamente para o banheiro.

Se dando de cara com uma banheira quadrada, um box de vidro temperado, um espelho quadrado e uma pia alta. A arquitetura do banheiro era bem urbanista, em azul escuro e branco gelo. Tirando a roupa, e entrando no box e ligando o chuveiro forte, deixando a água fria correr o corpo agora mais relaxado da mesma. A sensação da água fria correr seus porus e relaxar seu humor matinal, Amélia sabia de todo o nervosismo que sentiria quando se encontra-se com Miranda novamente e bem, ela estava na casa da editora, séria meio que impossível evitar a mulher ali.

Após passar bons minutos relaxantes abaixo do chuveiro, a mais nova enrolou seu corpo na tolha e se analisou no enorme espelho, secando os ombros e dorço. Até finalmente vestir a roupa que Miranda havia deixado na beira de sua cama, um vestido soltinho, florido, de mangas curtas, decote redondo e saia soltinha. Ficando acima do joelho da mais nova.

Soltando os cabelos e os deixando cair soltos pelas costas recém molhadas, Amélia estava revigorada, com toda a certeza, banho era algo que ela amava fazer. Uma de suas atividades favoritas.

Pegou a roupa que acara de tirar e saiu do banheiro, a menina quase caiu pra trás, ou caiu ao chão. Quando viu a figura da editora sentada na cama, olhando para a parede.

-Cristo- exclamou a sulista com a mão no peito, supresa.

Miranda a encarou, respirando fundo e com o semblante calmo. A mulher ainda tinha o rosto cansado e olhar dolorido.

-desculpe, eu, não quis assusta-la- Falou Miranda, cruzando as mãos no colo

Amélia acenou afirmando, colocou a roupa dentro da bolsa e se sentou ao lado da editora, dando-lhe um sorriso tímido.

-a senhora está bem? Parece nervosa- concluiu a sub assistente, olhando para as mãos e o peito da mesma que subia e descia rapidamente.

Miranda estava envergonhada a ponto de não querer citar o acontecido.

"Conte a ela, fale sobre sua dor, sobre seus sentimentos, tire esse enorme peso das suas costas" tentava Miranda.

-se a senhora não quiser, não precisa contar- comentou a morena, segurando a mão da editora, segurando firme e acariciando a mesma

-eu ouvi a campanhia tocar, e fiquei com medo de atender. Aí eu subi pra cá- a confissão de Miranda fez com que ela desejasse enfiar a cabeça em um lugar escuro o suficiente, para não ter que encarar a mais nova

Doces Situações [romance lésbico]Onde histórias criam vida. Descubra agora