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-- Ei, Lexa!

-- Oi.

-- Eu tava pensando... essa palestra vai ser daqui a um mês.

-- Sim.

-- Assim como os testes da peça.

-- Que peça?

-- A que o professor de literatura informou que teremos que fazer porque vale nota no dia que a diretora falou sobre a palestra.

-- Ah, eu acho que não estava prestando muita atenção.

-- Enfim, será que se eu fosse para a palestra eu ainda teria que participar da peça?

-- Clarke, você vai ter que participar de todo jeito, a não ser que prefira ficar sem nota...

-- Cu.

-- Desculpa a pergunta, mas por que que você fala essas coisas sem nenhum motivo?

-- O que? Palavrões?

-- Sim.

-- Isso te incomoda? -- Ela perguntou em um tom brincalhão.

-- Sinceramente?

-- Por que você acha que eu estou brincando?

-- Não acho.

-- Então me responda. -- Ela falou enquanto pulava na minha frente sorrindo.

-- Sim. Não. Quer dizer, não me incomoda, mas--

-- Mas você preferiria que eu não falasse?

-- Sim.

Continuamos caminhando. Ela não está falando nada. Será que ela ficou com raiva? Cada um tem sua opinião, mas e se ela ficou chateada com a minha pergunta? Eu não quero ficar sozinha de novo. Os meninos viriam de novo. Eu não quero que eles venham de novo. Não quero que nada se repita. Só fazem três meses que estou aqui e tudo está piorando. Não quero que fique pior do que agora. Espero que com a Clarke por perto as coisas melhorem.

-- Bem, diferentemente de você, moça da igreja, eu fui criada sem tabus.

-- An?

-- A sua pergunta. Eu acabei de responder.

-- Que pergunta?

-- O porquê de eu falar palavrão? Onde sua cabeça está?

-- Aqui.

-- Aqui é o único canto que ela não está.

-- Por que?

-- Qual foi a minha resposta?

-- Que você foi criada sem tabus.

-- E que você é uma moça de igreja.

-- Primeiramente eu não sou uma santa para você me chamar de moça da igreja. E eu também fui criada sem tabus.

Adeus, Romeu (Clexa AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora